segunda-feira, 12 de julho de 2010

Vem aí a "festa dos Bancários".....

Mercantil do Brasil abrirá agências em S.P.

O Banco Mercantil do Brasil fechou a captação de US$ 200 milhões em dívida subordinada e vai abrir mais 10 agências bancárias no interior paulista até o fim de setembro. "Foi melhor que a encomenda. O projeto era captar US$ 150 milhões, e alcançamos US$ 200 milhões", informou o diretor financeiro do Mercantil do Brasil, Cristiano Gomes.De acordo com o diretor, como a demanda superou três vezes a subscrição dos papéis, o banco optou por captar US$ 50 milhões adicionais à proposta original e negociar as taxas com os investidores estrangeiros."A taxa foi reduzida de 9,75% para 9,625% ao ano, com prazo de vencimento para 10 anos", contou Gomes. "Quando não há essa mercadoria na praça, não existe noção de taxa cara ou barata", ressaltou o executivo.O diretor argumentou sobre a questão, citando a renovação da linha externa. "Nós nos antecipamos ao vencimento de uma dívida subordinada de US$ 125 milhões que seria em 2011, com taxa de 10,625% ao ano", explicou.A operação foi conduzida por um grupo de executivos do Mercantil do Brasil em visita a Cingapura, Hong Kong, Reino Unido, Suíça, Portugal e Estados Unidos.A captação foi liderada por Bank of America Merrill Lynch e Banco Santander e contou com a participação do Banco Espírito Santo de Investimentos e do Jefferyes, dos Estados Unidos.De acordo com o diretor, o banco já estava capitalizado. "O índice de Basileia estava em 15,5% em 31 de março e os atuais acionistas fizeram uma oferta fechada que gerou R$ 50 milhões de aumento de capital", afirmou. "Estamos dando um reforço para os próximos três anos", projetou Cristiano Gomes. "Além disso, 75% dos nossos recursos são originados dos depósitos a prazo de nossa base de um milhão de clientes", ressaltou.Questionado pelo DCI sobre como o banco usará o capital, destacou a carteira diversificada. "Garantimos em um leilão do INSS o pagamento de 22 mil novos clientes todo mês, nos próximos cinco anos. Nossa carteira de consignado representa 20% do mix e tem um potencial gigantesco", vislumbrou Gomes.Mas, segundo ele, o banco não irá enfocar apenas o consignado. "Projetamos o crescimento da carteira de crédito em 30% este ano", apontou Gomes.De acordo com o executivo, além dos 20% do consignado, o banco possui 35% da carteira em capital de giro para empresas, 6% em financiamento de veículos, quase 6% no financiamento do agronegócio e 5% em recebíveis.O Mercantil do Brasil tem uma carteira de crédito de R$ 6,5 bilhões e ativos totais de R$ 8,6 bilhões, e sua presença está assim distribuída: 60% em Minas Gerais, 16% em São Paulo e 24% nos demais estados.

Contraf-CUT avança no debate de medidas contra discriminação com a Fenaban

Aconteceu nesta quinta-feira, 8, nova rodada de negociação da mesa temática de Igualdade de Oportunidades entre a Contraf-CUT e a Fenaban. Os trabalhadores apresentaram uma série de propostas baseadas no Plano de Ação dos bancos, trazido às mesa pela Fenaban na última reunião.A reunião começou com o retorno das empresas sobre a proposta feita pelo movimento sindical de realização de uma campanha conjunta de sensibilização e valorização da ampliação da licença maternidade para 180 dias, com foco na importância do aleitamento materno para a criação de uma geração mais saudável física e emocionalmente. Após a conquista, o movimento sindical detectou que alguns gestores pressionam suas funcionárias pela não opção aos 180 dias. Os bancos acenaram positivamente à proposta e pediram aos bancários um desenho de como poderia se dar esta campanha (conteúdo e formato) para analisarem e darem futuros encaminhamentos.Em seguida, a representação dos bancários apresentou um conjunto de propostas definidas durante reunião da Comissão de Gênero, Raça e Orientação Sexual (CGROS) da Contraf-CUT em consequência da apresentação do Plano de Ações dos bancos para o combate à discriminação, feito na reunião anterior. São elas:- Participação do movimento sindical nos programa de sensibilização tanto de executivos, como de líderes e de funcionário para os temas da Igualdade de Oportunidades;- Elaboração de um Plano de Cargos Carreira e Salário com critérios objetivos e transparentes como indicador de evolução de carreira;- Democratização do acesso às promoções através de editais ou informativos internos;- Garantia do retorno sem prejuízo para as gestoras em licença maternidade, assim como para outros cargos e funções;- Ampliação da Licença Paternidade para 6 meses (biológico e adotivo) com base no princípio das relações compartilhadas;- Que conste da grade de treinamento de líderes e funcionários um módulo sobre a visão do movimento sindical no tema de igualdade de oportunidades;- Que a orientação sexual conste como indicador para o próximo censo sobre os bancários (Mapa da Diversidade);- Que o nível superior não seja critério para contratação;- Que os meios públicos de acesso às vagas (sites, publicações, imprensa, editais) sejam fonte privilegiada de recrutamento de pessoas com base nos indicadores de igualdade.Os bancos sinalizaram com possibilidade de acordo para a proposta de sensibilização de executivos, abrindo um espaço na mesa para participação dos sindicatos, assim como a introdução da visão do movimento sindical na grade de treinamento de líderes e funcionários.A inclusão do item orientação sexual para a próxima edição do Mapa da Diversidade foi acatada pelos bancos. A adoção dos meios públicos de acesso às vagas como fonte privilegiada de recrutamento também foi considerada para futuros encaminhamentos.Para as demais propostas do movimento sindical, os bancos solicitaram maior discussão sobre cada item.Os negociadores dos bancos informaram sobre as iniciativas já encaminhadas pela Febraban como fruto do debate da mesa temática de Igualdade de Oportunidades, como a utilização da classificação do IBGE para implementação de critérios uniformes de etnia (cor), como necessidade de alinhamento para garantir a comparação entre as instituições.Além disso, após proposta do movimento sindical de participação na campanha de Combate ao Abuso Sexual de Crianças e Adolescente, através de mensagem em extratos, holerites e terminais eletrônicos, foi tirado um calendário da diversidade com mensagens de valorização para Dia Internacional da mulher, Dia da Consciência Negra, Dia Nacional da Pessoa com Deficiência e Dia da Declaração dos Direitos Humanos. O movimento sindical propôs introduzir o dia Dia de Combate à Violência contra mulher entre as datas lembradas.Trabalhadores e bancos decidiram marcar uma nova reunião da mesa temática após maior debate interno de cada parte a respeito dos pontos pendentes. "Estamos diante de um grande desafio, pois não dá mais para fazer de conta que as discriminações e preconceitos não existem, e não basta constatar o fato. Temos que somar esforços para alterar este quadro de exclusão, pois este deficit social coloca em risco a democracia", afirma Deise Recoaro, secretária de Políticas Sociais da Contraf-CUT.Além de Deise, participaram do encontro Juvandia Leite, presidenta do Seincido de São Paulo, Magna Vinhal, representante da Fetraf MG, Adilma Nunes, do Sindicato do Trio de Janeiro, Iracini Veiga, da Feeb RJ/ES, Jair Sanches, da Fetec PR, Denise Correa, da Fetrafi RS, José Roberto, da Fetec SP, Neiva Maria dos Santos, representando a Fetec/SP, e Ângela Savian, da Feeb SP/MS. Fonte: Contraf-CUT

Bancos geram 2.840 novos postos de trabalho no primeiro trimestre de 2010

Os bancos que operam no Brasil criaram 2.840 novos postos de trabalho no primeiro trimestre de 2010, quando admitiram 11.053 trabalhadores e desligaram 8.213. Do ponto de vista salarial, no entanto, a remuneração média dos admitidos foi 37,85% inferior em relação à dos desligados (R$ 2.197,79 contra R$ 3.536,38). A disparidade maior é em relação às mulheres. As bancárias foram admitidas recebendo remuneração 32,71% inferior à dos homens (R$ 1.770,20 contra R$ 2.630,59). Esses são alguns dos principais resultados da quinta edição da Pesquisa de Emprego Bancário (PEB) realizada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). As duas entidades realizam esse levantamento desde o ano passado, com base no Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). Clique aqui para conhecer a pesquisa completa.O resultado relativo ao estoque de emprego entre janeiro e março de 2010 contrasta com os dados de 2009, quando os bancos fecharam 1.354 postos de trabalho naquele primeiro trimestre. E representa um crescimento de 95,2% em relação ao quarto trimestre do ano passado, período em que as instituições financeiras geraram 1.455 novos empregos. "A geração de novos postos de trabalho no setor financeiro é uma ótima notícia para a categoria bancária, que na campanha nacional do ano passado tinha a defesa do emprego como uma de suas principais bandeiras", avalia Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT. "Em 2009 assinamos acordo com o Banco do Brasil e com a Caixa Federal assegurando a contratação de 15 mil novos trabalhadores. As consultas que estamos fazendo com os bancários indicam que o emprego será novamente uma das principais reivindicações na campanha deste ano."Na comparação com outros segmentos da economia, no entanto, os dados do Caged mostram que o sistema financeiro foi um dos que menos gerou empregos no primeiro trimestre do ano: apenas 0,43% dos 657.259 novos postos de trabalho criados por toda a economia brasileira no período. O setor que criou mais vagas de trabalho foi o da construção civil, que apresentou um saldo positivo de 127.694 empregos (19,43% do total da economia), seguido do comércio e administração de imóveis, que produziu 95.198 novos postos de trabalho (14,48% do total).Desligados se concentram na alta remuneraçãoA Região Sudeste apresentou o melhor desempenho, com a criação de 2.227 postos de trabalho, enquanto a Região Norte apresentou o menor resultado positivo (111).

Comissão de Trabalho da Câmara aprova PL de isonomia nos bancos federais

A Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público (Ctasp) da Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira, dia 7, o Projeto de Lei 6259/05, o chamado PL da isonomia, que estende aos novos funcionários dos bancos federais os mesmos direitos dos antigos.A proposta abrange os empregados do Banco do Brasil, Caixa, Banco do Nordeste e Banco da Amazônia, além dos servidores da Casa da Moeda.O projeto - de autoria do agora senador Inácio Arruda (PCdoB-CE) e do deputado Daniel Almeida (PCdoB-BA) - ainda será analisado pelas Comissões de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania. Como tramita em caráter conclusivo, se passar por mais estas duas, não vai necessariamente à plenário.Além disso, será encaminhado ainda ao Senado Federal que, aprovando o projeto sem alterações, o enviará para a sanção do presidente da República para que se torne lei. Ano da isonomia na Caixa Durante encontro realizado em 18 de dezembro de 2009, dirigentes sindicais da Caixa deliberaram que 2010 é o ano da isonomia. Por conta disso, uma série de manifestações e protestos vem sendo realizados nos estados. O mais recente deles aconteceu em 29 de junho, Dia Nacional de Luta, conforme deliberação aprovada pelo 26º Congresso Nacional dos Empregados da Caixa (Conecef), realizado em maio desse ano. Na Caixa, os contratados desde 1998 foram registrados como técnicos bancários, sem direito a uma série de benefícios concedidos aos demais trabalhadores. Essa realidade de distorções começou a ser mudada, como resultado direto das greves e mobilizações dos bancários, na campanha salarial de 2003. Direitos como Apip de cinco dias e parcelamento de férias em até cinco vezes foram estendidos aos técnicos bancários. A luta do movimento dos empregados conseguiu também a ampliação do reembolso do adiantamento de férias para todos, dessa vez em dez parcelas. Desta forma, a Contraf-CUT, sindicatos, federações e Fenae consideram 2010 como o "ano da isonomia" para pressionar a Caixa na mesa de negociação.A isonomia de direitos é uma reivindicação antiga dos bancários. O governo federal aprovou em 1995 e 1996 resoluções que prejudicaram os empregados contratados a partir de 1998 com a retirada de direitos. Alguns deles foram recuperados quase na integralidade nas campanhas salariais a partir de 2003, mas ainda faltam alguns itens, como a licença-prêmio.Segundo estimativas, o impacto do projeto de lei sobre as folhas de pagamento dos bancos seria de 0,5% a 1,5%, dependendo das estruturas internas de remuneração. Olho nelesO diretor do Sindicato dos Bancários do Ceará, Eider Vasconcelos, que acompanhou a votação desta quarta-feira na CTASP, destacou o empenho do relator do projeto, o deputado Eudes Xavier (PT/CE), em favor da aprovação da matéria. Segundo ele, o PL 6259, já passou por outros relatores, que não conseguiram decisão favorável. Ele disse ainda que as representações dos empregados dos bancos federais vão continuar mobilizadas no Congresso, a fim de conseguir que o projeto seja aprovado o mais rápido possível.Fonte: Contraf-CUT, com Seeb São Paulo e Fenae