segunda-feira, 30 de julho de 2012

Redes Sindicais repudiam calote do Santander no Plano II do Banesprev

  
Os participantes da 8ª Reunião Conjunta das Redes Sindicais de Bancos Internacionais (Santander, Itaú, Banco do Brasil, HSBC, BBVA e Scotiabank) da UNI Américas Finanças aprovaram por unanimidade uma moção de repúdio contra o Santander "pelo desrespeito com que a instituição trata os trabalhadores no Brasil, principalmente pela falta de seriedade nas negociações, que ficam claras nas tratativas sobre os problemas apresentados pelo Plano II de Benefícios, de um dos fundos de pensão por ele patrocinado, o Banesprev - Fundo Banespa de Seguridade Social". O documento foi definido na quinta-feira (26), no último dia do encontro, em Montevidéu, capital do Uruguai.

A iniciativa foi proposta por dirigentes sindicais brasileiros e diretores da Afubesp, diante da recusa do banco em negociar uma solução para o chamado "serviço passado" do Plano II, o que significa um verdadeiro calote e afeta a aposentadoria de milhares de trabalhadores.

Cópia da moção aprovada será encaminhada à direção do Santander, tanto na Espanha quanto no Brasil, bem como para a UNI Finanças, na defesa dos direitos dos trabalhadores.

MOÇÃO DE REPÚDIO

Os participantes da 8ª Reunião Conjunta das Redes Sindicais de Bancos Internacionais da UNI América Finanças, reunidos de 23 a 26 de julho de 2012, na cidade de Montevidéu, no Uruguai, aprovam por unanimidade MOÇÃO DE REPÚDIO contra o Banco Santander motivada pelo desrespeito com que a instituição trata os trabalhadores no Brasil, principalmente pela falta de seriedade nas negociações, que ficam claras nas tratativas sobre os problemas apresentados pelo Plano II de Benefícios, de um os fundos de pensão por ele patrocinado, o BANESPREV - Fundo Banespa de Seguridade Social.

Os referidos Fundo e Plano foram criados para garantir complementação de aposentadorias aos trabalhadores admitidos no antigo BANESPA (sucedido pelo Santander) a partir de 23.05.75, já que os anteriormente admitidos já possuíam tal direito. Assim, através de negociações sindicais, foi estendido tal benefício à totalidade dos trabalhadores.

Entretanto, quando da criação, o então Banespa comprometeu-se a aportar recursos suficientes para a cobertura das obrigações decorrentes do tempo transcorrido entre a admissão dos trabalhadores e a criação do Fundo, devendo fazê- lo em 20 anos. Entretanto, o Santander, a partir do momento que adquire aquele banco, deixa de reconhecer o compromisso.

Isso, somado a fatores conjunturais, levou o Plano II a apresentar sucessivos déficits, que podem comprometer o futuro de milhares de trabalhadores, os quais contribuíram com a empresa por mais de 25 ou 30 anos.

Os representantes dos trabalhadores sempre buscaram uma solução negociada, entretanto não foram ouvidos. Assim, buscaram através de denúncia junto ao órgão governamental responsável de Previdência Complementar no Brasil, a Previc, uma intermediação para resolução do problema.

Face à intervenção estatal, o Santander comprometeu-se a negociar a reestruturação do Plano em busca de seu equilíbrio perene. Entretanto, após várias reuniões, e passados quase quatro meses, os representantes do banco, em caráter terminativo, apresentaram proposta que unicamente dialoga com os próprios interesses, ou seja, a redução de custos.

A proposta apresentada desrespeita os direitos adquiridos pelos trabalhadores já aposentados e frustra os dos ainda em atividade, pois prevê a transformação do atual Plano (BD), que possui garantia de complementação integral ou proporcional, a depender do tempo de empresa de cada obreiro, por outro (CD), onde apenas o valor das contribuições, no caso dos ativos, é previamente definido. 

Para os já assistidos, isso implicaria em abrir mão de direito já garantido de complementação de aposentadoria vitalícia (com extensão de pensão aos dependentes), por um valor em dinheiro, representativo de sua parcela no Fundo, a qual diante dos déficits, já se mostra insuficiente.

Os representantes dos trabalhadores, em todas as reuniões anteriores, apresentaram propostas alternativas, entretanto, para a sua surpresa, nenhuma foi levada em consideração.

Diante dessa postura intransigente, aprovamos a presente MOÇÃO DE REPÚDIO contra o Banco Santander, a qual depois de devidamente assinada, será encaminhada à sua direção, tanto na Espanha, quanto no Brasil, com cópias para a UNI Finanças, na defesa dos direitos dos trabalhadores.

Montevidéu, 26 de julho de 2012.


Fonte: Contraf-CUT com UNI Américas Finanças

18º Congresso dos funcionários do BNB ocorre nesta sexta e sábado

  
Crédito: Seec PE
Seec PEComeça nesta sexta-feira, dia 27, o 18º Congresso Nacional dos Funcionários do BNB, que será realizado no Mar Hotel, no Recife. Durante dois dias, os bancários vão debater as principais demandas e definir a pauta de reivindicações dos funcionários do Banco do Nordeste do Brasil para a Campanha Nacional 2012.

Os benebeanos vão discutir os seguintes temas: remuneração e jornada (incluindo a revisão do PCR, ponto eletrônico, plano de funções e passivos trabalhistas); saúde e previdência (custeio da Camed, assédio moral, aposentados INSS e Capef, revisão do plano BD Capef) e banco público (isonomia, terceirização, concursados e gestão). 

As discussões serão feitas com a instalação de grupos de trabalho

O evento será coordenado pelo Comando Nacional, por meio da Contraf-CUT, Fetrafi/NE e Feeb/BA-SE, com assessoria da Comissão Nacional dos Funcionários do BNB (CNFBNB).

De acordo com secretária de Bancos Públicos do Sindicato dos Bancários de Pernambuco, Daniella Almeida, o Congresso é a última etapa da fase preparatória da Campanha Nacional. "Sairemos do Congresso com a pauta de reivindicações pronta para ser entregue ao BNB. A partir daí, é esquentar a mobilização e lutar pelas nossas demandas", explica.

A exemplo dos últimos anos, a Campanha Nacional dos Bancários será unificada com negociações simultâneas nos bancos públicos para discutir as reivindicações específicas. "Teremos uma pauta geral que vale para todos os bancários e que será negociada com todos os bancos na mesa da Fenaban. E as questões específicas serão negociadas paralelamente com cada empresa", explica.

A dirigente sindical lembra que no ano passado os bancários do BNB tiveram de encarar quase trinta dias de greve para garantir o atendimento das reivindicações. "Fizemos uma greve no Banco do Nordeste mais longa que nas demais instituições financeiras. Isso mostra que as negociações com o BNB nunca são fáceis. Por isso, é bom que os funcionários do banco participem massivamente das atividades de pressão que o Sindicato vai propor. Sem mobilização não vamos conseguir avançar em nossas conquistas", diz.

Ao todo, 136 bancários do BNB do país inteiro participam do Congresso, cujos delegados foram eleitos em assembleias dos sindicatos. 


Fonte: Contraf-CUT com Seeb Ceará e Seec Pernambuco

Dia Nacional de Prevenção de Acidentes de Trabalho é celebrado nesta sexta

  
O Brasil celebra nesta sexta-feira (27), pelo 40º ano consecutivo, o Dia Nacional de Prevenção de Acidentes de Trabalho. "Infelizmente ainda temos que estabelecer datas como essa para denunciar as altas ocorrências de acidentes e adoecimentos do trabalhador. As mortes inclusive continuam aumentando. Em 2010 foram registradas 2.712 e em 2011 o número subiu para 2.796", afirma o secretário de Saúde do Trabalhador da Contraf-CUT, Walcir Previtale.

Para começar a mudar este quadro, Walcir aponta dois pontos fundamentais. "Precisamos que os bancos tenham programa de prevenção contra doenças e acidentes do trabalho. Além disso, é necessário que haja fiscalização no ambiente de trabalho e, para isso, o Ministério do Trabalho e Emprego deve ter um corpo maior de auditores fiscais", avalia.

"Hoje existem 3.028 auditores fiscais do trabalho, incluindo aqueles que exercem atividades internas e não fazem fiscalização nos locais de trabalho, para um universo de mais de 7 milhões de empresas. A relação é muito desproporcional", destaca o diretor da Contraf-CUT.

Os bancários foram e continuam sendo atingidos pelas novas formas de gestão do trabalho, pela reestruturação produtiva - com a introdução de novas tecnologias e a terceirização, com a intensificação do trabalho, exigindo do bancário um ritmo de trabalho intenso, com inúmeras tarefas e responsabilidades para cumprir.

"Falhas" na Medicina do Trabalho 

O serviço de medicina do trabalho praticado pelos bancos é carregado de conservadorismo, tem postura burocrática e cartorial, não caminha no sentido da prevenção de acidentes e doenças e está extremamente subordinado aos interesses exclusivos das empresas. 

"Os exames periódicos, previstos na Norma Regulamentadora nº 7, não são realizados com a finalidade de combater os riscos no ambiente de trabalho e preservar a saúde dos bancários. Os exames acabam servindo de mecanismo para mapear os trabalhadores adoecidos para depois mandá-los embora", denuncia.

O dirigente sindical lembra que a saúde do trabalhador será um dos principais eixos da Campanha Nacional 2012. "Queremos o fim das metas abusivas e o combate ao assédio moral para preservar a saúde dos bancários", reivindica.

Dia 28 de abril

Outra data que trata sobre acidentes de trabalho é o dia 28 de abril - Dia Mundial em Memória das Vítimas de Acidentes e Doenças de Trabalho. A celebração surgiu no Canadá, por iniciativa do movimento sindical, como ato de denúncia e protesto contra as mortes e doenças causados pelo trabalho, espalhando-se por diversos países. Esse dia foi escolhido em razão de um acidente que matou 78 trabalhadores em uma mina no estado da Virgínia, nos Estados Unidos, em 1969.

No Brasil e em vários países do mundo, como Espanha, Portugal, Argentina, Peru e Taiwan, por exemplo, a data é motivo para mobilizações, atividades, seminários, denúncias e reflexões em torno dos problemas que envolvem os acidentes, as doenças e o mundo do trabalho.


Fonte: Contraf-CUT

Comando Nacional entrega pauta de reivindicações à Fenaban na quarta

  
Crédito: Contraf-CUT
Contraf-CUTMinuta de reivindicações foi aprovada na 14ª Conferência Nacional dos Bancários

O Comando Nacional dos Bancários, coordenado pela Contraf-CUT, entrega nesta quarta-feira, dia 1º de agosto, às 15h, a minuta de reivindicações da Campanha 2012 para a direção da Fenaban, em São Paulo. A pauta foi aprovada no último domingo, dia 22, na plenária final da 14ª Conferência Nacional, em Curitiba, com participação de mais de 600 delegados e delegadas de todo país. 

Na pauta estão demandas da categoria, como o reajuste de 10,25% (inflação mais 5% de aumento real), piso igual ao salário mínimo do Dieese (R$ 2.416), PLR equivalente a três salários mais R$ 4.961,25 fixos, além do fim da rotatividade e mais contratações, fim das metas abusivas e combate ao assédio moral, mais segurança e igualdade de oportunidades.

Antes da entrega da minuta, ocorre uma reunião preparatória do Comando Nacional, às 10h, na sede da Contraf-CUT. 

Negociações

As duas primeiras rodadas de negociação com os bancos já estão marcadas: a primeira nos dias 7 e 8 de agosto e a segunda, nos dias 15 e 16. 

Na véspera da primeira rodada, no dia 6, acontece um seminário do Comando Nacional, também na sede da Contraf-CUT, visando preparar as negociações com os bancos. 

Participação e democracia

"A pauta de reivindicações foi uma construção participativa e democrática em todo o país que passou por assembleias, consultas dos sindicatos junto aos bancários, encontros estaduais, conferências regionais e a 14ª Conferência Nacional, aprofundando a unidade nacional da categoria", afirma Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT e coordenador do Comando Nacional. 

Unidade e mobilização

"Os balanços já divulgados do primeiro semestre mostram que os bancos continuam lucrando muito, apesar do terrorismo com a sociedade e das altas provisões para devedores duvidosos", avalia Cordeiro. 

"No entanto, mesmo com os lucros gigantescos apurados, os bancos seguem praticando a maldita rotatividade, que é uma violência contra o emprego e só existe no Brasil. Além disso, mais instituições fecharam postos de trabalho, o que revela uma falta de compromisso com o desenvolvimento do país e a inclusão social", aponta o dirigente sindical.

"Como se não bastasse, as condições de trabalho são precárias nos bancos, com metas abusivas, assédio moral, insegurança e discriminações, provocando o adoecimento de milhares de bancários", salienta. 

"Por isso, vamos intensificar a mobilização em todo país, dialogar com a sociedade e mostrar a força da unidade nacional para buscar novas conquistas econômicas e sociais. Os bancos não têm motivos para recusar as reivindicações da categoria", conclui o presidente da Contraf-CUT.

Principais reivindicações da categoria 

> Reajuste salarial de 10,25%, o que significa 5% de aumento real acima da inflação projetada de 4,97% nos últimos 12 meses. 

> PLR de três salários mais R$ 4.961,25 fixos. 

> Piso da categoria equivalente ao salário mínimo do Dieese (R$ 2.416,38).

> Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) para todos os bancários.

> Auxílio-educação para graduação e pós-graduação.

> Auxílio-refeição e vale-alimentação, cada um igual ao salário mínimo nacional (R$ 622,00).

> Emprego: aumentar as contratações, acabar com a rotatividade, fim das terceirizações, aprovação da Convenção 158 da OIT (que inibe demissões imotivadas) e universalização dos serviços bancários.

> Cumprimento da jornada de 6 horas para todos.

> Fim das metas abusivas e combate ao assédio moral para preservar a saúde dos bancários.

> Mais segurança nas agências e postos bancários.

> Previdência complementar para todos os bancários.

> Contratação total da remuneração, o que inclui a renda variável.

> Igualdade de oportunidades.


Fonte: Contraf-CUT

sexta-feira, 27 de julho de 2012

Dilma cobra manutenção de empregos como contrapartida à redução de IPI A presidenta Dilma Rousseff cobrou nesta sexta-feira (27) dos empresários contrapartida, como a garantia de empregos, em resposta à decisão do governo de reduzir o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para os automóveis e a desoneração do tributo para os eletrodomésticos da linha branca e móveis. A presidenta disse ainda que o governo faz estudos para promover uma série de desonerações. Mas não detalhou informações sobre o levantamento. "Damos incentivos fiscais e financeiros e queremos retorno", destacou Dilma, antes de almoçar com atletas brasileiros, em Londres. "Não [queremos retorno] para nós, mas para o país inteiro, que é a manutenção do emprego. Damos incentivo para garantir emprego. Eles têm de saber que é por esse único motivo", ressaltou. A cobrança de Dilma ocorre no momento em que o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos (SP) pede a interferência do governo para evitar demissões na montadora General Motors (GM). No final de maio, o governo federal reduziu o IPI para os carros - os de motor 1.0 - até 31 de agosto. Mas condicionou a medida à manutenção do nível de empregos no setor. Porém, na semana passada, a GM anunciou o plano de demissões na montadora em São José dos Campos (SP). A direção da montadora foi chamada a dar explicações no Ministério da Fazenda. De acordo com a GM, o compromisso era com a manutenção do nível de emprego e que vem ocorrendo em São Caetano, em Gravataí (RS), e para a futura fábrica de motores de Joinville (SC). Também informou ter contratado cerca de 2 mil pessoas, no ano passado. A presidenta viajou há três dias para Londres acompanhada pelos ministros Aldo Rebelo (Esporte), Helena Chagas (Comunicação Social), Antonio Patriota (Relações Exteriores), Gastão Vieira (Turismo), Aloizio Mercadante (Educação) e Marco Antonio Raupp (Ciência, Tecnologia e Inovação), além do presidente da Câmara, deputado federal Marco Maia (PT-RS). Ela volta neste sábado (28) para o Brasil. Fonte: Agência Brasil

  
A presidenta Dilma Rousseff cobrou nesta sexta-feira (27) dos empresários contrapartida, como a garantia de empregos, em resposta à decisão do governo de reduzir o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para os automóveis e a desoneração do tributo para os eletrodomésticos da linha branca e móveis. A presidenta disse ainda que o governo faz estudos para promover uma série de desonerações. Mas não detalhou informações sobre o levantamento.

"Damos incentivos fiscais e financeiros e queremos retorno", destacou Dilma, antes de almoçar com atletas brasileiros, em Londres. "Não [queremos retorno] para nós, mas para o país inteiro, que é a manutenção do emprego. Damos incentivo para garantir emprego. Eles têm de saber que é por esse único motivo", ressaltou.

A cobrança de Dilma ocorre no momento em que o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos (SP) pede a interferência do governo para evitar demissões na montadora General Motors (GM).

No final de maio, o governo federal reduziu o IPI para os carros - os de motor 1.0 - até 31 de agosto. Mas condicionou a medida à manutenção do nível de empregos no setor. Porém, na semana passada, a GM anunciou o plano de demissões na montadora em São José dos Campos (SP). A direção da montadora foi chamada a dar explicações no Ministério da Fazenda.

De acordo com a GM, o compromisso era com a manutenção do nível de emprego e que vem ocorrendo em São Caetano, em Gravataí (RS), e para a futura fábrica de motores de Joinville (SC). Também informou ter contratado cerca de 2 mil pessoas, no ano passado.

A presidenta viajou há três dias para Londres acompanhada pelos ministros Aldo Rebelo (Esporte), Helena Chagas (Comunicação Social), Antonio Patriota (Relações Exteriores), Gastão Vieira (Turismo), Aloizio Mercadante (Educação) e Marco Antonio Raupp (Ciência, Tecnologia e Inovação), além do presidente da Câmara, deputado federal Marco Maia (PT-RS). Ela volta neste sábado (28) para o Brasil.


Fonte: Agência Brasil

Em nota oficial, CUT repudia decreto do governo que reprime greve

  
Crédito: CUT
CUTA Central Única dos Trabalhadores (CUT) repudia veementemente a publicação do decreto governamental 7777 que prevê a substituição dos servidores públicos federais em greve por servidores estaduais e municipais. Tal medida atropela o processo de diálogo e vai na contramão da legitimidade de uma paralisação em defesa de salários e direitos. A greve é um direito constitucional.

A substituição de servidores com atribuições diferenciadas entre os entes federados é inaceitável e pode implicar em inúmeros - e graves - prejuízos para a sociedade. A utilização de pessoal não qualificado para exercer funções como a da vigilância sanitária e de fronteiras, de portos e aeroportos, que são atribuições da União, ainda que de forma transitória, pode colocar em risco a saúde, a segurança da população e a própria soberania nacional. Além de abrir um perigoso precedente.

Para a efetivação de um espaço permanente de diálogo, que vinha sido construído com o compromisso e o protagonismo da nossa Central, reiteramos a importância da regulamentação da Convenção 151 da OIT, que estabelece a negociação coletiva no serviço público.

Esta é uma decisão que muito poderia contribuir para aparar eventuais arestas e dirimir conflitos como o atual.

O confronto que se agrava após mais de um mês de paralisação, só se estabeleceu pela incompreensão do governo federal que, movido pela lógica do desmedido "ajuste fiscal", arrocha salários e investimentos, medidas incompatíveis com os compromissos assumidos e com as necessidades da sociedade brasileira, em especial, dos servidores públicos.

Reiteramos a importância da implantação de uma política de aumento real e valorização das carreiras para a melhoria crescente da qualidade do serviço público prestado à população e para o próprio desenvolvimento nacional, com distribuição de renda e garantia de direitos.

Esta inflexão do decreto governamental nos deixa extremamente preocupados. Reprimir manifestações legítimas é aplicar o projeto que nós derrotamos nas urnas.

Para resolver conflitos, o caminho é o diálogo, a negociação e o acordo. Sem isso, a greve é a única saída.

Executiva Nacional da CUT


Fonte: CUT

CMN autoriza caixas eletrônicos a fazer compra e venda de dólares

  
Operações de compra e venda de moeda estrangeira poderão ser feitas em máquinas semelhantes aos caixas eletrônicos usados para saques no país. 

Decisão do CMN (Conselho Monetário Nacional) desta quinta-feira (26) autoriza que instituições que já realizam operações de câmbio, como bancos e corretoras, instalem essas máquinas em locais de grande circulação de turistas. 

Cada operação terá limite máximo de US$ 3.000. A máquina fará a troca de moedas em cédulas - ou seja, o consumidor terá de inserir notas de real para sacar dólar ou vice-versa, por exemplo. 

Será preciso ter um cartão de bandeira internacional para realizar a operação. Isso servirá para identificar a pessoa que estiver trocando moedas, o que é obrigatório no Brasil. Não será possível comprar moeda estrangeira no cartão. 

"Não se trata de saque com cartão. A pessoa terá que introduzir cédulas de dólar para retirar cédulas de real ou vice e versa", exemplificou Geraldo Magela, secretário-executivo do BC (Banco Central). 

objetivo da medida é facilitar a troca de moeda estrangeiras devido ao esperado aumento de turistas no país devido à realizção da Copa em 2014 e da Olímpiada em 2016 no Brasil. 

"Essas máquinas vão funcionar 24 horas, inclusive nos fins de semana, justamente para atender as pessoas quando as instituições não estiverem funcionando", disse Magela. 

Ele diz que cerca de 2 mil dessas máquinas já são utilizadas em quase toda a Europa. Elas podem trocar qualquer moeda, mas o mais provável é que o bancos e corretoras ofereçam apenas as moedas mais negociadas, como dólar e euro. 

A decisão do CMN precisa ser regulamentada pelo BC, o que deve ser feito na próxima semana, segundo Magela. O início do uso das máquinas, no entanto, vai depender do interesse dos bancos. 

O CMN aprovou na quarta-feira também outra medida para aumentar as opções de troca de moeda. Agora, bancos e corretoras poderão contratar qualquer empresa como correspondente cambial. Antes, apenas empresas do setor de turismo registradas no Ministério do Turismo podiam ser contratadas. 

"Uma loja de roupas em um hotel, por exemplo, poderá ter uma pessoa para vender e comprar moeda estrangeira", explicou Magela. 


Fonte: Folha.com

Rede Sindical do BB discute acordo marco e respeito aos direitos

  
Crédito: AEBU - Uruguai
AEBU - UruguaiRepresentantes da Rede Sindical do BB do Brasil, Argentina e Paraguai 

A Rede Sindical do Banco do Brasil das Américas apresentou nesta quinta-feira (26) um conjunto de propostas para avançar na organização dos funcionários do BB, durante o encerramento da 8ª Reunião Conjunta das Redes Sindicais dos Bancos Internacionais (BB, Itaú, HSBC, BBVA, Santander e Scotiabank), em Montevidéu. O evento iniciou na segunda-feira (23) e foi promovido pela UNI Américas Finanças. 

Participaram da reunião da Rede Sindical do BB dirigentes sindicais do Brasil, da Argentina (La Bancária) e do Paraguai (Fetraban). 

Os brasileiros foram representados por Carlos Souza e William Mendes (vice-presidente e secretário de formação da Contraf-CUT, respectivamente), Raquel Kacelnicas (diretora do Sindicato dos Bancários de São Paulo), Rafael Zanon (diretor da Fetec Centro-Norte e do Sindicato dos Bancários de Brasília), Wagner Nascimento (diretor da FETRAF-MG e do Sindicato dos Bancários de Belo Horizonte) e Jeferson Boava (diretor da Federação dos Bancários de SP/MS e presidente do Sindicato dos Bancários de Campinas).

Respeito aos direitos dos bancários 

Para William, que é também coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB, o encontro foi positivo. "Buscaremos melhorar a comunicação entre todas as entidades sindicais da rede sindical para que o BB respeite os direitos dos trabalhadores em todos os países, sejam eles direitos previstos na legislação de cada país, sejam eles conquistas dos bancários", destaca. 

"Também lutaremos para que não haja prática antissindical de gestores do banco em nenhum dos países onde o banco seja controlador ou esteja atuando, inclusive no Brasil", salienta.

Acordo marco

Houve apresentação das situações vividas pelos trabalhadores do BB em cada país e do Banco Patagônia, recentemente adquirido na Argentina.

Foi feita a leitura e o debate sobre o acordo marco assinado em maio de 2011 entre a UNI Américas e o BB, com vigência até maio de 2013. As entidades sindicais presentes avaliaram o acordo como um instrumento importante a ser renovado e garantido.

Foi ressaltada a necessidade de lutar pela aplicação em cada país das cláusulas constantes do acordo, bem como foi definida a reivindicação de que o acordo seja global ao invés de ser somente para as Américas.

Objetivos e desafios

Como objetivo principal da rede sindical do BB foi apontada a melhoria da qualidade de vida do(a)s trabalhadore(a)s do banco e das empresas onde ele seja o controlador ou ainda onde atue, buscando isonomia de direitos e benefícios.

Outra proposta foi o fortalecimento da rede sindical do BB nas Américas, melhorando a comunicação, estudando os acordos específicos em cada país e buscando organizar uma negociação da UNI com o BB para avançar na unificação de direitos.

Ainda foi aprovado que uma representação internacional de UNI Américas Finanças entregará a reivindicação ao BB de agendar uma reunião para avaliação e renovação do Acordo Marco e da instalação do grupo paritário, conforme prevê a cláusula 20ª e parágrafos da mesma.


Fonte: Contraf-CUT