terça-feira, 30 de abril de 2013

Lucro do Itaú sobe no 1º tri e chega a R$ 3,47 bilhões; 2º maior do banco



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Do UOL, em São Paulo
O Itaú Unibanco anunciou nesta terça-feira (30) que teve lucro líquido de R$ 3,47 bilhões no 1º trimestre, alta de 1,34% em relação ao mesmo período do ano passado (quando lucrou R$ 3,426 bi). É o segundo maior lucro da história do banco para o período, ficando atrás apenas do lucro de 2011 (R$ 3,530 bi).
Excluindo itens extraordinários, o lucro recorrente foi de R$ 3,51 bilhões. A previsão média de 11 analistas consultados pela Reuters era de lucro recorrente de R$ 3,45 bilhões.
(Com  Reuters)

Cliente do Bradesco é morto em "saidinha de banco" em São Paulo


O crime da "saidinha de banco" fez mais uma vítima fatal em São Paulo. O cliente Sílvio Batista, de 43 anos, foi assassinado depois de sacar uma determinada quantia de dinheiro em uma agência do Bradesco, por causa do nascimento de dois filhos.

O caso ocorreu na última terça-feira (23), na região do Mandaqui, zona norte de São Paulo. A vítima foi seguida por bandidos em uma moto após deixar o banco - os criminosos o abordaram e exigiram a quantia sacada.

O homem então foi baleado nas costas pelos bandidos. Pessoas que passavam pelo local o socorreram no Pronto Socorro do Mandaqui, onde morreu.

A vítima era casada e tinha gêmeos recém-nascidos. Até o momento ninguém foi preso, e o caso foi registado no 38º Distrito Policial.


Fonte: Contraf-CUT com Band

Rumo ao 1º de Maio, CUT cobra resposta do governo aos trabalhadores


Marcha das centrais sindicais, em Brasília

No último dia 6 de março, uma marcha unificada das centrais sindicais e dos movimentos sociais levou mais de 50 mil pessoas a Brasília para fazer avançar no Executivo e no Legislativo uma pauta de reivindicações com 10 itens.

Sem resposta do governo federal, a classe trabalhadora voltou às ruas de todo o país, dessa vez com mais um ponto na agenda: o combate ao substitutivo do deputado federal Roberto Santiago (PSD-SP) ao Projeto de Lei (PL) 4330/2004, de autoria de Sandro Mabel (PMDB-GO), que amplia a terceirização e representa um imenso retrocesso à organização dos trabalhadores. 

Ainda sem contraproposta às reivindicações, a CUT elevará o tom neste 1º de Maio e utilizará o Dia Internacional do Trabalhador para unificar as bases em defesa de avanços para quem faz a economia girar, conforme destaca o presidente da Central, Vagner Freitas.

"O governo tem obrigação de abrir um processo de negociação porque não podemos aceitar que não apresente respostas à classe trabalhadora ou implemente políticas sem dialogar com as centrais. Não há nenhuma sinalização de negociação e vamos preparar nossos trabalhadores para intensificar a mobilização e preparar outros dias nacionais de luta", aponta Vagner.

Redução da jornada, fator previdenciário e terceirização

De acordo com o dirigente da CUT, a redução da jornada para 40 horas semanais sem redução de salário, o fim do fator previdenciário e o combate ao PL 4330/2004 da terceirização são prioridades na agenda.

Vagner alerta que o último ponto, por representar uma reforma trabalhista disfarçada, ganha ares de urgência. Caso seja aprovada, a medida rasga a Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT) ao liberar a terceirização para atividades fim (a atividade primordial da empresa) e acaba com a responsabilidade solidária.

"A terceirização, que é proibida atualmente para a principal atividade da empresa, pode ser completamente liberada e poderemos ter empresas sem nenhum funcionário, o que precariza completamente as relações trabalhistas e a organização sindical. Além disso, não teremos mais a responsabilidade solidária, ou seja, mesmo que a terceirizada não cumpra com suas obrigações trabalhistas, a tomadora de serviço não precisar arcar com qualquer responsabilidade. Isso é uma forma de empresários desonestos terem lucro fácil", comenta.

O presidente alerta que a CUT denunciará publicamente os parlamentares que votarem a favor do PL. "Vamos fazer uma articulação no Congresso Nacional e usaremos todos os nossos meios para mostrar quem traiu a classe trabalhadora.

Combate à terceirização, democratização da comunicação e reforma política

Os trabalhadores que participarem das celebrações do 1º de Maio poderão também lutar contra o PL 4330/2004 assinando um abaixo assinado.

A CUT também irá colher assinaturas para a campanha do Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC), organização da qual a Central faz parte, pela constituição de um marco regulatório para o setor. E para a campanha pela reforma política, que prevê avanços como o financiamento público de campanha e a ampliação da participação das mulheres no pleito.


Fonte: CUT

segunda-feira, 29 de abril de 2013

Centrais protestam em São Paulo contra mortes em acidentes de trabalho


Crédito: Marcelo Camargo - Agência Brasil
Marcelo Camargo - Agência BrasilMobilização pelo Dia em Memória das Vítimas de Acidentes de Trabalho 

As centrais sindicais fizeram nesta sexta-feira (26) ato em São Paulo pelo fim dos acidentes de trabalho. O protesto teve início por volta das 9h, em frente à sede da Força Sindical, na Liberdade, e terminou às 12h, em frente à Superintendência Regional do Ministério do Trabalho e Emprego, no centro da cidade. 

A Polícia Militar estimou em 3 mil o número de participantes. Participaram CUT, Força Sindical, UGT, CTB, Nova Central e CGTB. O ato marca o Dia em Memória das Vítimas de Acidentes de Trabalho, celebrado mundialmente neste domingo (28).

O pedreiro Antônio Carlos Carvalho, 40 anos, trabalha há 15 anos na construção civil e acredita que nesse período houve avanços na exigência de equipamentos, mas ainda é comum o descumprimento de normas de segurança, tanto por empresas quanto por funcionários. "Já vi muitos acidentes ocorrerem, mas ainda bem que nenhum com morte. A empresa tem que ficar em cima e o funcionário tem que cumprir. Se não for assim, todo mundo se dá mal", disse.

A secretária nacional de Saúde do Trabalhador da CUT, Junéia Martins Batista, disse, em nota da central, que é urgente que o trabalhador tome consciência dessa situação e perceba que as grandes responsáveis pelos acidentes e doenças do trabalho são as empresas, que não investem em prevenção, impõem jornadas extenuantes aos empregados e se utilizam de mecanismos altamente prejudiciais à saúde para cobrar o aumento frenético da produção. 

"A raiz do problema está na organização do trabalho que inclui a má qualidade de ambientes físicos, a forma de organizar as rotinas de trabalho, os mecanismos psicológicos perversos para o atingimento de metas de produção cada vez mais desumanas, o excesso de jornada, entre outros itens", ressalta.

O secretário-adjunto de Relações de Trabalho da CUT, Eduardo Guterra, diz que o Estado precisa ter mais rigor na fiscalização, autuando essas empresas. "Trata-se de uma medida urgente e primordial para a diminuição dessas ocorrências no Brasil, que têm números cada vez mais alarmantes."

A data foi instituída por iniciativa de sindicatos canadenses e escolhida em razão de um acidente que matou 78 trabalhadores em uma mina no estado da Virgínia, nos Estados Unidos, em 1969. No Brasil, em maio de 2005, foi promulgada a Lei11.121, criando o Dia Nacional em Memória das Vítimas de Acidentes e Doenças do Trabalho.

"Reunimos várias categorias, mas a maioria é formada por trabalhadores da construção civil, que, além de estarem em campanha salarial, enfrentam historicamente essa questão dos acidentes", afirmou o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna. O dirigente disse que o local escolhido para encerrar o ato é simbólico. Para ele, o Ministério do Trabalho deve estar atento às políticas públicas necessárias à diminuição do número de acidentes. 

Em todo o mundo, milhões de trabalhadores/as se acidentam e, centenas de milhares, morrem no exercício do trabalho a cada ano. No Brasil, as estatísticas oficiais do Ministério da Previdência demonstram que em 2011 foram registrados 711 mil casos de acidentes de trabalho, com 2.844 mortes de trabalhadores/as e 14.811 sofreram incapacidade permanente.

Para o secretário-geral da UGT, Carlos Silva, a redução de acidentes passa pela democratização dos ambientes de trabalho, com a formação de Comissões internas de Prevenção de Acidentes (Cipas). "Algumas são formadas apenas para constar. É necessário fortalecer esses instrumentos para que o trabalhador se comprometa e diga não às condições insalubres", avaliou.


Fonte: Rede Brasil Atual

Dirigentes sindicais relatam ataques contra trabalhadores no mundo


Crédito: Seeb São Paulo
Seeb São PauloPalestrantes do Brasil, EUA, Chile e Portugal, durante seminário internacional

Os desafios do movimento sindical no mundo foram a tônica dos debates da última mesa do Seminário Internacional "O Papel do Sindicato na Construção da Democracia", promovido na quarta e quinta-feira, dias 24 e 25, pelo Sindicato dos Bancários de São Paulo. Os palestrantes - sindicalistas do Brasil, Estados Unidos, Chile e Portugal - falaram da experiência em seus países de origem, mas também analisaram a situação do movimento de trabalhadores em outras nações.

"Todos concordamos: não existe democracia sem sindicato e sem liberdade sindical. Mas o que assistimos no mundo hoje é uma série de ataques ao movimento sindical, muitos no sentido de questionar a própria existência de sindicatos. E esses ataques vão exigir uma resposta da classe trabalhadora com ações de solidariedade, o que já temos feito, mas precisamos fazer muito mais", afirmou o presidente do Instituto de Cooperação da CUT, Artur Henrique, que abriu a discussão sobre o tema Sindicalismo e Democracia.

Intermediada pela secretária-geral do Sindicato, Raquel Kacelnikas, a mesa também foi composta pelo diretor do Setor Financeiro da UNI Sindicato Global, Márcio Monzane; pela diretora de organização do CWA (Sindicato dos Trabalhadores em Comunicações da América - EUA) Sandy Rusher; pelo professor de Sociologia da Universidade de Coimbra Elísio Estanque; e pela vice-presidenta da Cesteba - Confederação Bancária do Chile, Ana Luz Palleras.

Ataques ao sindicalismo 

Recém-chegado de uma viagem internacional, Artur Henrique relembrou as dificuldades impostas por governos neoliberais à organização dos trabalhadores. "Nos Estados Unidos há uma lei chamada 'direito ao trabalho'. O que parece bom, na verdade, estabelece o 'direito' de trabalhar 14 horas por dia sem receber hora extra; de trabalhar nas férias sem ser pago por isso; da grávida ter o 'direito' de trabalhar logo após o parto, sem gozar da licença-maternidade. Ou seja, é uma forma de destruir o poder de intervenção dos sindicatos", disse.

O dirigente brasileiro citou ainda leis no México que estabelecem contrato de proteção à atividade empresarial que assinados por sindicatos descomprometidos com os trabalhadores e que em geral rebaixam salários e direitos. "Tenho convicção de que apesar dos avanços, em especial na América Latina, há uma clara tentativa de fazer com que o movimento sindical perca força."

Antecessor de Vagner Freitas na presidência da CUT, o eletricitário Artur Henrique lembrou que os trabalhadores elegeram um governo democrático popular, mas que continuam pressionando por direitos. "A política de valorização do salário mínimo foi conquista nossa, mas não veio tão fácil. Foram necessárias três marchas a Brasília. E isso porque setores do governo acreditavam que a valorização do mínimo quebraria municípios. Hoje, essa política é apontada como um dos fatores que fortaleceram o país diante da crise financeira mundial."

E ressaltou: "Apesar do balanço positivo nos últimos dez anos no país, não podemos esquecer que os assassinatos de sindicalistas do campo continuam. Só este ano, foram mortos 13 lideranças camponesas".

EUA 

Sandy Rusher falou sobre a situação dos sindicatos nos Estados Unidos onde, segundo ela, os acordos coletivos não são protegidos por lei. O sindicato ao qual pertence, o CWA, representa cerca de 700 mil trabalhadores de vários segmentos de serviços nos EUA, Canadá e Porto Rico, inclusive bancários. "Perdemos mais de 400 mil pessoas no movimento sindical e esse número continua em declínio", disse, referindo-se à queda nas sindicalizações no país.

Além disso, as condições pioraram. "Temos jornadas de até 14 horas por dias. Estamos trabalhando mais por menores salários", relatou.

Ela se referiu ainda às fragilidades da democracia nos EUA, onde a extrema direita é muito poderosa. "Temos certeza que se tivessem a cidadania, 90% dos imigrantes votariam com a gente", afirmou. Ela contou ainda que há uma ala no próprio governo Obama que promove ataques francos e abertos contra os acordos coletivos. E que o movimento de direita conhecido como Tea Party "barra" quase todas as tentativas de avanço no Senado.

Sandy também afirmou que os dirigentes sindicais nos EUA estão refletindo sobre o que deu errado e procurando aprender com o Brasil. "Sabemos que existe muita desigualdade aqui, mas vocês estão seguindo um caminho oposto a isso, enquanto nós estamos indo no caminho errado."

UNI Finanças 

Ex-diretor do Sindicato, atualmente chefe mundial na UNI Finanças, o brasileiro Márcio Monzane lembrou que o neoliberalismo invadiu as Américas nos anos 1980 e 1990, enfraquecendo a participação popular. E citou o Chile, onde foi implantado ainda na ditadura de Augusto Pinochet e onde estão em vigor leis que enfraquecem a organização dos trabalhadores. "Na negociação coletiva, apenas dois temas podem ser discutidos: benefícios e condições de trabalho. Outra lei incentiva a fragmentação sindical." Ele deu o exemplo de uma unidade do Santander com 1 mil trabalhadores representados por 14 sindicatos.

Com sede na Suíça, a UNI representa 900 sindicatos e 20 milhões de trabalhadores em todo o mundo. Márcio citou projetos da organização internacional como o Rompendo Barreiras, que tem o objetivo de representar e organizar os trabalhadores das Américas por meio de campanhas de sindicalização, criação e fortalecimento de sindicatos. 

Ele lembrou a primeira paralisação dos trabalhadores do Wall Mart nos Estados Unidos e a organização dos bancários daquele país, onde nem sequer existe sindicato do ramo financeiro. "Representar é exatamente isso: transformar o sindicato em ator social para modificar a sociedade", concluiu.

Chile 

Ana Luz Palleras lembrou que a ditadura de Pinochet também minou o movimento sindical de seu país. "Isso foi a causa de toda a desigualdade social que vemos hoje no Chile", disse. 

Ainda assim, segundo ela, o movimento sindical foi um dos principais atores de resistência ao regime ditatorial. "A resistência sindical convocou as primeiras mobilizações contra a ditadura e conseguiu acalentar as esperanças e sonhos de milhões de cidadãos que viveram 17 anos de tirania."

Com fim da ditadura, a vice-presidenta da Cetesba relata que o movimento sindical voltou a se reorganizar e ganhar força, mas que os trabalhadores se sentem traídos porque a legislação trabalhista, desfavorável à classe, foi pouco alterada com a volta da democracia. "A saúde continua privada, a previdência continua privada e foi mantido todo o ordenamento jurídico das relações trabalhistas de maneira a impedir que os trabalhadores pudessem exercer livremente seus direitos."

Na Europa 

Elísio Estanque trouxe as preocupações do movimento sindical europeu, continente assolado pela crise econômica desde 2010 e que sofre com as políticas de austeridade fiscal impostos pela poderosa "troica": Banco Central europeu, Comissão Europeia e Fundo Monetário Internacional. 

"Se a sociedade civil e os movimentos sociais não reagirem organizadamente e, sobretudo, se o campo sindical não souber se articular com outros tipos de dinâmicas e de movimentos sindicais, dificilmente será possível na Europa travar a atual tendência e encontrar um caminho de saída para os problemas que vivemos atualmente", afirmou o sociólogo português.


Fonte: Contraf-CUT com Seeb São Paulo

sexta-feira, 26 de abril de 2013

Projeto da desaposentadoria pode ser analisado pelo plenário do Senado


O líder do governo no Senado, Eduardo Braga (PMDB-AM), protocolou nesta quinta-feira (25) na Secretaria da Mesa da Casa um recurso pedindo para que o Projeto de Lei Suplementar 91/2010, conhecido como Projeto da Desaposentadoria, seja apreciado pelo plenário do Senado. Caso a mesa acate o pedido, o projeto poderá ser apreciados por todos os senadores.

A matéria foi aprovada há quase duas semanas na Comissão de Assuntos Sociais em caráter terminativo, devendo seguir para apreciação da Câmara. Pelo projeto, o aposentado pode voltar ao mercado de trabalho, abrindo mão do benefício. Depois, ele pode pedir a revisão da aposentadoria de acordo com o novo período de tempo trabalhado.

O senador Paulo Paim (PT-RS), autor da proposta, garante que o projeto não aumentará os gastos da Previdência com a revisão da aposentadoria, pois segundo ele, ao voltar ao mercado de trabalho os aposentados passam a contribuir com o INSS.


Fonte: Agência Brasil

Bancários do Rio e Niterói protestam contra horário estendido do Itaú


Crédito: Seeb Rio
Seeb RioMobilização cobra fim das demissões e mais contratações

Os bancários do Rio de Janeiro e Niterói fizeram paralisações em agências do Itaú com horário estendido nesta quarta-feira, dia 24. O objetivo foi protestar contra a ampliação do horário de trabalho que, além de não respeitar a jornada de seis horas, tem provocado sobrecarga de trabalho. 

"O banco ampliou o horário de funcionamento das agências, mas não contratou mais funcionários - pelo contrário, o Itaú vem demitindo e extinguindo postos de trabalho sistematicamente desde a fusão com o Unibanco. Quem ficou, está trabalhando demais", afirma Vera Luiza Xavier, diretora do Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro.

No Rio, a paralisação atingiu oito unidades do bairro da Tijuca, na Zona Norte, e outras oito da Av. Rio Branco, centro financeiro da cidade, que funcionam em horário estendido. Nenhuma destas unidades - que têm horários diferentes de atendimento - funcionou durante todo o dia. 

"O problema não é só termos algumas agências funcionando das 09h às 16h, outras das 11h às 19h, ou em outros horários. Acontece que, além de não ter havido contratação de bancários para darem conta do aumento de trabalho, também há restrição no atendimento. Na maioria destas unidades, nos horários fora do expediente bancário normal, somente correntistas têm autorização para entrar e realizar suas operações", acrescenta Maria Izabel Cavalcante, diretora do Sindicato do Rio.

Em Niterói, foram paralisadas até as 13h três agências do banco - as três maiores do município, no centro. Destas, duas funcionam com horário estendido. Na terceira agência, o protesto foi motivado por outra situação: o acúmulo de função. 

"O Gerente Administrativo está exercendo, além de suas funções, as de tesoureiro e de caixa. Com as demissões, os casos de acúmulo de função estão se tornando comuns no banco", ressalta Fabiano Júnior, presidente do Sindicato dos Bancários de Niterói.

"Sempre que visitamos agências, ouvimos os bancários reclamarem que não aguentam mais a sobrecarga de trabalho. Estão todos exaustos. E isso vem aumentando o adoecimento na categoria", completa. 


Fonte: Contraf-CUT com Feeb RJ-ES e Seeb Rio

Santander lucra R$ 1,519 bilhão no 1º trimestre, mas corta 508 empregos


O Santander Brasil anunciou nesta quinta-feira (25) lucro líquido gerencial de R$ 1,519 bilhão no primeiro trimestre de 2013, o que significa uma queda de 14,4% na comparação com o mesmo período do ano passado e uma redução de 5,5% em relação ao último trimestre de 2012. 

Esse resultado bilionário continua representando 26% do lucro mundial do banco espanhol. O retorno sobre o patrimônio líquido médio anualizado do Santander Brasil permanece alto, apesar da queda de 12,8% no quarto trimestre de 2012 para 12,0% nos três primeiros meses deste ano. 

"Mesmo com esse lucro estrondoso, fruto do empenho e dedicação dos bancários, o Santander continua andando na andando na contramão do emprego em vez de oferecer contrapartidas sociais, como a manutenção e a ampliação de postos de trabalho", afirma Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT. 

Corte de 1.569 empregos em um ano

Conforme análise do Dieese, a instituição fechou 508 empregos nos primeiros três meses do ano. Em dezembro de 2012, o Santander contava com 53.992 empregados, mas encerrou o primeiro trimestre com 53.484. Em relação ao quadro de pessoal em março de 2012, a redução foi de 1.569 funcionários.

As despesas de pessoal, incluindo PLR, caíram 4,2% na comparação entre o primeiro trimestre deste ano e o mesmo período de 2012, passando de R$ 1,829 bilhão para R$ 1,753 bilhão. "Esse é o efeito perverso das demissões e da política de rotatividade do banco", aponta Ademir Wiederkehr, funcionário do banco e secretário de imprensa da Contraf-CUT. 

Crescimento das receitas de tarifas

Já as receitas de prestação de serviços e tarifas subiram 9,1% em relação ao mesmo período de 2012, atingindo R$ 2,699 bilhões (alta de 2,3% no trimestre), valor suficiente para cobrir 153,96% do total de despesas de pessoal do banco (incluindo a PLR), aponta o Dieese.

Mais uma vez, o lucro do banco não foi maior por causa da alta provisão para devedores duvidosos (PDD), que atingiu R$ 3,371 bilhões, o que representa um crescimento de 9,1% em relação ao mesmo trimestre de 2012.

Para a Contraf-CUT, essa enorme provisão não se justifica diante da pequena elevação da inadimplência, que ficou em 5,8% no primeiro trimestre, alta de 1 ponto percentual em relação ao mesmo trimestre de 2012 e de 0,3 ponto percentual na comparação com os últimos três meses de 2012.

Redução do crédito

Além da PDD, impactaram o lucro a queda anual de 3,8% nas receitas das operações de crédito (-4,8% no trimestre) e a redução anual nas receitas de depósitos em 29,8% (-12,8% no trimestre). 

"Os bancos privados, como o Santander, deviam ampliar a oferta do crédito, reduzir juros e apostar no ganho em escala, como têm feito os bancos públicos, em vez de travar o crédito e elitizar cada vez mais o atendimento", avalia Cordeiro. 

A carteira de crédito ampliada atingiu o patamar de R$ 256,152 bilhões, com crescimento de 8,3% em 12 meses e queda de 0,1% no trimestre. No segmento de pessoa física, o crescimento foi de 7,3% em um ano, com destaque para as linhas de crédito imobiliário e leasing (veículos), com crescimento de 31,2% e 22,7%, respectivamente. 

No crédito para pessoa jurídica, o Dieese salienta o crescimento de pequenas e médias empresas (9,2%), enquanto o crédito para grandes empresas apresentou expansão de 7,4% em um ano. Destaca-se, aqui, uma elevação de 42% no crédito rural e o crescimento do crédito imobiliário em 19,9%. 

O Santander Brasil encerrou o primeiro trimestre com patrimônio líquido de R$ 51,133 bilhões, 6,5% maior que o visto em 12 meses e 1,2% superior ao obtido no último trimestre de 2012.

O lucro líquido gerencial desconsidera a despesa de amortização de ágio referente à compra do Banco Real, que foi de R$ 909 milhões no trimestre.

Lucro mundial

O lucro mundial do Santander, maior banco da zona do euro, foi de R$ 1,21 bilhão de euros no primeiro trimestre, uma queda de 26% em consequência da crise europeia e da recessão na Espanha, que levou a um significativo crescimento na inadimplência do crédito imobiliário.

Houve também uma desaceleração do crescimento do banco na América Latina, onde o lucro caiu 18%. Além disso, ocorreu uma queda de quase 25% no lucro obtido no Reino Unido.

Terceira troca de presidente desde 2010

O Santander Brasil anunciou na noite de quarta-feira (24) a terceira troca na presidência desde o final de 2010, quando o então presidente Fábio Barbosa deixou o cargo e assumiu o executivo espanhol Marcial Portela.

O novo presidente será outro executivo espanhol, Jesús Zabalza, Zabalza, de 55 anos, que era diretor geral da divisão América, incluindo operações do grupo na Argentina, Chile, México, Peru, Porto Rico e Uruguai. No Santander desde 2002, ele já passou também por BBV Argentaria e La Caixa.

Portela continuará no Santander Brasil como presidente do Conselho de Administração.

Bancários cobram respeito e valorização

"Esperamos que a mudança na presidência abra novos caminhos para o crescimento do banco, com valorização dos funcionários e aposentados. Há muitas demandas pendentes dos trabalhadores que precisam ser atendidas, como o fim das demissões, mais contratações, melhoria das condições de saúde e trabalho, e solução para os problemas na previdência complementar", destaca Ademir. 

"Queremos emprego decente e aposentadoria digna. E que o Santander respeite o Brasil e os brasileiros", conclui o dirigente da Contraf-CUT.


Fonte: Contraf-CUT com Dieese e agências de notícias

quarta-feira, 24 de abril de 2013

Apesar de lucro de R$ 2,9 bi, Bradesco corta 592 empregos no 1º trimestre


Apesar dos ganhos bilionários, o Bradesco continua demitindo funcionários e eliminando postos de trabalho. O banco divulgou nesta segunda-feira (22) lucro líquido ajustado de R$ 2,943 bilhões no primeiro trimestre de 2013, um crescimento de 3,4% em relação ao mesmo período de 2012. 

No entanto, o Bradesco fechou 592 empregos no primeiro trimestre, acumulando o corte de 2.309 vagas nos últimos 12 meses. O quadro caiu de 105.102 funcionários em março de 2012 para 102.793 em março deste ano, segundo análise do Dieese. 

"Não podemos aceitar que, mesmo com todo esse lucro astronômico, o Bradesco feche postos de trabalho e pratique rotatividade de mão de obra, minando os esforços do governo e da sociedade brasileira para que o país volte a crescer a um ritmo mais acelerado, com geração de empregos e diminuição das desigualdades", afirma o presidente da Contraf-CUT, Carlos Cordeiro.

O lucro poderia ser ainda maior se o banco não maquiasse outra vez o balanço através das provisões para devedores duvidosos (PDD), cujo valor chegou a R$ 3,475 bilhões, um crescimento de 5,4% em relação a março de 2012. Na comparação com o trimestre anterior, houve ainda acréscimo de 1,3%. 

Enquanto isso, o índice de inadimplência superior a 90 dias ficou em 4,0%, com queda de 0,1 ponto percentual em relação ao trimestre anterior, como também, na comparação com o primeiro trimestre de 2012. "O Bradesco repete o truque contábil usada pelo sistema financeiro no ano passado de esconder o lucro superdimensionando as provisões para devedores duvidosos em relação à inadimplência real, que praticamente ficou inalterada", critica Andrea Vasconcelos, funcionária do Bradesco e secretária de Políticas Sociais da Contraf-CUT.

No primeiro trimestre deste ano, o banco gastou o equivalente a 3,9% do seu lucro líquido ajustado em despesas com segurança e vigilância, num total de R$ 115,541 milhões. Já no mesmo período de 2011 foram gastos R$ 100,240 milhões, o que representou 3,5% do lucro registrado no ano. "Apesar do pequeno aumento, o Bradesco é o banco que entre os seis maiores do país tem investido menos em segurança nos últimos anos", ressalta Cordeiro. "Não é à toa que foi o campeão de multas na Polícia Federal em 2012", lembra Andrea. 

O lucro do primeiro trimestre foi impactado pelo maior resultado operacional de seguros (31,7%) e pelo crescimento das receitas de prestação de serviços (11,7%). A carteira de crédito expandida subiu 11,6% em 12 meses, atingindo R$ 391,682 bilhões. 

As operações com pessoas físicas cresceram 8,7%, no mesmo período, chegando a R$ 119,231 bilhões. Já as operações com pessoas jurídicas alcançaram R$ 272,451 bilhões, com elevação de 13,0% comparado a março de 2012. 

"Mais uma vez, o Bradesco exibe um balanço recheado de lucro, mas ficou devendo contrapartidas sociais, como a geração de empregos, o que joga na contramão do desenvolvimento, precariza as condições de trabalho dos bancários e afeta a qualidade de atendimento dos clientes", conclui Carlos Cordeiro.


Fonte: Contraf-CUT

Cresce número de brasileiros que utilizam cartões de crédito e débito


O uso dos cartões de crédito e débito representou 26,4% do consumo das famílias brasileiras no ano passado, segundo levantamento divulgado nesta terça-feira (23) pela Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs). Cinco anos antes, esse percentual chegava a 16,7%. A preferência pelo uso dos meios eletrônicos para pagamentos fez crescer o faturamento do setor, que chegou a R$ 724,3 bilhões, uma alta de 18% em relação ao ano anterior.

Quando considerados somente os cartões de débito, o crescimento foi maior, com 20,6%, o que representa um faturamento de R$ 244,8 bilhões. Em relação ao crédito, a alta atingiu 16,6%. Nessa modalidade, R$ 479,5 bilhões foram registrados em transações. No comércio, por exemplo, as transações com cartão de crédito e débito já representam 58% do faturamento do setor.

A entidade apontou ainda que cresceu o número de brasileiros que usam de forma adequada o cartão. Em dezembro de 2011, 29% do que os bancos iriam receber continha juros por atraso. Em 2012, esse percentual caiu para 26%.

Para o presidente da entidade, Marcelo Noronha, a expectativa é de uma participação ainda maior este ano. "Em comparação com mercados mais maduros, como os Estados Unidos, o índice chega a ser o dobro. Isso demonstra que ainda há muito espaço para esse tipo de pagamento crescer no país", declarou. A Abecs estima um crescimento de 16,9%, com um volume de R$ 847 bilhões. Ele acredita que saúde e educação são áreas com boas perspectivas de expansão.

Aumentaram também os gastos dos brasileiros com cartão de crédito no exterior. O valor total de compras alcançou R$ 24 bilhões em 2012, um crescimento de 13,4%. Já o valor gasto por estrangeiros no país teve um acréscimo ainda maior, com 17,2%, representando R$ 9,7 bilhões.

Na comparação por região, a Sudeste concentra 62% dos valores registrados em transações de cartões de crédito, seguido pela Nordeste (16%), Sul (12%), Centro-Oeste (7%) e Norte (3%). Em relação ao crescimento no faturamento, a Região Centro-Oeste teve a maior alta, com 20,5%.


Fonte: Agência Brasil