quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Lucros crescem 20,11% no 1º semestre e bancos têm de pagar PLR maior



Os seis maiores bancos que operam no Brasil lucraram R$ 25,9 bilhões no primeiro semestre de 2011, segundo levantamento da Subseção Dieese da Contraf-CUT. Esse ganho estrondoso significa um aumento de R$ 4,3 bilhões em relação ao mesmo período do ano passado, um crescimento médio de 20,11%.

Confira na tabela abaixo:

Lucro líquido dos 6 maiores bancos (em R$ Mil)
Banco Junho Variação
2010 2011 Percentual Absoluta
Banco do Brasil 5.076.256 6.289.715 23,90% 1.219.459
Caixa 1.667.684 2.274.308 36,38% 606.624
Bradesco 4.508.024 5.487.428 21,73% 979.404
Itaú Unibanco 6.399.142 7.132.508 11,46% 733.366
Santander (IFRS) 3.529.251 4.153.914 17,70% 624.663
HSBC 424.242 611.990 44,25% 187.748
Total 21.604.599 25.949.863 20,11% 4.345.264
Fonte: Demonstrações contábeis dos bancos.
Elaboração: Dieese Subseção Contraf-CUT/SP.



Bancos não querem pagar PLR maior

"Apesar do aumento dos lucros, os bancos não querem elevar a distribuição da PLR aos bancários, desrespeitando quem produziu esses ganhos bilionários", protesta o presidente da Contraf-CUT e coordenador do Comando Nacional dos Bancários, Carlos Cordeiro. A última proposta da Fenaban, rejeitada pelas assembleias dos bancários em todo país, prevê apenas reajuste de 8% sobre o modelo de PLR do ano passado, que estabelece uma regra básica e uma parcela adicional. "Isso significa um aumento real de somente 0,56%, distante do crescimento médio de 20,11% dos lucros dos bancos", compara.

A reivindicação de PLR dos bancários é o pagamento de três salários mais R$ 4.500 para cada funcionário. "O Brasil ocupa as últimas posições em distribuição de renda no planeta. Com esses lucros gigantescos, os bancos precisam fazer a sua parte, fazendo uma proposta decente para a categoria, com remuneração digna, o que passa sobretudo por elevação do aumento real, pagamento de uma PLR maior e valorização do piso", destaca Carlos Cordeiro.

Mas bônus dos executivos não param de crescer

Já os altos executivos dos bancos ganharam aumentos expressivos de remuneração anual. A maior alta foi no Bradesco. O conselho de administração, que havia faturado R$ 18,5 milhões em 2009, recebeu R$ 32 milhões no ano passado - um acréscimo de 72,9%.

O presidente do Bradesco, Luiz Trabuco, recebeu do banco em 2010 em salários e bônus a impressionante quantia de R$ 10,4 milhões, conforme a Folha de S.Paulo. Já o bancário do Bradesco que recebe o piso da categoria acumulou cerca R$ 26,4 mil no período, incluídos a PLR, vale refeição e cesta- alimentação. O maior executivo do banco recebeu, assim, 394 vezes mais que os funcionários com os menores salários do banco.

O Itaú Unibanco não divulgou à CVM o valor dos rendimentos do presidente, Roberto Setúbal, em 2010. No entanto, segundo o DCI, o banco destinou para o pagamento da diretoria estatutária o montante de R$ 87,6 milhões em 2010. Dessa forma, cada um dos 15 diretores recebeu média de R$ 5,84 milhões no ano, ou seja, 221 vezes a mais do que o piso do bancário, incluindo PLR e tickets.

No Santander, a assembleia de acionistas de 2010 aprovou uma remuneração anual de R$ 246,56 milhões para 48 diretores e 9 membros do conselho de administração, média de R$ 5,136 milhões por executivo - 194 vezes mais que o estimado para um bancário que recebe o piso da categoria, incluídos PLR e tickets.

O Banco do Brasil divulgou o salário do presidente Aldemir Bendine: R$ 800 mil em 2010, um valor 26,6 vezes maior que o ganho aproximado de um funcionário do BB que recebe o piso, incluídos PLR e tickets.

"É uma distância absurda, que escancara a falta de justiça social dentro dos bancos e da própria sociedade. O Brasil vem crescendo economicamente, já é a sétima maior economia do mundo, mas ainda se encontra entre os dez países mais desiguais. Isso precisa mudar", ressalta Carlos Cordeiro. "O Brasil precisa distribuir renda, e isso só acontece por força da mobilização dos trabalhadores por remuneração digna", enfatiza.

PLR aos aposentados e para todos os afastados

"Também reivindicamos o pagamento da PLR aos aposentados e para todos os afastados por acidente ou doença do trabalho", acrescenta Carlos Cordeiro.

"Os bancos precisam valorizar os seus aposentados, que muito trabalharam para a grandeza das instituições financeiras", justifica. "Já os bancários, que adoeceram e se encontram afastados há de um ano por motivos relacionados ao no trabalho, não podem continuar sendo discriminados na hora do pagamento da PLR", salienta. "Eles devem receber como se ativa estivessem, como sinal de respeito e dignidade", conclui.

PLR proporcional para quem foi dispensado ou pediu demissão

"Além de cobrar dos bancos PLR maior para todos os funcionários na ativa, queremos também o pagamento de PLR proporcional aos meses trabalhadores para todos os que foram dispensados ou pediram demissão ao longo do ano", salienta o presidente da Contraf-CUT.

Trata-se de uma reivindicação justa, que já está sendo reconhecida pela Justiça do Trabalho. Em ação movida pelo Sindicato dos Bancários do ABC, o Tribunal Regional do Trabalho (TRT) de São Paulo condenou o Bradesco a pagar a um ex-funcionário que pediu demissão a PLR proporcional ao período de trabalho no último ano, cujo contrato foi rescindido no dia 30 de setembro de 2010.


Fonte: Contraf-CUT

Justiça nega liminar ao Santander para interdito proibitório em São Paulo



O Santander ajuizou ação de interdito proibitório na qual a liminar foi negada pela Justiça de São Paulo. O pedido buscava barrar legítima greve dos bancários, alegando que assim seriam evitadas "violência e turbações". O banco procurou a Justiça do Trabalho da 2ª Região na terça-feira, 27 de setembro, dia em que foi deflagrada a greve geral da categoria.

O juiz Fábio Augusto Branda indeferiu o pedido afirmando em sua decisão que o interdito proibitório justifica-se apenas quando há "justo receio de risco de esbulho ou turbação" (ou seja, quando há apropriação ilegal de algo ou perturbação e confusão). "Isso não ocorre nos movimentos pacíficos dos bancários que lutam por uma proposta dos banqueiros que retiram no Brasil 25% do lucro global do grupo Santander", afirma a diretora do Sindicato, Maria Rosani.

Segundo o juiz, a Constituição Federal privilegia a atuação dos trabalhadores, "assegurando a livre manifestação dos meios que entenda aptos a defender os direitos e interesses coletivos da categoria". Anotou ainda que a mera deflagração do movimento grevista não afronta a posse dos autores. "A realização de piquetes, reuniões ou assembleias são corolários do direito de manifestação e defesa dos direitos e interesses coletivos e não podem pressupor atos violentos ou de afronta ao direito do exercício da posse."

Para a diretora do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Maria Rosani, que também é funcionária do Santander, a decisão demonstra lucidez do Judiciário. "As nossas reivindicações são justas e nossa greve é legítima. A Justiça teve bom senso nesse caso."


Fonte: Seeb São Paulo

Polícia Federal multa nove bancos em R$ 2,4 milhões por falhas na segurança



Crédito: Guina - Contraf-CUT
Guina - Contraf-CUT Santander foi o campeão das multas com R$ 729 mil

A Polícia Federal multou nove bancos em R$ 2,4 milhões por descumprimento da lei federal nº 7.102/83 e normas de segurança, durante a 91ª reunião da Comissão Consultiva para Assuntos de Segurança Privada (CCASP) do Ministério da Justiça, realizada nesta quarta-feira, dia 28, em Brasília. Santander, Banco do Brasil, Bradesco e Itaú Unibanco foram os bancos mais punidos.

Veja a relação das multas de cada banco:

- Santander: R$ 729.302,22
- Banco do Brasil R$ 640.267,91
- Bradesco R$ 385.583,02
- Itaú Unibanco: R$ 385.040,33
- Caixa: R$ 190.490,93
- BRB: R$ 31.924,06
- Banrisul: R$ 28.377,42
- HSBC: R$ 19.510,27
- BIC: R$ 10.642,06
- Citibank: R$ 10.642,06
- Total: R$ 2.431.780,28

A reunião foi presidida pelo novo coordenador-geral de Controle de Segurança Privada (CGCSP) da Polícia Federal, delegado Clyton Eustáquio Xavier.

Bancos não respeitam leis de segurança

A exemplo de reuniões anteriores, as principais infrações dos bancos foram a falta ou o descumprimento do plano de segurança aprovado pela Polícia Federal, número insuficiente de vigilantes, alarmes inoperantes e transporte de valores feito por bancários, dentre outros itens.

"Essas multas revelam que os bancos não estão zelando pelo respeito das leis de segurança, como forma de eliminar riscos e prevenir assaltos e mortes", disse Ademir Wiederkehr, secretário de imprensa e coordenador do Coletivo Nacional de Segurança Bancária da Contraf-CUT, entidade que representa os bancários na CCASP. "Não são regras burocráticas, como alguns bancos andam espalhando, mas medidas concretas e eficazes que protegem a vida de trabalhadores e clientes", afirmou,

Ele alertou que 34 pessoas foram assassinadas este ano em assaltos envolvendo bancos em todo o país, das quais 21 em crimes de "saidinha de banco", conforme pesquisa nacional da Contraf-CUT e Confederação Nacional dos Vigilantes (CNTV), que também é integrante da CCASP.

Bancários priorizam segurança

Ademir destacou também que a segurança é uma das prioridades da Campanha Nacional dos Bancários. "Estamos em greve nacional pelo oitavo ano consecutivo e, além de conquistas econômicas, queremos avanços sociais, como a proibição do transporte de valores feito por bancários, mais equipamentos de prevenção e medidas de combate à 'saidinha de banco' para garantir mais segurança para trabalhadores e clientes", frisou. Já o representante da Febraban, que também integra a CCASP, nada comentou,

"Cada vez fica mais evidente o enorme descaso dos bancos com a segurança nas agências e postos de atendimento, deixando expostos bancários, vigilantes, clientes e usuários. Desta forma, é fundamental o trabalho de fiscalização da Polícia Federal e a atuação da CCASP para trazer mais segurança nos estabelecimentos", salienta Valdir Oliveira, diretor da Fetec-CUT/SP, que participou da reunião.

"Os bancos, que lucraram mais de R$ 27,4 bilhões somente no primeiro semestre deste ano, deveriam priorizar a segurança nos seus estabelecimentos, fazendo mais investimentos para enfrentar essa violência que apavora e mata", apontou Marilza Speroto, diretora da Contraf-CUT, que também participou da reunião.

Mais fiscalização

Estiveram em pauta 1.033 processos punitivos, abertos pelas delegacias de segurança privada (Delesp) nos estados. As multas só foram ainda maiores porque vários acabaram sendo arquivados, muitos até prescritos, e outros foram retirados de pauta e serão apreciados na próxima reunião.

Também foram punidas empresas de vigilância, transportes de valores e centros de formação de vigilantes, com aplicação de advertências, multas e cancelamento de alvarás de funcionamento.

O novo coordenador-geral da CCASP reiterou que pretende aumentar a equipe de trabalho, a fim de agilizar a análise dos 7.500 processos em tramitação que envolvem bancos e empresas de segurança.

"A atividade de segurança privada precisa ser valorizada e qualificada e, para tanto, somos parceiros junto com a Contraf-CUT para sensibilizar as autoridades competentes, a fim de que sejam tomadas as medidas cabíveis para reforçar o trabalho de fiscalização da Polícia Federal", ressaltou José Boaventura Santos, presidente da CNTV.

A Contraf-CUT e a CNTV orientam os sindicatos de bancários e vigilantes a observar o cumprimento da leis de segurança nos bancos. "As entidades podem verificar se a lei federal nº 7.102/83 é respeitada nas agências e postos de atendimento bancário e, caso negativo, devem encaminhar denúncias por escrito para a Delesp mais próxima, solicitando fiscalização", explicou Boaventura.

Clique aqui para ver os endereços da Polícia Federal em todo país.

"Queremos fortalecer o trabalho da Polícia Federal, a fim de que os bancos respeitem essa lei de segurança, que é de 1983 e já está na hora de ser atualizada com avanços", reforçou Ademir. "Também solicitamos mais atuação das prefeituras e dos Procons para que fiscalizem as leis municipais e estaduais que trazem segurança, como a das portas giratórias e a dos biombos", concluiu.


Fonte: Contraf-CUT

Greve cresce no segundo dia e bancários param 6.248 agências em todo o país Crédito: Seeb CE Seeb CE Bancários durante paralisação de agência do Bra

Greve cresce no segundo dia e bancários param 6.248 agências em todo o país


Crédito: Seeb CE
Seeb CE Bancários durante paralisação de agência do Bradesco em Fortaleza

A greve nacional dos bancários se fortaleceu nesta quarta-feira (28), seu segundo dia, e aumentou para 6.248 o número de agências e centros administrativos de bancos públicos e privados fechados em 25 estados e no Distrito Federal. São 2.057 unidades fechadas a mais do que no primeiro dia de greve, quando foram paralisadas 4.191 unidades, de acordo com o balanço feito pela Contraf-CUT, a partir dos dados enviados pelos sindicatos até as 18h. Único estado ainda fora da mobilização, os bancários de Roraima aprovaram a deflagração de greve em assembleia realiza na noite desta terça e deverão se juntar ao movimento a partir do dia 3.

"O movimento está aumentando rápido de acordo com os relatos de sindicatos de todo o país. A força da greve é proporcional à insatisfação dos bancários, que cresce a cada dia sem manifestação por parte dos bancos", diz Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT e coordenador do Comando Nacional dos Bancários. "A julgar pelos anos anteriores, o movimento deve continuar se fortalecendo e vamos trabalhar para isso. Estamos abertos para a retomada das negociações e cabe aos bancos apresentarem uma nova proposta", conclui.

Os bancários entraram em greve por tempo indeterminado após a quinta rodada de negociações com a Fenaban, ocorrida na última sexta-feira, dia 23, em São Paulo, quando foi recusada pelos trabalhadores a proposta de reajuste de 8% sobre os salários. Os bancários reivindicam reajuste de 12,8% (5% de aumento real), valorização do piso, maior Participação nos Lucros e Resultados (PLR), mais contratações, fim da rotatividade, melhoria do atendimento aos clientes, fim das metas abusivas e do assédio moral, mais segurança e igualdade de oportunidades.

"Nossas reivindicações são justas e as empresas têm todas as condições de atendê-las, como mostram os altíssimo valores da remuneração dos diretores e conselheiros de administração dos bancos", destaca Cordeiro. Segundo pesquisa do Dieese baseada nos balanços dos bancos, o conjunto dos altos executivos do Itaú recebeu R$ 683 milhões em 2010, enquanto os do Bradesco receberam R$ 298 milhões e os do Santander ficaram com R$ 207 milhões no ano.

"O Brasil é um dos países com maior diferença entre os salários. Aqui, um executivo de banco chega a ganhar 400 vezes a renda do piso de um bancário. É preciso modificar essa situação, que contribui para que mantenhamos uma vergonhosa posição entre as dez nações mais desiguais do mundo", sustenta o presidente da Contraf-CUT.

Fonte: Contraf-CUT

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Bancários fecham 4.191 agências em todo o país no primeiro dia da greve



Crédito: Gerardo Lazzari/Seeb São Paulo
Gerardo Lazzari/Seeb São Paulo Agência do Itaú em São Paulo no primeiro dia da greve nacional

Nesta terça-feira (27), primeiro dia da greve nacional, os bancários fecharam 4.191 agências e centros administrativos de bancos públicos e privados em 25 estados e no Distrito Federal. O balanço foi feito pela Contraf-CUT a partir dos dados enviados pelos sindicatos até as 18h. Os bancários de Roraima estão realizando assembleia na noite desta terça e deverão se juntar ao movimento nesta quarta.

"A greve começou mais forte que a do ano passado, uma das maiores que fizemos nos últimos 20 anos, quando fechamos 3.864 unidades no primeiro dia de paralisação", afirma Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT e coordenador do Comando Nacional dos Bancários. "Isso mostra a grande insatisfação dos funcionários com a postura dos bancos, que em cinco rodadas de negociação não apresentaram uma proposta decente que atenda as reivindicações da categoria", sustenta.

Os bancários entraram em greve por tempo indeterminado após a quinta rodada de negociações com a Fenaban, ocorrida na última sexta-feira, dia 23, em São Paulo, quando foi recusada a segunda proposta de reajuste de 8% sobre os salários. "A proposta também não contempla alorização do piso, PLR maior, fim da rotatividade, mais contratações, fim das metas abusivas, combate ao assédio moral, mais segurança, igualdade de oportunidades, melhoria do atendimento aos clientes e inclusão bancária sem precarização", diz Cordeiro.

"A proposta representa apenas 0,56% de aumento acima da inflação do período, o que está longe da reivindicação da categoria, de 12,8% (5% de aumento real). Enquanto isso, os seis maiores bancos que operam no Brasil lucraram R$ 25,9 bilhões no primeiro semestre, segundo levantamento do Dieese e da Contraf-CUT", afirma Cordeiro. "Isso quer dizer um aumento de R$ 4,3 bilhões em relação ao lucro do mesmo período do ano passado, com um crescimento médio de 20,11%. É preciso repartir esses ganhos com os bancários, maiores responsáveis pela enorme lucratividade das empresas", completa.

"A experiência de anos anteriores mostra que a tendência é o índice de paralisação aumentar nos próximos dias. Estamos abertos para a retomada das negociações, pois continuamos apostando no diálogo. Mas também estamos preparados para intensificar a mobilização e fazer a maior greve das últimas décadas para garantir avanços econômicos e sociais", acrescenta Carlos Cordeiro.

Veja as principais reivindicações da categoria:

Remuneração

- Reajuste de 12,8% (inflação do período mais aumento real de 5%).
- Piso igual ao salário mínimo do Dieese: R$ 2.297,51 (em junho).
- PLR: três salários mais R$ 4.500 sem desconto dos programas próprios de renda variável
- Plano de Cargos e Salários (PCS) em todos os bancos.
- Gratificação semestral de 1,5 salário para todos os bancários.
- Contratação da remuneração total dos bancários.
- Vale-refeição, cesta-alimentação, 13ª cesta e auxílio creche/babá iguais ao salário mínimo (R$ 545).
- Auxílio-educação para todos os bancários.
- Previdência complementar para todos os bancários.

Emprego

- Garantia de emprego;
- Proteção contra a dispensa imotivada, combatendo a rotatividade.
- Contratação de mais bancários;
- Fim das terceirizações.
- Jornada de trabalho de seis horas para todos os bancários.
- Ampliação do horário de atendimento para das 9h às 17h com dois turnos de trabalho;
- Tempo de até 15 minutos de espera nas filas nos dias normais;
- Abono assiduidade de cinco dias por ano.

Igualdade de oportunidades

- Igualdade na contratação, remuneração e ascensão profissional.
- Realização de um novo censo para avaliar os resultados dos programas implantados pelos bancos para combater a discriminação.
- Prorrogação automática da licença-maternidade de quatro para seis meses, sem necessidade de solicitação por parte da bancária.
- Condições de acessibilidade nas agências tanto para bancários como para clientes com deficiências.

Saúde do trabalhador

- Fim das metas abusivas e combate ao assédio moral.
- Participação dos trabalhadores na fixação das metas, que devem levar em consideração o tamanho, a localização e o perfil econômico das dependências, e não podem ser individuais.
- Fim da divulgação de rankings individuais sobre cumprimentos de metas.
- Suspensão do trabalho em espaços físicos em reforma.
- Manutenção do salário e demais direitos no período de afastamento por problemas de saúde.
- Permanência do plano de saúde na aposentadoria e com as mesmas regras.

Segurança bancária

- Assistência médica e psicológica às vítimas de assaltos, sequestros e extorsões.
- Emissão da CAT para quem esteve no local de assaltos e sequestros.
- Fechamento das agências após assaltos, consumados ou não.
- Porta de segurança, câmeras com monitoramento em tempo real e vidros blindados em todas as agências e postos.
- Biombos entre a fila de espera e a bateria de caixas, e divisórias individualizadas entre os caixas internos e os eletrônicos para combater "saidinha de banco".
- Proibição ao transporte de valores e à guarda das chaves das unidades pelos bancários.
- Adicional de 30% de risco de morte para agências, postos e tesouraria.

Fonte: Contraf-CUT

Greve na base de Belo Horizonte e região é forte no primeiro dia



O primeiro dia de greve na base de Belo Horizonte e região mostrou a disposição dos bancários de bancos públicos e privados de pressionar os bancos para que eles atendam as justas reivindicações da categoria. Diversas unidades de trabalho da Caixa, do Banco do Brasil e várias agências do Bradesco, Itaú, HSBC, Santander e Mercantil do Brasil paralisaram suas atividades durante todo o dia de ontem. No Bradesco, apesar da ameaça de interdito proibitório, as agências permaneceram paralisadas.

Os bancários entraram em greve, após a quinta rodada de negociações com a Fenaban, na última sexta-feira, dia 23, em São Paulo, quando foi recusada a segunda proposta de reajuste de 8% sobre os salários. Anteriormente, os bancos haviam oferecido reajuste de 7,8%.

Às 14 horas, os bancários em greve realizaram uma assembleia em frente a agência Século da Caixa e decidiram continuar a greve por tempo indeterminado. Amanhã haverá nova assembleia às 11h30, em frente o prédio do Banco do Brasil, na rua Rio de Janeiro, 750, para decidir os rumos do movimento.

Logo após a assembleia, os trabalhadores sairão em passeata pela ruas do centro da Capital para denunciar a intransigência dos banqueiros e mostrar a disposição da categoria de fortalecer ainda mais a luta em defesa dos seus direitos.

Segundo levantamento da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), a paralisação atingiu em seu primeiro dia 4.191 agêcnias e centros administrativos em 25 estados e no Distrito Federal. A força da greve nacional mostra a enorme insatisfação dos bancários diante da proposta insuficiente da Fenaban, que representa apenas 0,56% de aumento real, não avança no emprego e nas condições de saúde, trabalho e segurança e não melhora o atendimento aos clientes. Cobra também avanços nas negociações específicas com os bancos públicos federais e estaduais.

A greve é por tempo indeterminado, até que as reivindicações dos bancários sejam atendidas. A categoria quer reajuste de 12,8% (5% de ganho real mais a inflação do período), valorização do piso, maior participação nos lucros, mais contratações, fim da rotatividade, combate ao assédio moral, fim das metas abusivas, mais segurança, igualdade de oportunidades e inclusão bancária sem precarização, entre outros itens.

Cardoso, presidente do Sindicato dos Bancários de Belo Horizonte, enfatiza a importância do fortalecimento da greve para pressionar a Fenaban a retomar as negociações e apresentar uma proposta que atenda as reivindicações da categoria". O primeiro dia de paralisação mostrou o grande poder de mobilização dos bancários. Agora, vamos ampliar ainda mais a nossa greve nesta quarta-feira e fazer uma grande passeata com muita alegria e disposição para pedir o apoio da população e mostrar que a nossa luta contra a intransigência do setor que mais lucra no país é justa e merece respeito", afirmou.

Fonte: Seeb Belo Horizonte

Justiça do Trabalho garante direito de greve dos bancários no Rio



Crédito: Seeb Rio
Seeb Rio Atendendo a uma ação civil pública ajuizada pelo Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro, a desembargadora Mônica Torres Brandão, da 6ª Vara do Trabalho do Rio de Janeiro, decidiu a favor do direito de greve da categoria, condenando qualquer medida discriminatória ou de retaliação contra os trabalhadores que aderirem e participarem do movimento grevista.

Na decisão, a desembargadora argumenta que "a garantia constitucional do direito de greve está em consonância com o princípio da dignidade humana e com o valor social do trabalho, além de estar assegurado no artigo 9º da Constituição Federal".

A decisão inclui como forma de retaliação o desconto dos dias parados e só permite a compensação através de negociação entre sindicatos e a entidade patronal.

"Esta vitória no campo jurídico é tão importante quanto a deflagração de greve da categoria na assembleia", avalia Cleyde Magno, diretora do Departamento Jurídico do Sindicato.


Fonte: Seeb Rio

Lucros crescem 20,11% no 1º semestre e bancos têm de pagar PLR maior



Os seis maiores bancos que operam no Brasil lucraram R$ 25,9 bilhões no primeiro semestre de 2011, segundo levantamento da Subseção Dieese da Contraf-CUT. Esse ganho estrondoso significa um aumento de R$ 4,3 bilhões em relação ao mesmo período do ano passado, um crescimento médio de 20,11%.

Confira na tabela abaixo:

Lucro líquido dos 6 maiores bancos (em R$ Mil)
Banco Junho Variação
2010 2011 Percentual Absoluta
Banco do Brasil 5.076.256 6.289.715 23,90% 1.219.459
Caixa 1.667.684 2.274.308 36,38% 606.624
Bradesco 4.508.024 5.487.428 21,73% 979.404
Itaú Unibanco 6.399.142 7.132.508 11,46% 733.366
Santander (IFRS) 3.529.251 4.153.914 17,70% 624.663
HSBC 424.242 611.990 44,25% 187.748
Total 21.604.599 25.949.863 20,11% 4.345.264
Fonte: Demonstrações contábeis dos bancos.
Elaboração: Dieese Subseção Contraf-CUT/SP.



Bancos não querem pagar PLR maior

"Apesar do aumento dos lucros, os bancos não querem elevar a distribuição da PLR aos bancários, desrespeitando quem produziu esses ganhos bilionários", protesta o presidente da Contraf-CUT e coordenador do Comando Nacional dos Bancários, Carlos Cordeiro. A última proposta da Fenaban, rejeitada pelas assembleias dos bancários em todo país, prevê apenas reajuste de 8% sobre o modelo de PLR do ano passado, que estabelece uma regra básica e uma parcela adicional. "Isso significa um aumento real de somente 0,56%, distante do crescimento médio de 20,11% dos lucros dos bancos", compara.

A reivindicação de PLR dos bancários é o pagamento de três salários mais R$ 4.500 para cada funcionário. "O Brasil ocupa as últimas posições em distribuição de renda no planeta. Com esses lucros gigantescos, os bancos precisam fazer a sua parte, fazendo uma proposta decente para a categoria, com remuneração digna, o que passa sobretudo por elevação do aumento real, pagamento de uma PLR maior e valorização do piso", destaca Carlos Cordeiro.

Mas bônus dos executivos não param de crescer

Já os altos executivos dos bancos ganharam aumentos expressivos de remuneração anual. A maior alta foi no Bradesco. O conselho de administração, que havia faturado R$ 18,5 milhões em 2009, recebeu R$ 32 milhões no ano passado - um acréscimo de 72,9%.

O presidente do Bradesco, Luiz Trabuco, recebeu do banco em 2010 em salários e bônus a impressionante quantia de R$ 10,4 milhões, conforme a Folha de S.Paulo. Já o bancário do Bradesco que recebe o piso da categoria acumulou cerca R$ 26,4 mil no período, incluídos a PLR, vale refeição e cesta- alimentação. O maior executivo do banco recebeu, assim, 394 vezes mais que os funcionários com os menores salários do banco.

O Itaú Unibanco não divulgou à CVM o valor dos rendimentos do presidente, Roberto Setúbal, em 2010. No entanto, segundo o DCI, o banco destinou para o pagamento da diretoria estatutária o montante de R$ 87,6 milhões em 2010. Dessa forma, cada um dos 15 diretores recebeu média de R$ 5,84 milhões no ano, ou seja, 221 vezes a mais do que o piso do bancário, incluindo PLR e tickets.

No Santander, a assembleia de acionistas de 2010 aprovou uma remuneração anual de R$ 246,56 milhões para 48 diretores e 9 membros do conselho de administração, média de R$ 5,136 milhões por executivo - 194 vezes mais que o estimado para um bancário que recebe o piso da categoria, incluídos PLR e tickets.

O Banco do Brasil divulgou o salário do presidente Aldemir Bendine: R$ 800 mil em 2010, um valor 26,6 vezes maior que o ganho aproximado de um funcionário do BB que recebe o piso, incluídos PLR e tickets.

"É uma distância absurda, que escancara a falta de justiça social dentro dos bancos e da própria sociedade. O Brasil vem crescendo economicamente, já é a sétima maior economia do mundo, mas ainda se encontra entre os dez países mais desiguais. Isso precisa mudar", ressalta Carlos Cordeiro. "O Brasil precisa distribuir renda, e isso só acontece por força da mobilização dos trabalhadores por remuneração digna", enfatiza.

PLR aos aposentados e para todos os afastados

"Também reivindicamos o pagamento da PLR aos aposentados e para todos os afastados por acidente ou doença do trabalho", acrescenta Carlos Cordeiro.

"Os bancos precisam valorizar os seus aposentados, que muito trabalharam para a grandeza das instituições financeiras", justifica. "Já os bancários, que adoeceram e se encontram afastados há de um ano por motivos relacionados ao no trabalho, não podem continuar sendo discriminados na hora do pagamento da PLR", salienta. "Eles devem receber como se ativa estivessem, como sinal de respeito e dignidade", conclui.

PLR proporcional para quem foi dispensado ou pediu demissão

"Além de cobrar dos bancos PLR maior para todos os funcionários na ativa, queremos também o pagamento de PLR proporcional aos meses trabalhadores para todos os que foram dispensados ou pediram demissão ao longo do ano", salienta o presidente da Contraf-CUT.

Trata-se de uma reivindicação justa, que já está sendo reconhecida pela Justiça do Trabalho. Em ação movida pelo Sindicato dos Bancários do ABC, o Tribunal Regional do Trabalho (TRT) de São Paulo condenou o Bradesco a pagar a um ex-funcionário que pediu demissão a PLR proporcional ao período de trabalho no último ano, cujo contrato foi rescindido no dia 30 de setembro de 2010.


Fonte: Contraf-CUT

Santander tenta, mas Justiça nega interdito


Ação ingressada por banco espanhol sofre revés e é indeferida pelo Judiciário paulista, que reconhece direito dos trabalhadores
São Paulo – O Santander ajuizou ação de interdito proibitório que foi negada pela Justiça. O pedido de liminar buscava barrar legítima greve dos bancários, alegando que assim seriam evitadas “violência e turbações”. O banco procurou a Justiça do Trabalho da 2ª Região na terça-feira 27 de setembro, dia em que foi deflagrada a greve geral da categoria.

O juiz Fábio Augusto Branda indeferiu o pedido afirmando em sua decisão que o interdito proibitório justifica-se apenas quando há “justo receio de risco de esbulho ou turbação” (ou seja, quando há apropriação ilegal de algo ou perturbação e confusão). “Isso não ocorre nos movimentos pacíficos dos bancários que lutam por uma proposta dos banqueiros que retiram no Brasil 25% do lucro global do grupo Santander”, afirma a diretora do Sindicato, Maria Rosani.

Segundo o juiz, a Constituição Federal privilegia a atuação dos trabalhadores, “assegurando a livre manifestação dos meios que entenda aptos a defender os direitos e interesses coletivos da categoria”. Anotou ainda que a mera deflagração do movimento grevista não afronta a posse dos autores. “A realização de piquetes, reuniões ou assembleias são corolários do direito de manifestação e defesa dos direitos e interesses coletivos e não podem pressupor atos violentos ou de afronta ao direito do exercício da posse.”

Para a dirigente Rosani, que também é funcionária do Santander, a decisão demonstra lucidez do Judiciário. “As nossas reivindicações são justas e nossa greve é legítima. A justiça teve bom senso nesse caso.”

terça-feira, 27 de setembro de 2011

BRB apresenta proposta na quinta rodada de negociação


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Seg, 26 de Setembro de 2011

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Na quinta rodada de negociação do BRB com o Sindicato, realizada nesta segunda-feira (26), o banco apresentou contraproposta de reajuste salarial de 13% nos pisos de VP, extensivos aos CP/VPs, anuênios e quinquênios, além de reajuste geral de 8,5% sobre as demais verbas.

Nos conjuntos de ticket e cesta alimentação os valores passam de R$ 795,96 para R$ 900, equiparando a cesta à proposta nacional da Fenaban.

Em relação à reivindicação do Sindicato de o banco revisar os juros do cheque especial dos funcionários a proposta foi positiva, passando de 4,6% para 3,8%, mantendo a quantidade de saques e transferências isentas, extensivas aos aposentados.

O BRB também acatou a cláusula de redução da jornada em 1 hora para as mães, desde o sexto mês de nascimento até um ano, visando alongar e facilitar a amamentação. Segundo a diretora do Sindicato Cida Sousa, a conquista é muito importante. “Existem estudos que comprovam que a presença da mãe mais tempo com filho é benéfico para os dois”.

Durante a negociação, o BRB assumiu o compromisso de atingir o piso do Dieese até 2014. O banco ainda garantiu que vai contratar 600 novos funcionários a partir de outubro de 2011.

PCCR

O banco firmou compromisso com o Sindicato de equacionar a questão da 7ª e 8ª horas até o PCCR, que será implantado em janeiro de 2012 com impacto financeiro retroativo a setembro de 2011. Na mesma data serão antecipadas as questões específicas relativas aos auxiliares e assistentes administrativos.

Em relação aos assistentes de negócios, o BRB propôs a criação de uma nova função gerencial com valorização salarial de jornada de 8 horas como forma de resolver a questão.

O secretário-geral do Sindicato, André Nepomuceno, avaliou como positiva a negociação. “A proposta é positiva e avançamos significativamente. Agora, submeteremos o resultado da reunião à apreciação dos funcionários do BRB em assembleia que será realizada logo mais”.

“É importante a presença de todos os funcionários do banco, sem exceção, na assembleia de hoje, para deliberar sobre a proposta específica do BRB”, diz o diretor do Sindicato Cristiano Severo.

Mais detalhamentos em relação à proposta serão apresentados na assembleia, que ocorre daqui a pouco, às 18h30, na Praça do Cebolão, no Setor Bancário Sul.

Pricilla Beine
Do Seeb Brasília

Greve nacional dos bancários começa com força em 25 estados e no DF



A greve nacional dos bancários, deflagrada nesta terça-feira, dia 27, começou com força em todo país. Segundo levantamento da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), que coordena o Comando Nacional dos Bancários, a paralisação já acontece em 25 estados e no Distrito Federal, paralisando agências de bancos públicos e privados.

O único estado sem greve é Roraima, onde ocorre assembleia dos bancários no início da noite desta terça-feira para decidir a adesão ao movimento.

Os bancários entraram em greve, após a quinta rodada de negociações com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), ocorrida na última sexta-feira, dia 23, em São Paulo, quando foi recusada a segunda proposta de reajuste de 8% sobre os salários. Anteriormente, os bancos haviam oferecido reajuste de 7,8%.

Para o presidente da Contraf-CUT e coordenador do Comando Nacional, Carlos Cordeiro, "a força da greve nacional mostra a enorme insatisfação dos bancários diante da proposta insuficiente da Fenaban, que representa apenas 0,56% de aumento real, não avança no emprego e nas condições de saúde, trabalho e segurança e não melhora o atendimento aos clientes".

A categoria quer reajuste de 12,8% (5% de ganho real mais a inflação do período), valorização do piso, maior participação nos lucros, mais contratações, fim da rotatividade, combate ao assédio moral, fim das metas abusivas, mais segurança, igualdade de oportunidades e inclusão bancária sem precarização, entre outros itens.

"Com a força da greve, esperamos retomar as negociações com a Fenaban e conquistar uma proposta decente para os bancários. Os bancos obtiveram lucros acima de R$ 27,4 bilhões no primeiro semestre e têm plenas condições de atender as reivindicações da categoria e oferecer contrapartidas sociais para o desenvolvimento do país", defende Carlos Cordeiro.

A greve também cobra avanços nas negociações específicas com os bancos públicos federais e estaduais.


Fonte: Contraf-CUT

Bancos enrolam nas negociações e agora tentam impedir direito de greve



Crédito: Seeb São Paulo
Seeb São PauloMais uma vez os banqueiros estão desrespeitando o direito constitucional que os trabalhadores têm de ir à greve na luta por melhores condições de trabalho e salários mais justos.

Ao site do Sindicato dos Bancários de São Paulo chegam diariamente relatos de bancários que estão sendo obrigados a trabalhar em outros locais, montados para funcionar apenas durante a greve. É o contingenciamento por meio do qual as direções dos bancos tentam forçar seus empregados a trabalhar, desrespeitando o legítimo direito de manifestação dos trabalhadores.

"São práticas antissindicais e que desrespeitam o direito de greve, que é garantido pela Constituição de nosso país", afirma a presidenta do Sindicato, Juvandia Moreira, que orienta os bancários a denunciar caso estejam sendo pressionados a não aderir à greve.

"Se os bancos não querem que a greve prossiga, basta que eles façam proposta decente aos trabalhadores, melhorando o índice para o aumento real nos salários, valorizando o piso, vales refeição e alimentação, pagando PLR maior e melhorando as condições de trabalho", conclui Juvandia.


Fonte: Jair Rosa - Seeb São Paulo

Contraf-CUT divulga carta aberta aos clientes sobre a greve dos bancários



A Contraf-CUT disponibiliza uma carta aberta aos clientes, explicando por que os bancários estão em greve nacional e afirmando que a culpa é dos bancos. O material pode ser impresso e distribuído para clientes e usuários, durante as manifestações da greve em todo país.

Clique aqui para ler a versão online da carta aberta.

O material encontra-se disponível para impressão na seção Download do site da Contraf-CUT.

"Os banqueiros ganham dinheiro como ninguém neste país, mas desrespeitam tanto os seus funcionários quanto os clientes, os usuários e a sociedade brasileira", destaca o texto.

"Os maiores bancos lucraram mais de R$ 27,4 bilhões somente no primeiro semestre do ano. No entanto, eles propuseram reajuste de 8% aos bancários, o significa apenas 0,56% de aumento real. Enquanto isso, altos executivos chegam a ganhar até 400 vezes o valor do piso da categoria, mostrando que eles não querem distribuir renda e ajudar o Brasil a se desenvolver", aponta.

"Para atingir esses lucros gigantescos, os bancos pressionam os bancários a vender produtos aos clientes, mesmo que eles não precisem. Exigem metas cada vez maiores, impossíveis de serem atingidas. Por causa dessa pressão e do assédio moral, os bancários estão adoecendo cada vez mais. Mas os banqueiros não querem discutir medidas para preservar a saúde dos trabalhadores", ressalta.

"Contamos com o apoio e a compreensão dos clientes e pedimos desculpas por algum transtorno. Não restou outra alternativa para os bancários, após cinco rodadas de negociações sem receber uma proposta decente dos bancos", conclui o material da Contraf-CUT feito para todos os sindicatos e federações de bancários.


Fonte: Contraf-CUT

Assembleias deflagram greve nacional dos bancários por tempo indeterminado



Assembleia dos bancários de Brasília rejeita proposta da Fenaban

Os bancários deflagraram greve nacional por tempo indeterminado, a partir da zero hora desta terça-feira (27), com o objetivo de pressionar a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) a retomar as negociações e apresentar uma proposta que atenda às reivindicações da categoria. A paralisação atingirá bancos públicos e privados.

A decisão foi tomada em assembleias realizadas na noite desta segunda-feira (22) pelos Sindicatos dos Bancários de São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Curitiba, Porto Alegre, Campo Grande, Mato Grosso, Paraíba, Piauí, Alagoas, Espírito Santos, Campinas, Piracicaba, Juiz de Fora, Dourados, Vitória da Conquista e Teresópolis, entre outros, conforme levantamento feito até as 21h45 pela Contraf-CUT, que coordena o Comando Nacional dos Bancários.

Conforme orientação do Comando Nacional, a categoria recusou a proposta de 8% de reajuste, feita pela Fenaban, durante a quinta rodada de negociações, na sexta-feira, dia 23, em São Paulo. "Isso significa apenas 0,56% de aumento real, continuando distante da reivindicação de 12,8% de reajuste (5% de ganho real mais a inflação do período)", afirma o presidente da Contraf-CUT e coordenador do Comando Nacional, Carlos Cordeiro.

Além disso, a proposta dos bancos não contém valorização do piso salarial, não amplia a participação nos lucros, e muito menos traz avanços em relação às reivindicações de emprego e melhoria das condições de trabalho. Os bancários reivindicam fim da rotatividade, mais contratações, fim das metas abusivas, combate ao assédio moral, mais segurança, igualdade de oportunidades e inclusão bancária sem precarização, dentre outras itens.

"Esperamos que a força da greve faça com que os bancos apresentem uma proposta que garanta emprego decente aos bancários. Com lucros acima de R$ 27,4 bilhões obtidos somente no primeiro semestre deste ano, os bancos possuem todas as condições de atender as reivindicações da categoria, de modo a valorizar o trabalhador, distribuir renda, reduzir desigualdades e contribuir para o desenvolvimento do país", avalia o dirigente sindical.

"Contamos com o apoio e a compreensão dos clientes e usuários, que sofrem com as altas taxas de juros, as tarifas exorbitantes, as filas intermináveis pela falta de funcionários, a insegurança e a precarização do atendimento bancário", conclui Carlos Cordeiro.

Veja os resultados das assembleias dos sindicatos até as 21h45:

Aprovaram greve por tempo indeterminado:

São Paulo
Rio de Janeiro
Brasília
Belo Horizonte
Porto Alegre
Curitiba
Bahia
Alagoas
Ceará
Paraíba
Mato Grosso
Espírito Santo
Piauí
Pernambuco
Campo Grande
Campinas
Juiz de Fora
Piracicaba
Teresópolis (RJ)
Itabuna (BA)
Sul Fluminense (RJ)
Jequié (BA)
Ipatinga
Dourados (MT)
São Leopoldo (RS)
Guarapuava (PR)
Vitória da Conquista (BA)
Itaperuna (RJ)
Guarapuava (PR)
Campos dos Goytacazes (RJ)
Cataguases (MG)
Uberaba
Feira de Santana (BA)
Cariri (CE)
Irecê (BA)
Andradina (SP)
Araçatuba (SP)
Campo Grande (MS)
Corumbá (MS)
Franca (SP)
Guaratinguetá (SP)
Jaú (SP)
Lins (SP)
Marília (SP)
Naviraí (MS)
Piracicaba (SP)
Ponta Porã (MS)
Pres. Venceslau (SP)
Ribeirão Preto (SP)
Rio Claro (SP)
Santos (SP)
São Carlos (SP)
S.J.do Rio Preto (SP)
S.J. dos Campos (SP)
Sorocaba (SP)
Três Lagoas (MS)
Tupã (SP)
Votuporanga (SP)


Fonte: Contraf-CUT

Fenaban volta a esconder piso salarial dos bancários em nota à imprensa



Mais uma vez, a Fenaban escondeu o piso dos bancários em nota à imprensa divulgada na sexta-feira (23), após a quinta rodada de negociações com o Comando Nacional dos Bancários, coordenado pela Contraf-CUT. No texto, que trata da proposta de 8% de reajuste sobre todas as verbas, os bancos informam o valor do piso salarial para a função de caixa, que passaria para R$ 1.845,77 com a aceitação da proposta. O valor inclui a gratificação de caixa e outras verbas recebidas pelo bancário que desempenha essa função.

Desta forma, os banqueiros demonstraram novamente que eles mesmos têm vergonha da proposta de piso que fizeram, cujo salário de ingresso após 90 dias subiria para R$ 1.350,00, o que representa uma diferença a menor de R$ 494,77 em comparação ao piso do caixa.

"Em nenhum momento, o salário do caixa foi usado como referência nas negociações para discutir o piso dos bancários. Segundo projeções do Dieese, cerca de 140 mil funcionários recebem o piso da categoria, o que significa aproximadamente 30% dos bancários. Os bancos continuam tentando enganar a sociedade", afirma Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT e coordenador do Comando Nacional.

"Os bancos têm todas as condições para apresentar uma proposta decente de reajuste que contemple a valorização do piso, como fizeram no ano passado, quando o salário inicial subiu 16,33%", destaca.

O dirigente sindical lembra que os bancos estão entre os setores mais lucrativos da economia brasileira. As maiores empresas do setor alcançaram lucros acima de R$ 27,4 bilhões somente no primeiro semestre deste ano. "Os bancos podem atender a reivindicação dos bancários e pagar o salário mínimo calculado pelo Dieese (R$ R$ 2.297,51 em junho)", reitera.

"A valorização do piso é fundamental para diminuir as desigualdades sociais que envergonham o Brasil. Um alto executivo dos bancos chega a ganhar até 400 vezes mais que o piso do bancário", alerta. "Está na hora de parar de esconder o verdadeiro piso da categoria e construir uma nova proposta com valorização do piso como forma de distribuição de renda e compromisso com o Brasil e os brasileiros", conclui Carlos Cordeiro.


Fonte: Contraf-CUT

Liminar obriga Itaú a instalar portas giratórias no interior do Paraná



A Justiça do Trabalho concedeu liminar ao Ministério Público do Trabalho (MPT), em Umuarama, no interior do Paraná, determinando a instalação de portas eletrônicas, giratórias e individualizadas em agências do Itaú na região. A informação é do Sindicato dos Bancários de Umuarama, Assis Chateaubriand e Região.

Segundo o procurador Paulo Crestana, a decisão visa garantir a segurança dos trabalhadores, que ficam expostos a riscos durante o expediente bancário. A porta giratória é uma maneira de buscar a proteção da vida de funcionários e clientes.

A liminar foi publicada na última terça-feira (20) e prevê prazo de 90 dias para que as agências dos municípios de Douradina, Nova Olímpia, São Jorge do Patrocínio e o posto de atendimento localizado na sede da Unipar, em Umuarama, cumpram a determinação, sob pena de multa diária no valor de R$ 5 mil.

As portas devem incluir detector de metais, travamento, retorno automático e abertura ou janela para depósito do metal detectado, nos termos da Lei Estadual nº 11.571/97. A decisão ainda pode ser alterada ou revogada no curso do processo.


Fonte: Seeb Umuarama

STJ responsabiliza bancos por falhas estruturais em imóvel financiado



Além das construtoras, as instituições financeiras também serão responsáveis por defeitos de construção de imóvel na planta ou durante a construção, conforme decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ).

Segundo o assessor jurídico da Associação dos Mutuários de São Paulo e Adjacências (Amspa), João Bosco Brito, é dever do banco só liberar as etapas do financiamento concedido à construtora depois de constatar que não há vícios ou defeitos na obra. Ele afirma que o banco é responsável pelo imóvel, da planta até a liberação do Habite-se.

O Tribunal de Justiça de Santa Catarina reconheceu a Caixa Econômica Federal como parte solidária à construtora Fontana e decidiu que ambas devem responder por problemas de construção em imóvel popular em Cocal do Sul (SC).

O ministro do STJ Luís Felipe Salomão entendeu que, pelo fato de o banco ser responsável pela liberação de recursos financeiros, também é responsável pela fiscalização e colaboração na execução do empreendimento. Dessa forma, a construção e o financiamento se tornam um único negócio, fazendo com que o banco e a construtora fossem responsáveis pelos defeitos na obra.

De acordo com Brito, a decisão beneficiará muitos mutuários que estão na mesma situação. "É dever de qualquer agente financeiro fiscalizar o andamento e a qualidade da obra, como determina a lei ou órgãos reguladores, sendo o principal o Sistema Financeiro de Habitação (SFH). Independentemente de o imóvel ser financiado pela Caixa ou outra instituição financeira, o banco responde pela má qualidade ou pelo atraso no cronograma da obra, juntamente com a construtora. Até porque esse mesmo agente financeiro não pode exigir do comprador o contrato definitivo do financiamento sem que a obra já possua o Habite-se municipal", disse o assessor.

Brito ainda explica que, caso o mutuário constate problemas na estrutura da propriedade ou mesmo o não-cumprimento de um item do contrato firmado, ele pode registrar reclamação por meio de notificação no Cartório de Imóveis.

Depois da queixa, tanto a construtora como o banco devem responder em até 48 horas.


Fonte: DCI - São Paulo/SP

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Estatuto muda para ter trabalhador no conselho

Banco do Brasil
Estatuto muda para ter trabalhador no conselho
Escolha de representante dos funcionários na administração do banco é lei e será feita por eleição direta a ser definida com movimento sindical



São Paulo – O Banco do Brasil aprovou em Assembleia Geral Extraordinária realizada em 6 de setembro mudança no estatuto da instituição financeira que estabelece a participação de representante dos funcionários no Conselho de Administração da empresa. A participação de representantes dos trabalhadores nas empresas estatais federais é uma determinação da Lei 12.535.

> Empregados garantidos em conselhos de estatais

Na mudança estatutária que cria o cargo no Conselho de Administração no BB foi aprovado também outra determinação da lei: a cadeira será ocupada por funcionário da ativa eleito por voto direto dos trabalhadores em pleito organizado conjuntamente pelo banco e entidades sindicais.

“A medida é um avanço a partir do momento que os funcionários poderão se posicionar em relação à condução de uma instituição pública. No entanto, criticamos o impedimento de o representante dos trabalhadores não poder participar das reuniões que tratam de relações sindicais e outros temas que afetam diretamente a vida do empregado”, afirma a secretária-geral do Sindicato e funcionária do Banco do Brasil, Raquel Kacelnikas. “Nas discussões para a realização do processo eleitoral vamos lutar para que todos os trabalhadores do banco, inclusive dirigentes sindicais, possam se candidatar. Queremos que o pleito seja verdadeiramente democrático”.

O período legal para que as empresas fizessem a adequação estatutária era de 180 dias a partir da publicação no Diário Oficial da União, ocorrida em 14 de março. O prazo terminou em 9 de setembro e, segundo matéria publicada no Jornal Valor Econômico, cerca de 40 empresas - de 60 obrigadas a seguir a lei - começaram o processo de alteração do estatuto. Entre elas, além do Banco do Brasil, o Banco da Amazônia, Petrobras e Eletrobras.

Ainda segundo a reportagem do Valor, devido a problemas encontrados pelas estatais para fazer as adequações necessárias, o Ministério do Planejamento deve fazer alterações na Portaria nº 26, que regulamenta a lei, ampliando o prazo.

A lei determina a participação de representante dos empregados nos conselhos de administração das empresas públicas e sociedades de economia mista, suas subsidiárias e controladas e demais empresas, com mais de duzentos funcionários, em que a União, direta ou indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto.

Caixa Federal – No caso da Caixa, por ser controlada integralmente pelo Governo Federal, não há necessidade de assembleia para implementar a lei. O processo eleitoral para o representante dos empregados vem sendo abordado nas negociações específicas entre os representantes dos bancários e a direção da Caixa Federal.

Leia mais
> Empregados e Caixa Federal discutem eleição

Jair Rosa, com informações do Valor Econômico - 22/09/2011

TRT-RS manda Bradesco manter plano de saúde a aposentada por invalidez



A 3ª Turma do Tribunal Regional do Trabalho do Rio Grande do Sul (TRT-RS) manteve a sentença que determinou ao Bradesco a reinclusão de uma trabalhadora aposentada por invalidez no plano de saúde da empresa. Ela havia sido retirada do plano alguns meses depois de começar a receber o benefício previdenciário. Cabe recurso da decisão.

O banco argumentou que, devido a suspensão do contrato de trabalho, não estava obrigado a manter o plano. Entretanto, o juiz Volnei de Oliveira Mayer, da 23ª Vara do Trabalho de Porto Alegre, entendeu que a suspensão do benefício, neste caso, "fere a dignidade da pessoa, pois lhe nega o direito à saúde no momento em que lhe é mais necessário".

Ao votar pela confirmação da sentença, o relator do acórdão, desembargador João Ghisleni Filho, destacou que não há dúvidas sobre a suspensão do contrato de trabalho durante gozo de benefício previdenciário. Ele ressaltou, porém, que nesta modalidade cessam apenas as principais obrigações do contrato, que são a prestação do serviço e a remuneração respectiva.

O magistrado salientou que o contrato de trabalho é oneroso e comutativo, fazendo com que cada benefício oferecido por um lapso de tempo considerável adira ao contrato e não possa mais ser retirado unilateralmente. No caso, a trabalhadora foi admitida em junho de 1997 e aposentada por invalidez em março de 2010.

"O contrato de trabalho segue em vigor, de modo que eventuais vantagens ou benefícios concedidos ao empregado aderem ao seu patrimônio jurídico, não podendo mais serem suprimidos, sob pena de ofensa à norma do art. 468 da CLT", cita a decisão.

O juiz de primeiro grau também havia destacado na sentença o fato do plano ser fornecido gratuitamente, sem a cobrança de mensalidades nem taxa de adesão, o que reforça a caracterização de uma vantagem decorrente do contrato de trabalho, que não pode ser retirada de forma unilateral enquanto o contrato estiver em vigor.


Fonte: TRT-RS

Remessas de lucros de multinacionais no Brasil dobram em agosto



As remessas de lucros e dividendos de empresas estrangeiras instaladas no Brasil dobraram em agosto deste ano em relação ao mesmo mês do ano passado. De acordo com dados do Banco Central, elas somaram US$ 5,1 bilhões (já descontadas as receitas obtidas no período) contra US$ 2,5 bilhões em agosto de 2010.

No acumulado do ano, essas remessas já chegam US$ 25,699 bilhões, o maior fluxo acumulado desde 1947, quando o BC começou a calcular este dado.

Em setembro, até o dia 23, as remessas de lucros e dividendos estão em US$ 1,023 bilhão.

"O BC tem observado um fluxo significativo de remessas, já que o estoque de investimentos tem crescido de maneira robusta associada a continuidade do crescimento da economia", disse.

Segundo ele, a maior parte das remessas é decorrente dos investimentos estrangeiros diretos no país (US$ 3,6 bilhões no mês de agosto). O restante é devido aos investimentos em carteira.


Fonte: Folha.com

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Bancários rejeitam proposta da Fenaban e aprovam greve a partir do dia 27



Crédito: Seeb Brasília
Seeb Brasília Bancários de Brasília aprovam por unanimidade indicativo de greve

Os bancários de São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Belo Horizonte, Curitiba, Porto Alegre, Ceará, Paraíba, Bahia, Alagoas, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Acre, Campo Grande, Campinas, Juiz de Fora, Dourados e Campina Grande, reunidos em assembleias realizadas pelos sindicatos na noite desta quinta-feira (22), rejeitaram a proposta da Fenaban e aprovaram a deflagração de greve nacional a partir da próxima terça-feira (27). As assembleias ocorreram em todo o país para definir os rumos do movimento(acompanhe na tabela abaixo as informações dos sindicatos).

A decisão segue orientação do Comando Nacional dos Bancários, coordenado pela Contraf-CUT, que considerou insuficiente a proposta dos bancos de reajuste de apenas 7,8% sobre os salários, a Participação dos Lucros e Resultados (PLR) e as demais verbas (vale-refeição, cesta-alimentação, 13ª cesta-alimentação e auxílio creche/baba, dentre outras). O índice representa somente 0,37% de aumento real.

"Os bancos lucraram mais de R$ 27,4 bilhões no primeiro semestre deste ano, mas fizeram uma proposta com ganho real muito pequeno, não tem valorização do piso, nem elevação da PLR, desrespeitando quem produziu esses resultados gigantescos. Além disso, eles nada ofereceram para gerar empregos e acabar com a rotatividade, muito menos para melhorar efetivamente as condições de saúde, segurança e trabalho", avalia o presidente da Contraf-CUT e coordenador do Comando Nacional, Carlos Cordeiro.

Uma nova negociação ocorre com a Fenaban nesta sexta-feira (23), às 14h, em São Paulo. Na próxima segunda-feira (26), novas assembleias deverão ser realizadas pelos sindicatos em todo país para avaliar o resultado da nova rodada e organizar a greve.

"Esperamos que os bancos apresentem uma proposta decente para valorizar os trabalhadores, distribuir renda, melhorar o atendimento aos clientes e assumir um compromisso com o Brasil e os brasileiros", defende Carlos Cordeiro. "Caso contrário, a resposta dos bancários virá, com toda a certeza, na forma de uma greve nacional ainda mais forte do que a que realizamos no ano passado. Estamos preparados para a mobilização e não vamos aceitar uma proposta que não caminhe na direção do emprego decente para a categoria", aponta.

Os bancários querem reajuste de 12,8% (inflação do período mais aumento real de 5%), maior participação nos lucros, valorização do piso, fim da rotatividade, mais contratações, fim das metas abusivas, combate ao assédio moral, mais segurança, igualdade de oportunidades e inclusão bancária sem precarização, dentre outras reivindicações.

Veja o resultado das assembleias até as 22h:

SINDICATO RESULTADO
São Paulo Rejeitou a proposta e aprovou greve a partir do dia 27
Rio de Janeiro Rejeitou a proposta e aprovou greve a partir do dia 27
Brasília Rejeitou a proposta e aprovou greve a partir do dia 27
Belo Horizonte Rejeitou a proposta e aprovou greve a partir do dia 27
Curitiba Rejeitou a proposta e aprovou greve a partir do dia 27
Porto Alegre Rejeitou a proposta e aprovou greve a partir do dia 27
Ceará Rejeitou a proposta e aprovou greve a partir do dia 27
Mato Grosso Rejeitou a proposta e aprovou greve a partir do dia 27
Campo Grande Rejeitou a proposta e aprovou greve a partir do dia 27
Alagoas Rejeitou a proposta e aprovou greve a partir do dia 27
Piauí Rejeitou a proposta e aprovou greve a partir do dia 27
Rondônia Rejeitou a proposta e aprovou greve a partir do dia 27
Acre Rejeitou a proposta e aprovou greve a partir do dia 27
Roraima Rejeitou a proposta e faz nova assembleia dia 27
ABC (SP) Rejeitou a proposta e aprovou greve a partir do dia 27
Campinas (SP) Rejeitou a proposta e aprovou greve a partir do dia 27
Juiz de Fora (MG) Rejeitou a proposta e aprovou greve a partir do dia 27
Campina Grande (PB) Rejeitou a proposta e aprovou greve a partir do dia 27
Vitória da Conquista (BA) Rejeitou a proposta e aprovou greve a partir do dia 27
Londrina (PR) Rejeitou a proposta e aprovou greve a partir do dia 27
Dourados (MS) Rejeitou a proposta e aprovou greve a partir do dia 27
Guarulhos (SP) Rejeitou a proposta e aprovou greve a partir do dia 27
Bragança Paulista (SP) Rejeitou a proposta e aprovou greve a partir do dia 27
Sul Fluminense (RJ) Rejeitou a proposta e aprovou greve a partir do dia 27
Itabuna (BA) Rejeitou a proposta e aprovou greve a partir do dia 27
Baixada Fluminense (RJ) Rejeitou a proposta e aprovou greve a partir do dia 27
Uberaba (MG) Rejeitou a proposta e aprovou greve a partir do dia 27
Ipatinga (MG) Rejeitou a proposta e aprovou greve a partir do dia 27
Extremo Sul (BA) Rejeitou a proposta e aprovou greve a partir do dia 27
Guarapuava (PR) Rejeitou a proposta e aprovou greve a partir do dia 27
Nova Friburgo (RJ) Rejeitou a proposta e aprovou greve a partir do dia 27
São Miguel do Oeste (SC) Rejeitou a proposta e aprovou greve a partir do dia 27
Jundiaí (SP) Rejeitou a proposta e aprovou greve a partir do dia 27
Três Rios (RJ) Rejeitou a proposta e aprovou greve a partir do dia 27
Teresópolis (RJ) Rejeitou a proposta e aprovou greve a partir do dia 27
Campo Mourão (PR) Rejeitou a proposta e aprovou greve a partir do dia 27
Alegrete (RS) Rejeitou a proposta e aprovou greve a partir do dia 27
Campos dos Goytacazes (RJ) Rejeitou a proposta e aprovou greve a partir do dia 27
Joaçaba (SC) Rejeitou a proposta e aprovou greve a partir do dia 27
Toledo (PR) Rejeitou a proposta e aprovou greve a partir do dia 27
Barretos (SP) Rejeitou a proposta e aprovou greve a partir do dia 27
Feira de Santana (BA) Rejeitou a proposta e aprovou greve a partir do dia 27
Petrópolis (RJ) Rejeitou a proposta e aprovou greve a partir do dia 27
Itaperuna (RJ) Rejeitou a proposta e aprovou greve a partir do dia 27
Limeira (SP) Rejeitou a proposta e aprovou greve a partir do dia 27
Magi das Cruzes (SP) Rejeitou a proposta e aprovou greve a partir do dia 27
Bauru (SP) Rejeitou a proposta e aprovou greve a partir do dia 27
Araraquara (SP) Rejeitou a proposta e aprovou greve a partir do dia 27
Catanduva (SP) Rejeitou a proposta e aprovou greve a partir do dia 27
Taubaté (SP) Rejeitou a proposta e aprovou greve a partir do dia 27
Presidente Prudente (SP) Rejeitou a proposta e aprovou greve a partir do dia 27
Vale do Ribeira (SP) Rejeitou a proposta e aprovou greve a partir do dia 27
Assis (SP) Rejeitou a proposta e aprovou greve a partir do dia 27
Irecê (BA) Rejeitou a proposta e aprovou greve a partir do dia 27
Apucarana (PR) Rejeitou a proposta e aprovou greve a partir do dia 27
Arapoti (PR) Rejeitou a proposta e aprovou greve a partir do dia 27
Paranavaí (PR) Rejeitou a proposta e aprovou greve a partir do dia 27
Umuarama (PR) Rejeitou a proposta e aprovou greve a partir do dia 27


Fonte: Contraf-CUT

Unânime, assembleia de São Paulo marca greve a partir do dia 27



Crédito: Maurício Morais/Seeb São Paulo
Maurício Morais/Seeb São Paulo A proposta do setor que mais lucra na economia brasileira deixou indignados seus empregados. Os bancos, que viram seu resultado crescer mais de 20% nos primeiros seis meses deste ano, querem pagar aos bancários somente 0,37% de aumento real nos salários, na PLR e nas verbas como tíquetes e auxílios. A reação dos trabalhadores foi à altura. Em assembleia realizada na quinta-feira 22, mais de mil bancários decidiram, por unanimidade, rejeitar a proposta e iniciar greve no dia 27.

"Tentamos, desde 12 de agosto, quando entregamos a pauta à federação dos bancos, resolver a Campanha Nacional Unificada por intermédio da mesa de negociação. Mas pelo oitavo ano consecutivo, os banqueiros estão empurrando os bancários à greve", afirma a presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Juvandia Moreira.

A dirigente, que é uma das coordenadoras do Comando Nacional que negocia com os representantes dos bancos, critica a proposta apresentada no último dia 20. "O índice de 0,37% praticamente não é aumento real e não há propostas para a valorização dos pisos, para PLR maior ou para melhorar as condições de trabalho. Na mesa já informamos aos bancos que indicaríamos aos trabalhadores a rejeição da proposta na assembleia", explica.

Rodada de sexta

Os bancos marcaram uma nova reunião para esta sexta-feira. "Vamos ouvir o que vão dizer. É a última oportunidade que têm para apresentar uma proposta que valorize a categoria que todos os dias constrói o imenso lucro do setor. Não podem voltar para a mesa novamente sem proposta decente. No dia 26 os bancários fazem nova assembléia para organizar a greve por tempo indeterminado. Estamos prontos para paralisar as atividades nos bancos públicos e privados de todo o Brasil", completa a presidenta do Sindicato, reforçando que as direções do Banco do Brasil e da Caixa Federal também têm de apresentar propostas dignas aos funcionários nas negociações específicas.


Fonte: Seeb São Paulo

Bancários do Rio rejeitam 7,8% e decidem entrar em greve a partir do dia 27



Em assembleia que terminou na noite desta quinta-feira (22), os bancários do Rio de Janeiro rejeitaram os a proposta de 7,8% de reajuste (0,37% de aumento real) feita pelos bancos e decidiram entrar em greve a partir da próxima terça-feira (27). Para a categoria o índice é rebaixado e não se justifica frente aos lucros recordes dos bancos. A campanha salarial é nacional e dela participam funcionários de bancos públicos e privados. Assembleias como a do Rio estão sendo realizadas, também hoje, em todo o país.

Os bancos também não avançaram em relação à participação nos lucros propondo a mesma regra da PLR do ano passado: 90% do salário mais R$1.100,80, com teto de R$ 7.181. Disseram não à reivindicação de um reajuste maior para o piso (o do ano passado foi de 16,3%) e a todas as propostas relacionadas à saúde, fim das metas abusivas de venda de produtos e do assédio moral e segurança bancária, apesar das mortes em saidinhas de banco e sequestros.

Reivindicações

Os bancários defendem 12,8% de reajuste salarial (reposição da inflação mais 5% de aumento real), PLR de três salários mais R$ 4.500; piso de R$ 2.297,51 (salário mínimo do Dieese), tíquete-refeição e vale-alimentação de um salário mínimo cada (R$ 545), plano de carreira, cargos e salários e auxílio-educação, entre outras reivindicações.

Setor que mais lucrou no país

O setor financeiro foi o que mais lucrou no primeiro semestre deste ano. O lucro dos sete maiores bancos (Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Itaú Unibanco, Santander, Bradesco, HSBC e Safra) foi de R$ 26, 5 bilhões. O aumento foi de 20% em relação ao mesmo período do ano passado. "Portanto, os bancos têm todas as condições de atender às reivindicações dos bancários", avalia o presidente do Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro, Almir Aguiar.

O setor de petróleo e gás lucrou no primeiro semestre deste ano, R$ 21,9 bilhões; mineração, R$ 21,8 bilhões; energia elétrica, R$9,6 bilhões; alimentos e bebidas, R$7,2 bilhões; e telecomunicações, R$4,9 bilhões.

Fonte: Seeb Rio de Janeiro

Bancários de Brasília aprovam indicativo de greve a partir do dia 27



Crédito: Seeb Brasília
Seeb Brasília Assembleia mostra disposição de luta dos bancários de Brasília

Sem avanços nas negociações com a Fenaban, os bancários de Brasília aprovaram, por unanimidade, indicativo de greve a partir da próxima terça-feira (27) durante assembleia realizada na noite desta quinta-feira (22) na Praça do Cebolão, no Setor Bancário Sul (SBS). Os trabalhadores rejeitaram a proposta apresentada pelos banqueiros: 7,8% sobre todas as verbas (piso, salários, vales refeição, alimentação, auxílio-creche) e a parte fixa e a parcela adicional da PLR.

Mesmo com lucros acima dos R$ 27,4 bilhões somente no primeiro semestre deste ano, os bancos apresentaram na terça-feira (20), durante a quarta rodada de negociação, proposta com reajuste de apenas 0,42% acima da inflação do período (INPC foi de 7,38%).

"Diante de todo o esforço para cumprir metas e aumentar os resultados das instituições financeiras mês a mês, os bancários merecem muito mais que 0,42% de aumento real. A presença em massa dos trabalhadores na assembleia desta quinta-feira mostra que a categoria está pronta e disposta a batalhar por aumento real e emprego decente", afirma o presidente do Sindicato, Rodrigo Britto.

O que os bancários querem

Os bancários querem reajuste de 12,8% (inflação do período mais aumento real de 5%), PLR maior, piso do Dieese, fim da rotatividade, mais contratações, fim das metas abusivas, combate ao assédio moral, regulamentação do sistema financeiro nacional, mais segurança, igualdade de oportunidades e inclusão bancária sem precarização, dentre outras reivindicações.

O Comando Nacional dos Bancários, coordenado pela Contraf-CUT, que representa os trabalhadores nas negociações, e a Fenaban voltam a se reunir nesta sexta-feira (23), às 14h, em São Paulo, a fim de continuarem as discussões sobre a pauta de reivindicações da categoria.

Nova assembleia dia 26

E na próxima segunda-feira (26), nova assembleia na Praça do Cebolão, às 18h30, definirá os rumos do movimento. "Esperamos que os bancos apresentem uma proposta decente, com aumento real, valorização do emprego e contratação de mais bancários, entre outras reivindicações. Caso contrário, partiremos para a greve com toda a disposição dos 24 mil bancários de Brasília", observa Rodrigo Britto.


Fonte: Seeb Brasília

Bancários da Bahia rejeitam proposta dos bancos e aprovam greve no dia 27



Crédito: Seeb Bahia
Seeb Bahia Os bancários da Bahia aprovaram, por unanimidade, na assembleia desta quinta-feira (22), em Salvador, a deflagração da greve a partir da terça-feira (27), rejeitando a proposta apresentada pela Fenaban. Também foi marcada nova assembleia para segunda-feira(26), às 19h.

Nesta sexta-feira (23), tem nova rodada com os banqueiros. É a última oportunidade para eles melhorarem a proposta. Caso contrário, a categoria vai com tudo para a paralisação.

Os representantes dos empregados da Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil e Banco do Nordeste do Brasil falaram sobre o andamento das negociações específicas, que não atenderam as reivindicações da categoria.

A pressão dos bancários é de extrema importância para conseguir uma proposta decente. "Agora, o compromisso da categoria é de se unir e mobilizar para uma greve forte", afirmou o presidente do Sindicato dos Bancários da Bahia, Euclides Fagundes. Este ano, já foram visitadas mais de 160 agências em Salvador e Região Metropolitana para esclarecer a população e empregados sobre o andamento da Campanha Nacional.

O deputado estadual e bancário Álvaro Gomes esteve presente na assembleia.


Fonte: Contraf-CUT com Seeb Bahia

Bancários de Belo Horizonte deflagram greve nacional a partir do dia 27



Crédito: Seeb BH
Seeb BH Assembleia mostra disposição de luta dos trabalhadores

Os bancários que lotaram o auditório do Sindicato dos Bancários de Belo Horizonte, durante a assembleia desta quinta-feira (22), rejeitaram a proposta apresentada pelos bancos na quarta rodada de negociação, ocorrida na terça-feira (20) e deliberaram pela deflagração da greve nacional por tempo indeterminado a partir da zero hora da próxima terça-feira (27).

Uma nova rodada de negociação ocorre com a Fenaban nesta sexta-feira (23), às 14h, em São Paulo, a fim de continuar as discussões. Na próxima segunda-feira (26), novas assembleias deverão ser realizadas pelos sindicatos em todo país para definir os rumos do movimento.

Durante a assembleia, os bancários criticaram o reajuste de apenas 7,8% sobre os salários, PLR e demais verbas (vale-refeição, cesta-alimentação e auxílio creche/baba, dentre outras). Esse índice representa somente 0,37% de aumento real.

Os bancários querem reajuste de 12,8% (inflação do período mais aumento real de 5%), PLR maior, piso do Dieese, fim da rotatividade, mais contratações, fim das metas abusivas, combate ao assédio moral, mais segurança, igualdade de oportunidades e inclusão bancária sem precarização, dentre outras reivindicações.

Os bancos lucraram mais de R$ 27,4 bilhões somente no primeiro semestre deste ano, o que comprova que eles têm condições concretas de apresentar uma proposta que garanta emprego decente para todos os bancários, como forma de valorizar os seus trabalhadores, distribuir renda e assumir um compromisso com o Brasil e os brasileiros.

O presidente do Sindicato, Cardoso, ressaltou a importância da mobilização da categoria neste importante momento de organização do movimento. "É a nossa capacidade de mobilização que vai determinar o resultado das negociações em mesa. Por isso, temos que nos mobilizar, ir para as ruas e lutar para fazermos uma greve forte para avançar e conquistar muito mais. Diante da proposta colocada pelos banqueiros, não temos outra alternativa a não ser mostrar para os bancos privados, a Caixa e o Banco do Brasil a força da nossa organização", afirmou.


Fonte: Seeb BH

Comando Nacional discute previdência, saúde e revisão do PCR com BNB



O Comando Nacional dos Bancários, coordenado pela Contraf-CUT, se reuniu na quarta-feira, dia 21, com a direção do Banco do Nordeste do Brasil (BNB), em Fortaleza, para a instalação da mesa temática sobre previdência e a discussão dos relatórios das comissões paritárias que trataram da CAMED e da revisão do PCR. Essa mesa irá focar os debates iniciais sobre a CAPEF, buscando soluções para o plano BD e a otimização do Plano CVI.

A abertura dos trabalhos está marcada para o próximo dia 3 de outubro, quando os representantes dos trabalhadores e do banco se reunirão pela primeira vez para começar as discussões. O prazo para apresentação do relatório preliminar é de 30 dias.

As comissões paritárias CAMED e revisão do PCR cumpriram com os seus objetivos, entregando dentro dos prazos estipulados os seus respectivos relatórios.

A reunião foi a primeira na esfera decisória, envolvendo a representação política dos trabalhadores e a direção da empresa e apresentou alguns avanços.

No âmbito da CAMED, o banco se comprometeu a encaminhar nesta quinta-feira para o Comando Nacional um estudo contendo respostas para todas as sugestões e reivindicações apresentadas no relatório da comissão paritária.

Veja algumas das respostas do banco:

- Encaminhar para análise e deliberação do Conselho Deliberativo da CAMED proposta de adequação entre a sinistralidade e a contribuição dos associados;

- Rever a política comercial da CAMED, transferindo todas as receitas de seguro da Corretora para os planos de autogestão;

- Suspender os reajustes automáticos de janeiro e efetivá-los apenas após estudo atuarial com a participação do Banco e das Entidades;

- Congelamento do valor da proteção financeira hoje fixada em R$ 1.500, variando apenas a contribuição para garantir essa proteção;

- Recriação do Fundo de Assistência Médica (FAM) após estudo para identificar fontes de recursos e formas de repasse à CAMED;

- Realizar estudo para implementação de piso para contribuição da CAMED, ficando a complementação que for necessária sob a responsabilidade do Banco.

PCR

A proposta de Comissão Paritária do PCR irá analisar as divergências sobre a questão do salário de ingresso que os representantes da empresa insistem em manter em R$ 1.600,00, enquanto os representantes dos trabalhadores reivindicam que seja de R$ 1.637,00 (mesmo valor estipulado pela Caixa após 3 meses do estágio probatório) e o percentual de promoção que os representantes dos trabalhadores querem manter em 4% e o Banco propõe reduzir para 3%.

Os consensos ficaram por conta da redução do tempo de promoção de 2 para 1 ano por merecimento e de 3 para 2 anos por tempo de serviço, promoção automática de 3% para todos os funcionários, retroativa a 1º de fevereiro de 2011 e a elevação dos atuais 18 para 27 níveis de promoção em cada uma das carreiras que compõem o atual plano.

O Comando Nacional trouxe à mesa a reivindicação dos Assistentes Bancários no sentido de sua migração para a carreira de Analista Bancário. O banco ficou de analisar a proposta do ponto de vista legal.

Via crucis

Apesar dos avanços na Comissão Paritária do PCR, o Comando Nacional alerta os funcionários de que vai ser preciso muita pressão para que a revisão do PCR seja de fato efetivada. E que a aprovação final terá que percorrer a via crucis que começa pela diretoria do BNB e vai até o DEST, passando pelo Conselho de Administração e Ministério da Fazenda.

O Comando Nacional conseguiu do banco o compromisso de até o final de outubro concluir o processo de avaliação e aprovação interna, de forma a ser encaminhado para o DEST no início de novembro de 2011.

Em outubro, o Comando Nacional estará divulgando com detalhes e debatendo a proposta de revisão do PCR com a base do funcionalismo, através de cada sindicato. Essa fase do processo tem como objetivo dotar todos os funcionários de informações necessárias para tomada de posição em assembleia, que irá deliberar sobre acordo de revisão, quando este estiver devidamente autorizado pelos órgãos controladores do banco.


Fonte: Contraf-CUT com Seeb-CE