quarta-feira, 25 de abril de 2012

Itaú lucra R$ 3,4 bi, mas faz gol contra ao fechar 1.964 empregos em 2012

  
O Itaú Unibanco, cuja propaganda fala em "vamos jogar bola", divulgou nesta terça-feira (24) um lucro líquido de R$ 3,426 bilhões no primeiro trimestre deste ano. No entanto, o banco marcou gol contra ao fechar 1.964 postos de trabalho no período, o que acumula um corte de 7.728 vagas nos últimos 12 meses. 

Segundo dados do Dieese, a instituição que tinha 104.022 funcionários em março de 2011, diminuiu para 98.258 em dezembro e reduziu para 96.204 em março de 2012, sendo "rebaixado" para a segunda divisão no campeonato do emprego.

"O banco exibe outro lucro gigantesco nos primeiros três meses do ano, mas continua jogando pais e mães de família no olho da rua, o que mostra falta de responsabilidade social e descaso com o emprego e o desenvolvimento do País", afirma Carlos Cordeiro, funcionário do Itaú e presidente da Contraf-CUT.

"Cobramos uma negociação com urgência para discutir o fim das demissões e da política de rotatividade no Itaú, pois é inaceitável que, enquanto o Brasil cresce, o banco que mais lucra não gera nenhum emprego e, pelo contrário, ainda segue fechando vagas, pisando na bola do emprego", aponta o dirigente sindical.

Enquanto o Itaú faz gol contra, outros bancos continuam abrindo postos de trabalho. É o caso do Bradesco, que lucrou R$ 2,845 bilhões no primeiro trimestre do ano e gerou 418 empregos. "Por que o Itaú não veste a camisa do emprego?", questiona Cordeiro.

Outros números do balanço

O lucro estrondoso representa uma leve queda de 2,96% em relação a igual período de 2011. As provisões para devedores duvidosos foram o principal fator responsável por tal encolhimento no resultado. 
Essas despesas somaram R$ 6,03 bilhões, com alta de 37,7% na comparação com o primeiro trimestre do ano passado. Já na comparação do lucro com o quarto trimestre do ano passado, a redução foi de 7%. Caso essas provisões não sejam confirmadas, o banco terá resultados ainda maiores.

A carteira de crédito, incluindo operações de avais e fianças, alcançou o saldo de R$ 400,519 bilhões em 31 de março, com acréscimo de 0,9% em relação ao saldo do quarto trimestre de 2011 e de 16,1% em relação ao mesmo período do ano anterior.

No segmento de pessoas físicas, os destaques no primeiro trimestre foram as carteiras de crédito imobiliário e de crédito pessoal, com evoluções de 8,5% e 6,5%, respectivamente. Entre pessoas jurídicas, houve crescimento de 1,1% no trimestre.

Os ativos totais do Itaú Unibanco somaram R$ 896,8 bilhões entre janeiro e março, alta anual de 15%, enquanto o retorno sobre patrimônio líquido médio anualizado diminuiu de 22,7% para 19,3% em 12 meses, mas ainda permanece muito alto.

"Com todo esse lucro, além de suspender imediatamente a política de demissões e rotatividade, o Itaú tem que remunerar melhor os craques da bola, que são os funcionários do banco, com a melhoria dos salários em vez dos bônus dos executivos, a valorização do Programa Complementar de Resultados (PCR), que está sendo negociado com as entidades sindicais, e a garantia de condições dignas de trabalho, que começam com o registro correto da jornada no ponto eletrônico", conclui o presidente da Contraf-CUT.


Fonte: Contraf-CUT com UOL

Seminário sindical internacional abre festa do 1º de Maio em São Paulo

  
Crédito: CUT
CUTPara abrir a programação do 1º de Maio da Central Única dos Trabalhadores (CUT) será relalizado nesta quinta-feira (26) o Seminário Sindical Internacional, com representantes de entidades dos países que compõem, ao lado do Brasil, os Brics (China, Rússia, Índia e África do Sul) e o Mercosul (Argentina, Uruguai e Paraguai), além de representantes de estados de cada uma das regiões brasileiras.

O objetivo é debater o atual modelo de crescimento social, econômico e ambiental com foco no Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) brasileiro e das demais nações participantes.

O tema deste ano do Dia do Trabalhador é "Diversidade no Brasil e no Mundo - Um Olhar de Cinco Jeitos". As comemorações abordam cultura e história das cinco regiões do país numa série de eventos, incluindo uma feira gastronômica na segunda-feira (30), no Vale do Anhangabaú com pratos de R$ 3 a R$ 17.

Os espetáculos musicais ocorrem no dia 1º, com Elba Ramalho, Belo, Edson & Hudson, Leonardo, Paula Fernandes, Pixote, Renato Borghetti e Turma do Pagode.

Zona Sul 

A comunidade da zona sul de São Paulo poderá curtir uma programação especial de cidadania, no dia 1º, na região do Grajaú (Avenida do Arvoreiro, 395, Parque das Árvores, próximo ao CEU Rubi).

A população poderá curtir serviços na área de saúde, beleza, tecnologia, documentos e aproveitar os brinquedos e shows. Sobem ao palco a rapper Flora Matos, o tradicional grupo de samba Fundo de Quintal, Maskavo, Pamelloza, K-Marot, Pagode da 27, Chico Terra entre outros artistas.

Osasco 

Pelo quarto ano, o Sindicato dos Bancários de São Paulo patrocina o Desafio dos Trabalhadores, marcado para o dia 1º, às 9h, em Osasco, com caminhada e corrida de 4km e 8km.

Audiência pública no Senado relaciona terceirização e acidentes de trabalho

  
Crédito: Agência Senado
Agência SenadoOs representantes do Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais do Trabalho (Sinait) informaram na segunda-feira (23), durante audiência pública no Senado, que 3,8 milhões de acidentes de trabalho ocorridos no Brasil entre 2005 e 2010 mataram 16,5 mil pessoas e incapacitaram outras 74,7 mil. O Fórum Sindical dos Trabalhadores acrescentou que quatro em cada cinco funcionários acidentados são terceirizados. 

Para as entidades presentes ao debate, convocado pela Comissão de Direitos Humanos (CDH) em virtude do Dia Mundial em Memória das Vítimas de Acidentes de Trabalho, no próximo sábado (28), é preciso melhorar o treinamento da mão de obra ligada à terceirização. "Lei não falta. O que falta é investimento e comprometimento", afirmou o coordenador nacional do Fórum Sindical dos Trabalhadores, José Augusto da Silva Filho.

O vice-presidente do Sinait, Francisco Luís Lima, apontou como causa dos acidentes a degradação das condições do trabalhador e do meio ambiente de trabalho. Contribuem para isso, segundo ele, problemas como falta de treinamento, não fornecimento de equipamento de proteção individual e remuneração por produção (que induz ao trabalho excessivo e exaustivo), entre outros.

Já a presidenta do Sindicato de Auditores, Rosângela Silva Rassy, apontou que há um "definhamento" da inspeção do trabalho, com 3.025 funcionários para mais de sete milhões de empresas. O não fornecimento de equipamento individual de segurança e a remuneração por produção, induzindo ao trabalho excessivo, são dois dos fatores que levam a acidentes. 

O Ministério do Trabalho e Emprego afirma que um acordo de cooperação com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), iniciado em 2008, resultou em 1.250 ações judiciais em torno do problema, com expectativa de indenizações em R$ 200 milhões. Nestes casos, a Previdência cobra do empregador os valores pagos em benefício aos trabalhadores incapacitados. 

"A medida tem caráter punitivo e pedagógico e visa à concretização da política pública de prevenção de acidentes do trabalho", afirmou a secretária de Inspeção do Trabalho, Vera Albuquerque.

Para a juíza Noêmia Garcia Porto, representante da Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra), é preciso ampliar as políticas preventivas tendo em vista que hoje as empresas querem não apenas o tempo do trabalhador, mas "a alma". 

Ela ressaltou que, para evitar o acionamento do Judiciário, existe a necessidade de garantir um ambiente saudável e protegido de trabalho. A magistrada indicou ainda que os problemas atuais, ainda que graves, mostram apenas a situação dos formalizados, havendo questões piores a serem resolvidas entre os que estão "invisíveis", ou seja, na informalidade. 

A secretária da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Junéia Batista, cobrou humanização da perícia médica. Por sugestão dela e de outros participantes, o presidente da CDH, senador Paulo Paim (PT-RS), apresentou requerimento que convida o presidente do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), Mauro Hauschild, para debater um novo esquema de alta programada de pessoas afastadas do trabalho.

Paim quer conhecer as razões que levaram o INSS a lançar uma consulta pública sobre o "tempo estimado para a recuperação de capacidade funcional baseado em evidências".

Os participantes da audiência alertaram para riscos de prejuízos ao trabalhador acidentado quando o novo sistema for implantado.


Fonte: Rede Brasil Atual e Agência Senado

terça-feira, 24 de abril de 2012

Multas aos bancos na PF por falhas na segurança repercutem em todo país

  
As multas aplicadas pela Polícia Federal ao Bradesco, Itaú Unibanco, Santander, Banco do Brasil, Mercantil do Brasil e Banco do Nordeste do Brasil (BNB), no total de R$ 808,9 mil, durante a 93ª reunião da Comissão Consultiva para Assuntos de Segurança Privada (CCASP), por descumprimento de leis e normas de segurança, repercutiu em todo país. Houve divulgação de notícias em sites, jornais, rádios e blogs.

Entre as principais falhas de segurança dos bancos destacaram-se o número insuficiente de vigilantes, alarmes inoperantes, planos de segurança não renovados e a utilização de bancários para fazer transporte de valores, dentre outras.

"Essas multas comprovam que entra ano, sai ano e os bancos continuam tratando com descaso a segurança de trabalhadores e clientes, o que contribui para a onda de assaltos e sequestros, que tem ocasionado mortes, feridos e pessoas traumatizadas", disse Ademir Wiederkehr, diretor da Contraf-CUT e coordenador do Coletivo Nacional de Segurança Bancária.

Veja o montante das multas por banco:

Bradesco - R$ 318.164,83
Itaú Unibanco - R$ 160.565,20
Santander - R$ 156.432,28
Banco do Brasil - R$ 120.601,91
Mercantil do Brasil - R$ 42.564,00
Banco do Nordeste do Brasil - R$ 10.642,06

Total de multas: R$ 808.970,28

Veja algumas das notícias:

Veja a relação das multas por banco:

Agência Brasil 

Portal Terra 

Portal R7 

Correio do Povo 

Jornal do Brasil 

Estado de Minas 

Correio Braziliense 

Portal IG 

O Tempo Online 

O Dia Online 

Portal IBahia 

Piauí hoje 

Correio do Estado 

Portal Maranhão Hoje 

O Fluminense 

Imirante.com 

Alagoas 24horas 

Bahia Econômica 


Fonte: Contraf-CUT

Novo presidente do STF pretende julgar "desaposentadoria" até metade do ano

  
O Supremo Tribunal Federal (STF) deve decidir neste semestre se os aposentados que continuam no mercado de trabalho e contribuem para a Previdência Social terão direito de revisar o valor do benefício pago pelo INSS. 

O assunto é motivo de preocupação para o governo. A Lei de Diretrizes Orçamentárias para 2013, enviada ao Congresso, estima um gasto de R$ 49,1 bilhões caso a chamada "desaposentação" tenha vitória no julgamento dos ministros do Supremo. 

Dados do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) mostram que 70 mil aposentados reivindicam o direito nos tribunais. Além deles, 500 mil aposentados continuam a trabalhar e, consequentemente, a contribuir para a Previdência. Esse é o universo de pessoas que, teoricamente, pode fazer uso do mesmo caminho para aumentar a renda. 

Para o novo presidente do STF, Carlos Ayres Britto, o tema da chamada "desaposentadoria" tem impacto social e ações como essa terão prioridade em sua passagem pelo comando do tribunal. 

Não há data para incluir o assunto na pauta, mas Britto diz, por meio de sua assessoria, que pretende "julgar logo", até no máximo o meio do ano. O primeiro recurso sobre "desaposentação" chegou ao STF há nove anos. 

RECÁLCULO 

"Desaposentar" consiste basicamente em pedir o recálculo do benefício levando em consideração as contribuições do trabalhador feitas após a aposentadoria. 

Por exemplo, um trabalhador que se aposenta sem ganhar o valor máximo do benefício, que é de R$ 3.916,20. Esse aposentado continua trabalhando com carteira assinada e é obrigado a contribuir para a Previdência. 

Hoje, o INSS não permite que essas contribuições sejam levadas em conta, no futuro, para rever os cálculos do benefício. Por esse motivo, trabalhadores vão à Justiça para que o INSS as considere e refaça os cálculos. 

DEVOLUÇÃO 

O problema, segundo Jane Lúcia Wilhelm Berwanger, presidente do Instituto Brasileiro de Direito Previdenciário, está na falta de padrão nas decisões de 1ª instância. 

Segundo estimativa do instituto, embora a Justiça determine ao INSS recalcular os benefícios, em 80% das decisões o beneficiário é obrigado a devolver os valores recebidos pelo INSS até então. 

"Condicionar a 'desaposentadoria' a uma reposição não é vantagem para o trabalhador e obriga o cidadão a recorrer", diz ela. 


Fonte: Folha de S.Paulo