segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Banco do Brasil paga R$ 830 mi de PLR para seus funcionários nesta segunda



O Banco do Brasil informou à Contraf-CUT os valores relativos ao pagamento da Participação nos Lucros e Resultados do segundo semestre de 2010. O banco destinará cerca de R$ 830 milhões para o pagamento dos bancários, que será feito na próxima segunda-feira, dia 28.

Segundo o modelo negociado entre a Contraf-CUT e o banco, um escriturário receberá R$ 3.717,86, o que corresponde a 2,3 salários - considerando o valor pago no ano, um escriturário receerá o equivalente a 4,5 salários. No caso de um caixa, o valor da PLR será de 4.058,00.

Como em anos anteriores, o número de funcionários que receberá a PLR cresceu no segundo semestre. Nesse dia 28, receberão a remuneração 111.797 funcionários, contra 108 mil no primeiro semestre. Os valores serão cerca de 20% maiores que os pagos no primeiro semestre, incluído o módulo bônus.

O módulo bônus será creditado na mesma data para as agências que cumpriram o acordo de trabalho, que são a maioria, segundo o banco. As demais agências receberão proporcionalmente. Para os casos em que ocorreu substituição ou que necessitem de acertos, o banco tem até 30 dias para creditar a diferença.

Fonte: Contraf-CUT

BNDES projeta investimentos de até R$ 3,3 trilhão no país até 2014



Embora a crise no mundo árabe ameace a ainda frágil recuperação mundial, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) mapeou um volume de investimento de R$ 1,6 trilhão no Brasil entre este ano e 2014, somando capital externo e nacional.

Pesquisadores da instituição admitem que o total de projetos de infraestrutura, indústria e construção civil pode elevar esse montante para R$ 3,3 trilhões no mesmo período, o que representaria o maior ciclo de investimentos desde a década de 1970.

Tamanho volume de recursos, segundo o BNDES, deverá contribuir para o país elevar, até 2014, a taxa de investimento dos atuais 19% para mais de 22% do Produto Interno Bruto (PIB).

Superintendente da Área de Pesquisa Econômica do BNDES, Ernani Torres Filho afirma que tal cenário só não se confirmará caso ocorra um recrudescimento - para ele, pouco provável - das turbulências nos países do Oriente Médio e do norte da África.

"A crise de 2008 foi um fenômeno muito raro, motivado por um cenário de pânico, geralmente ligado a entrada e saída de guerras", minimizou.

Embora tenha evitado prognósticos quanto aos efeitos da crise árabe nos rumos do mercado mundial de petróleo, o economista projeta, para os próximos anos, um crescimento global puxado principalmente pelos emergentes. Estados Unidos e União Europeia, em contraste, deverão permanecer com taxas mais modestas de PIB.

Gargalo dos juros

No Brasil, Torres projeta que o BNDES deverá permanecer, nos próximos anos, como o grande financiador do crescimento brasileiro, apesar das medidas do governo para estimular prazos de financiamento mais longos dos bancos privados.

Com tanto dinheiro em jogo e a maior taxa de juro do mundo, diz, caberá ao banco de fomento a tarefa de suprir a maior parte da demanda por crédito para bancar o volume de investimentos.

Para o executivo, maior participação dos bancos privados só virá quando a taxa básica de juros, a Selic, cair para patamar de um dígito, e por lá permanecer por pelo menos quatro anos.

"O Brasil está no limiar de um boom do crescimento do crédito de longo prazo", projeta Torres.

"Tudo vai depender da retomada da trajetória de queda da taxa Selic, quando a inflação der sinais de trégua. Estimo de dois a quatro anos para isso acontecer".

Distribuição

Os setores de petróleo, energia elétrica e construção civil deverão responder pela fatia principal (R$ 1,22 trilhão) do total dos investimentos no período. Encabeçados pela Petrobras, os investimentos da área petrolífera deverão alcançar R$ 378 bilhões entre 2011 e 2014.

Já os de energia, demandarão outros R$ 139 bilhões, enquanto a construção civil investirá R$ 607 bilhões, capitaneada por programas como o Minha Casa, Minha Vida e pelas obras para a Copa do Mundo de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016.

"O setor de petróleo e gás será a grande locomotiva da indústria brasileira, nos próximos anos, o que representa o grande diferencial em relação aos anos 1970", projeta Torres.

"O maior desafio, no entanto, será como otimizar os ganhos para a cadeia nacional de fornecedores. Isso precisa ser convertido em aumento de competitividade tecnológica para a indústria brasileira."

O superintendente do BNDES também exalta o que classificou de bom posicionamento do país não só na área petrolífera, mas também na mineral e agrícola. Tal fato, diz Torres, representa um dos grandes diferenciais do país, em termos produtivos, frente ao resto do mundo.

Fonte: Ricardo Rego Monteiro - Brasil Econômico

Sindicato de Mato Grosso realiza atividades da Semana de Prevenção e Combate



Crédito: Seeb MT
Seeb MT Nesta segunda-feira, 28 de fevereiro, Dia Internacional de Prevenção ao LER/DORT, o Sindicato dos Bancários de Mato Grosso realizou um ato como parte da Semana de Prevenção e Combate ao LER/DORT. Na agência Bradesco Coxipó, os diretores explicaram o que é LER/DORT e como identificá-lo.

"Essa semana tem como objetivo a conscientização dos bancários para os cuidados com a saúde. Estamos realizando palestras nas agências para que os trabalhadores possam aprender a prevenir e também a enxergar os sinais da doença", afirma o secretário de saúde e condições sociais do SEEB-MT, João Dourado.

O professor de educação, física Rogério Vieira, ensinou exercícios laborais básicos para serem feitos antes da jornada de trabalho. Rogério também frisou que atividades físicas regulares e uma vida saudável são a melhor prevenção para LER/DORT.

"O Dia Internacional de Prevenção ao LER/DORT é simbólico, para lembrarmos de cuidar da nossa saúde. Os bancários têm uma vida estressante, com sobrecarga de trabalho e muitas vezes pressão de gestores; devemos utilizar essa semana para que cada um reflita sobre sua saúde", enfatiza o secretário geral do SEEB-MT, José Guerra.


Fonte: Seeb MT

Para combater as LER/Dort, é preciso melhorar as condições de trabalho



No dia 28 de fevereiro, é lembrado o Dia Internacional de Conscientização sobre as Lesões por Esforços Repetitivos e Distúrbios Osteo-musculares Relacionados ao Trabalho (LER/Dort). A intenção é difundir as causas e combater a disseminação destas doenças, que estão entre as principais responsáveis por afastamentos do trabalho.

Segundo dados do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS), mais de 45% dos benefícios previdenciários concedidos têm como causa as LER/Dort. Consideradas como questão de saúde pública mundial, tais doenças são símbolo do descaso das empresas no que diz respeito à integridade física e mental de seus funcionários. As lesões são acarretadas por atividades desenvolvidas diariamente no ambiente de trabalho, resultando em dor e sofrimento ao trabalhador, podendo inclusive atingir estágios irreversíveis.

Dentre as categorias mais afetadas estão os bancários, metalúrgicos, digitadores, operadores de linha de montagem, operadores de telemarketing, secretárias e jornalistas. Na categoria bancária, os afastamentos decorrentes das lesões são, em média, de 493 dias contra uma média nacional de 269 dias.

"A maior causa dos problemas de saúde dos bancários está na forma de organização do trabalho imposta pelos bancos, com metas abusivas, pressão constante, jornadas excessivas e condições inadequadas de trabalho. Os trabalhadores precisam ter a possibilidade de discutir estes temas e interferir na definição na organização do trabalho e a Contraf-CUT está lutando para isso", afirma Plínio Pavão, secretário de Saúde do Trabalhador da Contraf-CUT.

Fonte: Contraf-CUT

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Jornal Nacional: duas mortes nesta semana em 'saidinha de banco' em SP



A edição desta quinta-feira, dia 24, do Jornal Nacional, na Rede Globo de Televisão, mostrou reportagem sobre o aumento do número de assaltos do tipo "saidinha de banco" em São Paulo. "Duas pessoas foram assassinadas", afirmou a apresentadora Fátima Bernardes.

As imagens apresentam quatro ocorrências nesta semana, na capital paulista, onde dois clientes foram mortos. Na terça-feira, André Luiz Dantas, de 32 anos, foi assassinado na saída de uma agência do Itaú e nesta quinta-feira o empresário Ali Murad, de 51 anos, que é irmão do deputado estadual Said Mourad (PSC), também perdeu a sua vida. O nome do banco não aparece com nitidez no vídeo.

A reportagem entrevistou somente uma testemunha e a polícia. A Globo perdeu uma boa oportunidade para ouvir representantes dos bancários e dos vigilantes. No final do ano passado, a Contraf-CUT e a CNTV lançaram um modelo de projeto de lei municipal contra a "saidinha de banco", propondo medidas para melhorar a segurança das agências, como a instalação de biombos entre a fila de espera e os caixas e a colocação de divisórias individualizadas entre os caixas, inclusive os eletrônicos.

Além disso, uma nova lei estadual pode obrigar os bancos a colocar divisórias nos caixas (tanto nos eletrônicos quanto nos operados por funcionários), isolando quem faz saques dos outros clientes.

O projeto do deputado Vanderlei Siraque (PT) foi aprovado na terça-feira, dia 22, pela Assembleia Legislativa de São Paulo, e tem por objetivo evitar a ação de olheiros dentro das agências e posteriores roubos nas ruas, chamada de crime da "saidinha" dos bancos. Para virar lei, o projeto depende da sanção do governador Geraldo Alckmin (PSDB).

Assista à reportagem:



Leia a íntegra do texto da reportagem do JN.

Nesta semana, clientes de bancos foram vítimas de quatro assaltos parecidos, em São Paulo. Duas pessoas foram assassinadas.

Do alto do prédio, um funcionário de um escritório registrou o momento seguinte a um assalto na Zona Sul de São Paulo. Os dois homens dominados por seguranças são ladrões, que tentaram roubar uma mulher, mas eles foram baleados por um bombeiro.

"Eles seguiram a mulher, tomaram o envelope dela, e o segurança do supermercado percebeu a ação e derrubou os dois da moto", revela o aposentado Cláudio Martins e Martinês.

A vítima foi uma mulher de 76 anos que havia acabado de descontar um cheque. Como nunca havia sido assaltada, ela saiu despreocupada do banco, atravessou a avenida e foi tomar um lanche. Na calçada, ela foi atacada por dois motoqueiros. Naquele instante, ela cometeu um erro: lutou com um dos bandidos. "A polícia orienta que jamais reaja. Patrimônio a gente recupera depois", orienta o major Marcel Lacerda Soffner, porta-voz da PM.

Esse foi o quarto caso esta semana em São Paulo de um crime registrado como roubo, mas popularmente chamado de "saidinha de banco", todos com violência.

Na terça-feira (22), um homem foi assassinado na porta da agência. A mãe dele sacou R$ 19 mil. Um ladrão que se passava por cliente avisou os comparsas do lado de fora. Eles cercaram o carro e atiraram. A única pista é a imagem das câmeras de uma empresa. Um ladrão fugiu de moto. Outro correu. No mesmo dia, mais um cliente foi baleado quando chegava ao banco para depositar R$ 11 mil.

Nesta quarta-feira (23), um comerciante foi morto na saída desse banco. Os ladrões atiraram e fugiram sem levar nada. Para a polícia, os clientes devem andar com menos dinheiro no bolso.

"Usar toda tecnologia necessária e disponível, fornecida pela instituição bancária aos seus clientes: internet banking, transferência bancária, cartões de crédito, holerites eletrônicos com cartões pra pagamento de funcionário. Tudo isso facilita e evita maiores problemas", aponta o major Marcel Lacerda Soffner.


Fonte: Contraf-CUT com Globo.com

Últimas Notícias

Lotérica e correio poderão vender dólar durante Copa e Olimpíadas

Folha de São Paulo
Juliana Rocha

Preocupado com o aumento do fluxo de turistas ao Brasil na Copa do Mundo de 2014, o governo autorizou as casas lotéricas e as agências do Correios a fazer compra e venda de moeda estrangeira.

Com essa autorização, essas casas poderão trocar dólares por reais e vice-versa. Assim, o número de instituições que podem trabalhar com essa transação irá aumentar no país.

A medida, segundo o Banco Central, tem o objetivo de garantir que a rede de atendimento de câmbio seja suficiente para a demanda de turistas, que deve crescer, principalmente nos eventos esportivos. Mas o serviço também deve ser usado pelo turista brasileiro que pretende viajar ao exterior.

O limite das operações de câmbio nas casas lotéricas e Correios será de US$ 3.000 por operação.

É o mesmo valor máximo para recebimentos ou transferências do exterior.

Correios e lotéricas já estavam autorizados a fazer transferências externas. Um exemplo dessa operação: se um brasileiro que mora no exterior quer enviar dinheiro para uma pessoa no Brasil, a remessa pode ser sacada em uma dessas casas. O mesmo vale para uma pessoa que queira enviar dinheiro a alguém que esteja fora do país.

As agências de turismo que hoje compram e vendem dólares também foram beneficiadas com a ampliação dos serviços. Elas poderão atuar com as transferências ao exterior, o que até ontem não era permitido.
As casas lotéricas e as agências dos Correios não são obrigadas a oferecer os serviços de câmbio. A medida do governo significa apenas uma autorização para essas operações.

A casa que tiver interesse em aderir tem que fazer um contrato com um banco, para ser um correspondente cambial, que é equivalente ao correspondente bancário, mas para transações com moeda estrangeira.
As mudanças foram promovidas pelo CMN (Conselho Monetário Nacional), grupo formado por Banco Central, Ministério da Fazenda e do Planejamento.

CRÉDITO

Outras medidas foram tomadas para ampliar a competição entre os chamados correspondentes bancários. Na hora de oferecer o financiamento, o correspondente terá que apresentar todos os planos de crédito das instituições que representa.

Passou a ser obrigatório que o correspondente tenha publicidade e material de divulgação do banco que representa.

O governo passou a exigir também dos correspondentes que oferecem operações de crédito que tenham funcionários treinados e certificados para atender os clientes. Eles terão de fazer curso e usar crachá de identificação que mostra a capacitação.

Segundo o Banco Central, o Brasil tem 150 mil correspondentes bancários em quase todos os municípios do país.

Medidas do Banco Central elevaram juro do crédito em mais de três pontos

O Estado de S.Paulo
Fabio Graner

As medidas para conter o crédito adotadas pelo Banco Central (BC) no fim do ano passado contribuíram para que a taxa de juros média dos financiamentos para pessoas físicas dessem um salto em janeiro e reduzissem a média das concessões de novos empréstimos nesse segmento.

Em fevereiro, com base em dados parciais, o custo do crédito para as famílias teve pequeno recuo, mas segue bem acima do vigente no ano passado e ainda no maior nível desde outubro de 2009. A média de novos créditos, contudo, retomou a trajetória de crescimento neste mês.

Segundo dados divulgados ontem pelo BC, a taxa de juros média para pessoa física subiu em janeiro para 43,8% ao ano, bem acima dos 40,6% anuais de dezembro. Em fevereiro, até o último dia 11, houve ajuste para baixo em 0,3 ponto porcentual na taxa média para as famílias, mas mesmo assim o juro segue em um patamar significativamente mais alto em comparação com o último ano.

No lado das concessões, a média diária dos empréstimos às famílias caiu 0,7%. Um dos alvos das medidas adotadas pelo BC em dezembro do ano passado, os novos empréstimos para veículos despencaram 27,2% e os para bens de consumo duráveis, 26,8%. O crédito pessoal recuou 1,7% na média de concessão.

Na parcial de fevereiro, contudo, a média diária de novos créditos para pessoa física subiu 3,6%, em comparação com os nove primeiros dias úteis de janeiro. O estoque de crédito livre para pessoa física subiu 2,7% até 11 de fevereiro, em relação ao nono dia útil de fevereiro.

Apesar de os indicadores de concessão e volume em fevereiro mostrarem recuperação da oferta de crédito, o chefe-adjunto do departamento econômico do BC, Tulio Maciel, destacou que a base de comparação (janeiro) é bastante deprimida. Ele também disse que o indicador de concessões tem muita volatilidade e é preciso esperar o fim de fevereiro para se ter ideia mais clara do desempenho do mercado de crédito no mês.

Tendência

Maciel reconheceu que o segmento de veículos tradicionalmente tem desempenho ruim em janeiro, mas disse que o impacto das medidas do BC amplificou a tendência de queda nessa modalidade. O técnico afirmou que, apesar de a sazonalidade afetar negativamente as concessões às pessoas físicas em janeiro, seria "ilógico" acreditar que as ações adotadas não tiveram efeito.

Ele ressaltou que as medidas adotadas em dezembro promoveram uma "mudança permanente" nas condições de crédito à pessoa física, com um novo nível de juros. Maciel destacou que alguns efeitos das iniciativas, como a elevação do prazo médio do crédito, ainda serão capturados ao longo do tempo pelas estatísticas. Em janeiro já se observou uma redução discreta no prazo das operações de crédito para pessoa física.

A economista-chefe da consultoria Rosenberg, Thaís Zara, avaliou que os números do Banco Central mostram que realmente as medidas adotadas surtiram efeito, mas ela considera que o crédito ainda está em um nível acima do desejável, quando se olha a necessidade de esfriar a economia e combater a inflação.

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Juro do cheque especial de janeiro é o maior desde dezembro de 2008



Flávia Furlan Nunes
InfoMoney

SÃO PAULO - Depois de subir pela terceira vez seguida, a taxa de juro do cheque especial atingiu, em janeiro deste ano, o maior patamar desde dezembro de 2008.

Dados da Nota de Política Monetária e Operações de Crédito, divulgada nesta quinta-feira (24) pelo Banco Central, mostraram que, em janeiro, a taxa de juro da modalidade ficou em 8,72% ao mês (172,60% ao ano).

Esta taxa só não é maior do que a de dezembro de 2008, quando aqueles que entravam no cheque especial pagavam uma média de 8,79% ao mês (174,90% ao ano).

É importante lembrar que as taxas desta modalidade variam - e muito - de banco para banco, o que faz com que o gasto com juros seja muito diferente no uso do cheque especial.

Descontrole

Mesmo com os altos juros e havendo outras alternativas disponíveis, uma parcela grande dos brasileiros ainda usa o cheque especial para fechar as contas ao final do mês.

Muitos deles consideram o limite do cheque especial parte de sua renda, o que pode acabar levando ao descontrole e, consequentemente, à inadimplência.

Especialistas salientam que as menores taxas costumam estar disponíveis para clientes de alta renda. Mesmo assim, só se deve recorrer ao cheque especial quando não houver outra saída.

Sindicato do ES barra novas agências do Bradesco sem portas de segurança



O Sindicato dos Bancários do Espírito Santo conseguiu garantir que as novas agências do Bradesco instaladas no Estado tenham porta eletrônica de segurança. O novo layout projetado pelo banco, já implantado em outros estados, exclui o equipamento.

Além de ressaltar a importância da porta para garantir a segurança dos clientes e funcionários, outro argumento apresentado pelo Sindicato nos contatos com o Bradesco foi a Lei Estadual nº5229, que obriga todos os bancos a instalarem a porta com detector de metais e vidros laminados.

A agência do Bradesco em Cachoeiro de Itapemirim chegou a ser inaugurada sem o equipamento, mas o Sindicato entrou em contato com a direção nacional do banco, em São Paulo, e reverteu a situação. O banco também garantiu que a agência de Jardim Camburi, que já está em funcionamento, ganhará porta de segurança nos próximos dias. As demais agências, ainda que passem por reformas no seu layout, terão o equipamento.

O projeto do Bradesco deixa clientes e funcionários expostos a risco de assaltos. "A porta eletrônica é indispensável, pois inibe assaltos ao dificultar a entrada de pessoas com armas", afirma Douglas Garcia dos Reis, diretor do Sindicato e funcionário do banco. Ele lembra, no entanto, que não basta ter a porta, mas fazer a manutenção periódica do equipamento. "É fundamental que as portas estejam funcionando corretamente", afirmou.


Fonte: Seeb ES

Brasil cria 152.091 vagas em janeiro, segundo melhor resultado para o mês



Reuters

A economia brasileira criou 152.091 postos de trabalho com carteira assinada em janeiro, informou o Ministério do Trabalho nesta quinta-feira. Os números fazem parte do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).

É o segundo maior resultado para um mês de janeiro desde o início da série histórica iniciada em 1995, perdendo apenas para o ano passado, quando foram gerados 181.419 postos.

O setor de serviços liderou a abertura de vagas no mês passado, com 73.231 empregos. Indústria de transformação criou 53.207 vagas e construção civil abriu 33.358 vagas. No comércio, houve o fechamento de 18.130 postos formais.

Na série ajustada, o montante de empregos gerados atingiu 2.467.372 no acumulado dos últimos 12 meses.

Mais cedo, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que a taxa de desemprego em janeiro ficou em 6,1 por cento, pouco acima da previsão de 6,0 por cento feita por analistas.
(Reportagem de Leonardo Goy)

Fusão que envolve BB e Previ dá origem a superelétrica brasileira



Folha de São Paulo
Leonardo Souza e Leila Coimbra

A construtora Camargo Corrêa chegou a um acordo com a Previ e o Banco do Brasil para fundir a CPFL com a Neoenergia, o que representa o primeiro passo concreto para a formação da superelétrica nacional na área de distribuição de energia.
Os termos da união entre as duas empresas só não foram concluídos porque a espanhola Iberdrola, acionista e operadora da Neoenergia, não aceitou que a empreiteira consolide sob o seu comando a cadeia de controle da nova companhia. A construtora dirige a CPFL.

Entre o final do ano passado e janeiro deste ano, as quatro partes tiveram três reuniões. Diante do impasse com os espanhóis, ficou acertado um encontro nas próximas semanas para que tanto a Camargo Corrêa quanto a Iberdrola apresentem novas condições para tentar chegar a um acordo.

Juntas, Neoenergia e CPFL atendem a mais de 15 milhões de unidades consumidoras (cerca de um quarto de todo o mercado do país por esse critério), atingindo mais de 1.300 municípios em sete Estados, fora empreendimentos em geração.

Com o aval do Planalto, a Previ (fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil) e o BB já fecharam apoio à construtora.

O modelo será a troca de ações entre a Neoenergia e a CPFL -sob a qual deverá ser consolidada toda a operação (uma vez contornado o problema com os espanhóis).

Na Neoenergia, a Previ tem 49% de todo o capital, fora 12% do Banco do Brasil de Investimentos. Na CPFL, o fundo de pensão dos funcionários do banco tem 31% do capital votante. Previ e BB aceitaram ser sócios capitalistas da nova empresa.

Conforme a Folha antecipou em janeiro do ano passado, o governo Lula apoiou os planos da Camargo Corrêa de se tornar a maior distribuidora de energia do país. A presidente Dilma Rousseff manteve o projeto.

A união da CPFL com a Neoenergia seria a primeira etapa. Num segundo momento, o BNDES financiaria a nova companhia a comprar outra distribuidora, provavelmente a AES, que opera em SP e no RS.
Até meados do ano passado, a Iberdrola não era um problema para a fusão das empresas. Com a crise financeira internacional, os espanhóis passaram o ano de 2009 descapitalizados. No final de 2010, aparentemente se recuperaram.

Pelo acordo de acionistas da Neoenergia, a Iberdrola tem a preferência na compra da participação da Previ e do BB. Antes de trocar ações com a CPFL, o fundo de pensão e o banco teriam que oferecer seus papéis aos espanhóis.

Na última reunião entre as partes, realizada no mês passado, os executivos da Iberdrola disseram que, se a Camargo Corrêa insistisse no formato de assumir sozinha o comando da nova companhia, eles exerceriam a cláusula de preferência, inviabilizando a fusão.

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Indenização a gerente sem mesa e computador TRT de Minas considerou que atitude do banco era assédio moral e determinou pagamento de R$ 26,3 mil ao ba


São Paulo – A Turma Recursal de Juiz de Fora (MG) reconheceu o direito a uma indenização de R$ 26.373,90 a um gerente que trabalhava em condições precárias. O valor é equivalente à soma dos salários mensais do bancário durante o tempo que trabalhou naquela situação. A empresa ainda pode recorrer.

O gerente contou que desde sua transferência para a agência de Juiz de Fora era obrigado a trabalhar sem mesa nem computador. E, apesar de não ter as mínimas condições necessárias para realizar suas tarefas, era cobrado pelo cumprimento de metas tanto quanto os outros gerentes, que tinham suas estações de trabalho. O ex-gerente trabalhou assim por mais de um ano.

O bancário disse ainda que para cumprir pelo menos parte de suas tarefas tinha de usar as mesas dos colegas quando eles estavam no intervalo ou de férias. Isso foi confirmado pela testemunha do bancário que disse que todos os gerentes e subgerentes da agência possuíam mesa própria, com exceção do reclamante.

Por não ter condições de trabalho, o funcionário perdeu vários negócios e teve a remuneração diminuída.

Bilhete ofensivo de superior gera indenização a bancária do extinto Real



Ofendida com o recebimento de um bilhete agressivo escrito por um colega de trabalho que exercia função hierarquicamente superior a sua, uma empregada do Banco ABN Amro Real S. A. reclamou seus direitos na Justiça e ganhou indenização por danos morais no valor de R$ 16 mil. A condenação foi decidida na Sexta Turma do Tribunal Superior do Trabalho, ao reformar decisão regional desfavorável à empregada.

O caso chegou ao TST por meio de recurso em que a bancária se insurgiu contra decisão do Tribunal Regional da 15ª Região (Campinas-SP) que lhe tirou o direito à indenização deferida na sentença do primeiro grau. O juízo havia entendido que uma vez que o bilhete ofensivo foi mesmo redigido pelo autor apontado no caso, como atestado por laudo pericial, a empregada tinha direito à reparação pelo dano moral causado.

Ao examinar o recurso do banco contra a sentença, o Regional avaliou que não havia comprovação da culpa empresarial no caso, nem que havia nexo de causalidade entre o ato denunciado e o dano alegado pela empregada. Ainda segundo o entendimento do TRT, a honra pessoal da bancária não foi violada com exposição pública a situação vexatória e desrespeitosa que poderia configurar dano moral a ser reparado.

Em recurso ao TST, a empregada sustentou que a comprovação da existência do bilhete redigido pelo seu superior hierárquico era motivo suficiente para se comprovar ofensa moral à sua honra. O relator do recurso na Sexta Turma, ministro Augusto César Leite de Carvalho, concordou com ela e avaliou que a decisão regional violava mesmo o inciso X do artigo 5º da Constituição Federal de 1988, que trata da inviolabilidade à intimidade, honra e imagem das pessoas.

O relator explicou que o dano moral não se refere aos prejuízos relativos ao patrimônio financeiro e econômico da pessoa, mas aos que atingem os "bens de caráter imaterial ligados ao sentimento interior do indivíduo para com ele mesmo e para com a sociedade, tais como a integridade física, a saúde, a correção estética, a liberdade, a reputação".

Entre outros sentimentos, "a ofensa objetiva desses bens imateriais tem um reflexo subjetivo na vítima traduzido em dor, sofrimento, espanto, frustração, aflição", informou o ministro.

Por fim, o relator concluiu que bilhetes como esse "geram um enfraquecimento emocional à empregada que, na relação de emprego, busca não apenas a contraprestação pelos serviços prestados, mas também o reconhecimento pelo seu trabalho e o respeito a sua dignidade como pessoa".

Seu voto foi aprovado por unanimidade na Sexta Turma. (RR-128640-75.2003.5.15.0033)


Fonte: TST

Lucros de oito grandes bancos crescem 28% em 2010 e chegam a R$ 44,7 bi



O Estado de S.Paulo
Roberta Scrivano

Os grandes bancos brasileiros (Banco do Brasil, Itaú Unibanco, Bradesco, Caixa, Santander, Safra, Banrisul e BNB) lucraram R$ 44,7 bilhões no ano passado. O volume é 28,1% maior que o resultado das instituições em 2009, quando obtiveram lucro líquido de R$ 39,4 bilhões. Os dados são de levantamento preparado pela Austin Rating.

Luís Miguel Santacreu, analista da Austin Rating, explica que os bons resultados do ano passado ocorreram sobretudo pelo aumento nas carteiras de crédito e pela diminuição do saldo de provisão dos bancos (ou seja, dinheiro que reservam para cobrir perdas com calote). "A combinação desses dois fatores contribuiu fortemente para os resultados dos bancos", avalia Santacreu.

Outro fator que colabora historicamente para os bons resultados dos bancos, diz Fabio Gallo, professor de finanças da Fundação Getúlio Vargas (FGV), são as tarifas cobradas pelas instituições nos produtos oferecidos aos clientes. "Não é só o crédito, embora o peso seja realmente grande para os bons resultados", comentou Gallo.

O analista da Austin Rating concorda com o comentário do professor Gallo. "As receitas de serviços dos bancos também cresceram no ano passado. Isso mostra que há um portfólio de produtos diversificados, fato que colabora com o aumento do lucro", completou.

Santacreu salientou que as medidas tomadas pelo governo no fim do ano para reduzir o volume de crédito de longo prazo à pessoa física não impactaram os dados de 2010. "Justamente porque foram no fim do ano e os números de 2010 já estavam garantidos", comenta.
Em 2010, o melhor resultado foi obtido pelo Itaú Unibanco (R$ 13,3 bilhões). No ano anterior, o banco havia ficado em segundo lugar no ranking de melhores lucros líquidos (com R$ 10 bilhões). O Banco do Brasil, que liderava a listagem em 2009 (lucro de R$ 10,1 bi), passou para o segundo lugar neste ano, com ganho de R$ 11,7 bilhões.

O Bradesco manteve-se na terceira posição, com lucro de R$ 10 bilhões em 2010 e R$ 8 bilhões em 2009 (ver mais na tabela acima).
Futuro. O crédito foi o carro-chefe do ano passado, afirmam especialistas em finanças. Com as medidas governamentais para conter o volume de empréstimos, no entanto, a tendência é de que o volume de concessão de crédito desacelere no decorrer de 2011, fato que pode impactar no resultado dos bancos.

"Os dados dos bancos relativos ao primeiro trimestre deste ano mostram que 2011 será diferente do ano passado", considera Santacreu. Ele esclarece que acredita que as carteiras de crédito continuarão crescendo, mas de forma menos robusta.

Projetar de quanto será o crescimento dos bancos é tarefa impossível, diz o analista da Austin. "É muito cedo para dizer o que vai ocorrer com o resultado das instituições", comenta.
Gallo concorda. "Há diversos fatores macroeconômicos que podem impactar nos bancos", comenta.

Evolução da taxa básica de juros (Selic) e inflação são as duas principais variáveis a serem observadas antes de tentar prever o que ocorrerá com os bancos. "Eles continuarão crescendo, óbvio. Mas creio que, neste ano, o ritmo será mais lento que o do ano passado", estima o professor da FGV.

Mesmo com lucros recordes, bancos projetam aumentar spread em 2011



Valor Econômico
Aline Lima

Começa a ser delineada no panorama do sistema bancário nacional uma retomada da trajetória de alta do spread - a diferença entre o custo de captação dos bancos e o juro cobrado do cliente-, após o achatamento verificado em 2010. Bancos de varejo projetam um crescimento das margens financeiras neste ano em ritmo superior à expansão das carteiras de crédito, indicando aumento de juro para o consumidor final.

As captações dos bancos começaram a ficar mais caras em dezembro com o aumento do compulsório sobre os depósitos à vista e maior requerimento de capital para financiamentos de longo prazo a pessoas físicas. Soma-se a isso, no sentido de encarecer o funding e reduzir a oferta de financiamentos em relação a 2010, o ciclo de aperto monetário que se iniciou em janeiro. Tal desempenho mais fraco tende a ser compensado pelos bancos com aumento dos spreads para recompor receitas.

No Bradesco a tendência fica mais clara. O banco estima um aumento da margem financeira de juro entre 18% e 22%, em 2011, ante uma expansão do crédito de 15% a 19%. "Lemos isso como sinal de confiança que maiores spreads irão neutralizar a expansão menor do crédito, assim como no caso de seus pares", afirmam em relatório os analistas Roberto Attuch e Fabio Zagatti, do Barclays.

Domingos Figueiredo de Abreu, vice-presidente executivo do Bradesco, já enxerga esse movimento de recomposição de spread nas linhas de financiamento para veículos. "O mercado todo está repondo, o que nos permite fazer isso também", disse, em teleconferência a analistas. O reajuste foi pequeno em dezembro, segundo Abreu. "O banco está gerando novas operações com mais spread, mas isso acaba não se refletindo totalmente no curto prazo. O benefício vai vir mais para frente."

O último relatório de crédito do BC, referente a dezembro, já apontava nessa direção. Naquele mês, o spread geral havia recuado 0,1%, mas no crédito a pessoa física houve aumento de 1,2%.

O Banco do Brasil (BB), que parece mais otimista com o desempenho do crédito em 2011, prevê expansão da carteira entre 17% e 20%, e para a margem financeira bruta, aumento de 16% a 20%. Em 2010, a margem financeira cresceu 9,7% nos doze meses encerrados em dezembro, acompanhando basicamente a expansão da carteira e das aplicações em títulos e valores mobiliários. Mas o spread global caiu, nesse período, de 6,7% para 6,3%. Além das alterações no compulsório, a consolidação do Banco Votorantim, que não possui uma base de depósitos de varejo de baixo custo, limitaram o desempenho. É provável, pelas projeções, que o BB recomponha esse spread.

No Itaú Unibanco, a margem financeira das operações sensíveis a spreads realizadas com clientes atingiu R$ 9,3 bilhões no último trimestre do ano, incremento de 6,2% em relação ao terceiro trimestre. O diretor corporativo de controladoria Rogério Calderon diz que o spread cobrado pelo banco já subiu em algumas linhas em dezembro. "A tesouraria embute de imediato a curva de juro futuro no estoque", explica. "E a velocidade na qual o aumento de custo é repassado ao tomador de crédito é maior do que a de repasse da elevação da taxa de juro, por exemplo, para o depositante."

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Retomada das negociações permanentes com a Caixa adiada para 1º de março



A retomada das negociações permanentes entre a Contraf-CUT e a direção da Caixa, que estava prevista para esta sexta-feira 25, foi adiada para o dia 1º de março, por solicitação da empresa. A reunião será realizada em Brasília, às 14h30. É o mesmo dia em que a Caixa depositará a PLR dos empregados.

Na pauta das negociações permanentes estão as pendências do Plano de Funções Gratificadas (PFG), o processo de avaliação por merecimento no âmbito do Plano de Cargos e Salários (PCS) e questões relativas à Comissão de Conciliação Voluntária (CCV).

"A retomada das negociações permanentes é importante porque precisamos solucionar esses diversos assuntos que estão pendentes antes da campanha nacional deste ano e também porque achamos necessário valorizar esse fórum de discussão", afirma Jair Pedro Ferreira, coordenador da Comissão Executiva dos Empregados da Caixa (CEE Caixa), que assessora a Contraf-CUT nas negociações.


Fonte: Contraf-CUT

Bradesco perto de comprar 49% do banco do Carrefour no País



O Estado de S.Paulo
Altamiro Silva Junior

O Bradesco está perto de comprar uma fatia no Carrefour Soluções Financeiras (CSF), o banco da rede francesa no Brasil, segundo duas fontes próximas às negociações. Além do Bradesco, Itaú, Santander e Banco do Brasil se interessaram pela aquisição de 49% do banco e visitaram o data room (centro de informações) em São Paulo. A melhor proposta até o momento foi a do Bradesco, de acordo com as fontes.

As negociações para a compra de uma fatia do CSF são feitas na sede da rede varejista, em São Paulo. Ao contrário do Banco Panamericano, que precisou de solução rápida e foi vendido ao BTG Pactual, os ativos financeiros do Carrefour estão em bom estado e, por isso, a rede negocia de forma discreta. Quem está cuidando da operação é a própria matriz, na França.

Embora o balanço da CSF não seja preocupante, a operação brasileira do Carrefour passa por problemas após a descoberta de um rombo contábil de R$ 1,2 bilhão que levou à troca de executivos do alto escalão. A venda de uma fatia no banco seria uma forma de alavancar as operações financeiras da rede no Brasil. Cerca de 40% das vendas são pagas com os cartões da rede.

O CSF tem ativos de R$ 5,9 bilhões e carteira de crédito de R$ 4,7 bilhões, segundo dados do Banco Central. O patrimônio líquido soma R$ 557 milhões.

Possibilidades

Além de cuidar de uma base de 10 milhões de cartões (incluindo plásticos com bandeira Visa e Mastercard e um cartão próprio da rede), os bancos estão interessados na possibilidade de usar com exclusividade as lojas para oferecer produtos financeiros, como seguros e financiamentos.

Por isso, além das negociações de compra de uma fatia no banco, também está na mesa o acesso aos clientes da rede com exclusividade por vários anos. Só a compra das ações da CSF é estimada em cerca de R$ 550 milhões. Procurados pela Agência Estado, Carrefour e os bancos citados não se pronunciaram.

Uma das fontes ouvidas lembra que o interesse do Bradesco pelos ativos está no fato de o banco ainda não oferecer seus produtos em uma rede de supermercados. O Itaú Unibanco tem uma financeira em conjunto com o Pão de Açúcar e cuida dos cartões Hipercard, oferecidos com exclusividade pelo Walmart.

A Cetelem, financeira que pertence ao banco francês BNP Paribas, era parceira do Carrefour no Brasil desde 1999, quando comprou uma fatia de 40% da administradora de cartões da rede de supermercados. A financeira, porém, tinha somente a participação acionária e não explorava a rede do Carrefour.

Em 2009, a Cetelem começou a reavaliar sua operação no País por causa de resultados aquém do esperado e resolveu desfazer a sociedade com o Carrefour, repassando as ações para a gigante do varejo - processo que deu origem à atual negociação.

Com lucro recorde de R$ 13,3 bi, Itaú Unibanco paga dia 1º PLR cheia e PCR



O Itaú Unibanco pagará pelo teto tanto a regra básica quanto a adicional da Participação nos Lucros e Resultados (PLR). A informação foi passada à Contraf-CUT pela direção da empresa nesta terça-feira, 22, mesma data em que o banco divulgou balanço com lucro de R$ 13,3 bilhões, recorde absoluto do sistema financeiro nacional.

O lucro do banco em 2010 representou um aumento de 32,3% em relação a 2009. Trata-se do maior lucro da história de todos os bancos do país, superando o recorde do Banco de Brasil, que teve lucro de R$ 11,7 bilhões, em 2010. Em 2009, o recorde também havia sido do BB, com ganhos de R$ 10,15 bilhões.

"Com a lucratividade estrondosa que obteve, o banco tem condições de pagar até mais do que a regra total da PLR", afirma Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT e funcionário do Itaú Unibanco.

Conforme havia anunciado nesta segunda-feira, o banco fará o pagamento em 1º de março. Cada bancário receberá o total da regra básica e do adicional, deduzindo-se a primeira parcela que foi paga em outubro do ano passado. Confira:

- Regra básica da PLR: 2,2 salários de cada empregado com teto de R$ 15.798,20 descontando-se o adiantamento de 54% do salário mais R$ 660,48, com teto de R$ 4.308,60;

- Parcela adicional da PLR: 2% do lucro líquido distribuídos linearmente, no teto de R$ 2.400, descontando-se o adiantamento de 2% do lucro do 1° semestre, no teto de R$ 1.200.

Na mesma data, o banco pagará também a antecipação da Participação Complementar nos Resultados (PCR) referente a 2011, no valor de R$ 1.600. "A PCR atende a duas reivindicações dos bancários sobre os programa de remuneração dos bancos, pois não é compensada na PLR e em nenhum outro programa do banco e por se tratar de um valor distribuído linearmente para todos os funcionários", afirma Wanderley Crivellari, um dos coordenadores da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Itaú Unibanco. Esse valor poderá ser complementado posteriormente, de acordo com os resultados que a empresa alcançar no exercício de 2011, que serão apurados no início de 2012.

Condições de trabalho

"Esse lucro não pode ser dissociado das intensas pressões sofridas cotidianamente pelos funcionários do banco. A cobrança pelo cumprimento de metas absurdas estabelecidas pela empresa sem qualquer discussão com os bancários, que conhecem a realidade de cada agência, causa grande sofrimento psicológico aos trabalhadores. Não é à toa que as doenças psíquicas ultrapassaram as LER/Dort como principal causa de afastamento entre os bancários", afirma Jair Alves, um dos coordenadores da COE Itaú Unibanco.

Para a diretora da Contraf-CUT, Márcia Basqueira, o maior problema do Agir está na elaboração das metas. "Essa é a maior reclamação dos funcionários. Você não vê lógica no estabelecimento de metas. A meta de uma determinada agência pode aumentar 300% de um mês para o outro em áreas que já estão saturadas, que não têm esse volume de recursos disponíveis. São metas infundadas, intangíveis e irreais", explica.

Segundo ela, os funcionários não discutem o estabelecimento de metas em si, mas a falta de lógica nesse processo. "O mercado vive de metas em vários setores, mas elas precisam ser tangíveis, reais. O banco pressiona seus funcionários a estudarem economia, administração, e eles aprendem a fazer projeção de mercado, mas na prática isso não é aplicado", sustenta.

Jair lembra que essa situação está ligada diretamente ao modo como o programa Agir está implementado dentro da empresa. "O Agir suga os funcionários. O trabalhador dorme pensando em vender. Precisamos rediscutir esse programa como banco, encontrando mecanismos para diminuir a pressão e para o estabelecimento de metas compatíveis com a realidade das agências", defende.

Fonte: Contraf-CUT

Cliente é morto em tentativa de assalto ao sair do Itaú em São Paulo

Um homem de 37 anos morreu nesta segunda-feira, dia 21, ao ser atingido por três disparos em uma tentativa de assalto na saída de uma agência bancária na zona leste da capital paulista. De acordo com as primeiras informações da polícia, ele teria sacado R$ 19 mil no Itaú. Uma mulher de 42 anos que estava com a vítima foi baleada na perna e levada à Santa Casa.

Segundo a polícia, o crime, conhecido como "saidinha de banco", aconteceu por volta das 11h50, na avenida Celso Garcia. Testemunhas relataram à polícia que um dos suspeitos ameaçou populares com uma pistola antes de deixar o local sem levar o dinheiro.

Ainda não há informações de quantos criminosos participaram da ação e ninguém foi preso. O caso é investigado pelo 52° DP (Parque São Jorge).

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Sindicato de Brasília conquista nova vitória na luta pela jornada de 6 horas no BB



Mais uma vitória do Sindicato de Brasília na luta pelo cumprimento da jornada de 6 horas no Banco do Brasil. A 2ª Turma do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) de Brasília manteve nesta quarta-feira 16 a condenação do BB que fixa em 6 horas diárias a jornada de trabalho dos Assistentes A em Unidades de Negócios (antigos Asnegs) do banco.

O Tribunal entendeu que havia homogeneidade de situação quanto às atribuições dos assistentes de negócio e que elas não configuram função de confiança, de modo que têm que ser enquadrados na jornada de 6 horas. A sentença anterior, favorável ao Sindicato, foi mantida na íntegra.

Em junho do ano passado, a juíza Nara Cinda Álvares Borges, da 2ª Vara do Trabalho de Brasília, havia determinado ao BB o enquadramento dentro dessa jornada de trabalho, sem redução salarial, dos assistentes de negócios. Pela decisão, esses bancários, uma vez que auxiliam os gerentes mas são indevidamente fixados pelo BB numa carga diária de 8 horas, não podem ser considerados empregados de confiança.

"Vamos seguir na luta, em várias frentes, para que os bancos cumpram a jornada de 6 horas, como determina a legislação. No campo político, por exemplo, o Sindicato fará manifestações em todo o DF para mobilizar os bancários e dar visibilidade à luta. Já no campo judicial, daremos continuidade ao trabalho de ingresso de ações coletivas", adiantou o secretário de Assuntos Jurídicos do Sindicato, Rafael Zanon.

O Sindicato aguarda agora a publicação do acórdão para saber se o Banco do Brasil recorrerá, mais uma vez, da decisão. O número do processo é 0001050-42.2009.5.10.0002 (2ª Vara do Trabalho).


Fonte: Renato Alves - Seeb Brasília

Manifestação paralisa Casa 1 e cobra reunião prometida sobre SantanderPrevi



Mobilização dos bancários na quinta-feira, dia 17, em São Paulo

No dia 2 de fevereiro, o Santander respondeu a carta enviada 12 dias antes pela Contraf-CUT, entidades sindicais e Afubesp, exigindo o cancelamento das eleições antidemocráticas colocadas em marcha pelo banco para os conselhos do SantanderPrevi. Na resposta, o Santander afirmava que marcaria uma reunião com os trabalhadores dentro de uma semana para tratar do assunto.

Clique aqui para ler a resposta do banco sobre o SantanderPrevi.

Passaram-se mais de duas semanas e nada. Em protesto por mais uma promessa não cumprida pela direção do banco espanhol, o Sindicato dos Bancários de São Paulo fez uma manifestação na manhã de quinta-feira, dia 17, em frente ao Casa 1, atrasando até as 10h a abertura da concentração.

Clique aqui para ver a galeria de fotos da manifestação em frente ao Casa 1

"Os absurdos que envolvem o SantanderPrevi foram o mote principal, mas a lista de problemas que enfrentamos vai muito além, e grande parte delas está ligada ao fato de o Santander não aplicar seu discurso na prática", afirmou o diretor do Sindicato e Coordenador da Comissão de Organização dos Empregados (COE), Marcelo Sá.

Entre os problemas mais graves estão a questão da compensação de horas, que, além de serem feitas sem o aval dos sindicatos, são realizadas sem respeito à vontade dos bancários, e a pressão por metas, que atinge até mesmo os caixas das agências.

"O Santander precisa contratar mais funcionários para desafogar principalmente as agências. O Brasil é o maior mercado do banco espanhol, responde por 25% do lucro mundial. Já chegou a hora de o Santander retribuir com mais geração de empregos no Brasil", afirma Sá.

Boas vindas a Portela

Os bancários aderiram e participaram do protesto, elogiando a iniciativa. Também foi lembrado durante o ato o pagamento da PLR, que será antecipado para esta sexta 18 atendendo a reivindicação do Sindicato.

"Ainda existe uma diferença muito grande entre os valores milionários pagos aos altos executivos nos bônus e a PLR paga aos bancários. Esse abismo precisa ser reduzido, disse o diretor do Sindicato Roberto Paulino, que também participou do protesto.

"Podemos dizer que foi um ato de 'boas vindas' ao novo presidente do banco, o espanhol Marciel Portela, para que fique claro para ele que os bancários vivem um inferno no Santander e que é necessária uma mudança de rumo. O Santander fala muito em 'construir juntos a melhor empresa para se trabalhar'. Todos queremos isso, mas é preciso que antes o banco alie discurso e prática e dê realmente espaço para o trabalhador e respeite seus funcionários", completa.


Fonte: Seeb São Paulo

Governo federal tem projeto para mudar a caderneta de poupança



O Globo
Martha Beck

BRASÍLIA - Apesar do armamento pesado usado pela equipe econômica para segurar a inflação - como a alta dos juros e um corte recorde de R$ 50 bilhões no Orçamento - a equipe econômica continua preocupada e tem na mira um fantasma que ainda ronda o país: a indexação. Como mostra reportagem de Martha Beck, publicada pelo GLOBO neste domingo, o primeiro passo para tentar acabar com esse problema será enviar ao Congresso Nacional ainda este ano uma proposta que modifica a remuneração da caderneta de poupança, fixada hoje em Taxa Referencial (TR) mais 6%.

O assunto, no entanto, é polêmico. Tanto que, em 2009, quando os juros estavam em 10,25% ao ano, com possibilidade de baixarem para um dígito, o governo ficou preocupado e apresentou uma proposta que previa a cobrança de Imposto de Renda (IR) para depósitos acima de R$ 50 mil. O temor era de que, num cenário de juros baixos, os investidores deixassem fundos de renda fixa para colocar seu dinheiro numa remuneração garantida, o que poderia provocar um desequilíbrio no mercado.

A ideia provocou alvoroço e a equipe econômica foi acusada de tentar prejudicar os pequenos poupadores. Com a volta das pressões inflacionárias e da alta de juros, o assunto acabou sendo deixado de lado temporariamente.

Mesmo assim, a ideia dos técnicos é tratar da remuneração da poupança ainda em 2011 para que o assunto seja amplamente discutido pela sociedade e tenha chances de avançar antes do fim do mandato da presidente Dilma Rousseff. O objetivo é dar condições ao Banco Central para reduzir juros, permitindo à economia crescer em patamares mais elevados sem ter que se preocupar com esse tipo de entrave.

A nova fórmula para a correção ainda está em estudo, mas a ideia é que ela varie de acordo com a flutuação das taxas de juros. A ideia de 2009 de cobrar IR sobre depósitos mais elevados era apenas emergencial, num momento em que não havia espaço para tratar da remuneração de fato.

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Bradesco aumenta em 47% remuneração de diretores e conselheiros


Por Fernando Torres

Um ano depois de ter se tornado obrigatória a divulgação de detalhes sobre a remuneração de administradores de companhias abertas, o Bradesco decidiu elevar em 47%, para R$ 500 milhões, o montante máximo que irá usar para remunerar seus 83 diretores e 7 conselheiros de administração.

A informação consta da proposta apresentada pela administração e que será votada em assembleia de acionistas no dia 10 de março. Em 2010, a verba total destinada para o pagamento desses executivos foi de R$ 340 milhões e já era a maior entre as empresas listadas na BM&FBovespa.

Em relação a essa liderança, é importante destacar que o banco com sede em Osasco tem 83 diretores estatutários, bem mais que os 16 do Itaú Unibanco e 48 do Santander, seus principais concorrentes privados, o que ajuda a explicar a diferença. O número de conselheiros é parecido

Na comparação per capita, o Itaú encabeça com folga a lista de pagamentos de diretores das instituições financeiras de capital aberto, com pagamento próximo de R$ 8 milhões por cabeça em 2009 e previsão de R$ 11 milhões no ano passado.

No caso do Bradesco, os 83 diretores terão direito a no máximo R$ 400 milhões em 2011, com média de R$ 4,8 milhões, enquanto os sete conselheiros em conjunto receberão o teto de R$ 100 milhões, ou cerca de R$ 14 milhões. Em 2010, a diretoria teve direito a R$ 276 milhões o conselho, a R$ 64 milhões.

Mantendo a prática usada no ano passado, o Bradesco destinará R$ 250 milhões para pagamento de honorários e gratificações e a outra metade para contribuições para o plano de previdência de diretores e conselheiros.

Uma diferença, no entanto, é que vai aumentar o peso da remuneração variável. Dentro dos primeiros R$ 250 milhões, R$ 125 milhões foram classificados como referentes a possíveis bônus, sendo a parcela fixa igualmente de R$ 125 milhões. Em relação ao total de R$ 500 milhões, a fatia variável fica em 25%.

Em 2010, dos R$ 170 milhões que não eram para planos de aposentadoria, cerca de R$ 64 milhões foram pagos na forma de gratificações, ante previsão anunciada de R$ 60 milhões. Nesse caso, o peso da parcela variável efetivamente paga ante o total foi de 19%.

Por meio de nota, o Bradesco informou que a aprovação do valor total de R$ 500 milhões em assembleia "não significa que o valor será totalmente utilizado". Além disso, o banco destacou que a proposta de remuneração anterior, de R$ 170 milhões em salários e gratificações, "encontrava-se com seu valor inalterado desde a assembleia geral ordinária de 2006, ou seja, por cinco exercícios consecutivos".O Bradesco acrescentou que o comitê de remuneração da instituição "avaliará, permanentemente, a performance e o cumprimento dos objet ivos e do orçamento do banco, com o propósit o de verificar se os resultados justificam distribuições das verbas até os limites propostos".

Pelo que os dados apresentados mostram em relação a 2010, é possível inferir que os objetivos foram alcançados, já que a parcela variável prevista de R$ 60 milhões foi totalmente usada e ainda houve um adicional de R$ 4 milhões.

Em 2009, embora também estivesse prevista a possibilidade de pagamento de bônus de R$ 58 milhões, apenas R$ 252 mil tinham sido pagos como gratificação, a um único funcionário.

Ainda que já tenha feito algumas mudanças na estratégia de remuneração neste ano, o Bradesco terá que se preparar para uma mudança ainda mais radical a partir do ano que vem.

Conforme a Resolução nº 3.921 do Conselho Monetário Nacional, os bancos que pagarem remuneração variável a seus diretores e conselheiros de administração deverão fazer pelo menos metade desses pagamentos em ações ou instrumentos baseados em ações - prática não usada atualmente pelo Bradesco.

A justificativa do Banco Central é que esse tipo de remuneração é compatível "com a criação de valor a longo prazo e com o horizonte de tempo do risco". Ainda segundo a norma, uma fatia de pelo menos 40% deve ser diferida - com percentual crescente conforme o nível de responsabilidade do administrador. O prazo mínimo para pagamento dessa última parcela é de três anos, conforme a resolução. No caso de queda expressiva nos lucros nos anos seguintes, as parcelas ainda não pagas poderão ser revertidas proporcionalmente.

Questionado sobre a adequação a essa nova norma, o Bradesco informou que "vem avaliando o assunto internamente, de modo a atender a todas as exigências do órgão regulador".

Fonte: Valor Econômico

Bancários discutem jornada de 6h, PCR, assédio moral, Previ e Sesmt com o BB



Crédito: Aguinaldo Azvedo
Aguinaldo Azvedo Por mais de três horas, a Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEE), coordenada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), negociou com a direção do banco uma pauta extremamente importante ao funcionalismo.

Durante a reunião, iniciada às 10h desta sexta-feira (18), o movimento sindical fez denúncia da ocorrência de uma prática coletiva de assédio moral nas dependências, cobrou a assinatura do acordo aditivo de combate ao assédio moral, apresentou propostas para negociação de revisão do Plano Previ Futuro e reivindicou a retomada da mesa de negociação do plano 1, e cobrou a implantação da carreira de mérito. Os trabalhadores também solicitaram ao BB que aprove mudança em seu estatuto para incluir um representante dos bancários no Conselho de Administração da instituição financeira.

Em relação ao Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho (Sesmt), os representantes dos trabalhadores voltaram a cobrar o concurso para completar o quadro de pessoal não preenchido com o processo de seleção interna. O negociador do banco José Roberto reconheceu que houve atraso no edital para a abertura do certame.

"Essa situação não pode se estender por mais tempo. A chamada Carreira Sesmt trará importantes melhorias para a saúde e segurança do conjunto do funcionalismo, uma vez que implanta serviços que garantem condições seguras de trabalho", afirma Eduardo Araújo, coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB e diretor do Sindicato.

Ao reivindicar mudanças no Previ Futuro, a CEE cobrou o resgate da parte 1 (contribuição para o benefício de risco) e das contribuições patronais, além da diminuição da parcela Previ. "Os funcionários pos-98 também precisam dessas mudanças justas e necessárias para aprimorar o plano Previ Futuro", observa Rafael Zanon, representante da Federação dos Trabalhadores em Empresas de Crédito do Centro Norte (Fetec-CN) na CEE e diretor do Sindicato. O banco ficou de agendar uma negociação específica para tratar apenas do Previ Futuro.

A CEE solicitou mudança no estatuto do BB para contemplar a eleição do representante dos funcionários no Conselho de Administração do banco. A reivindicação está de acordo com projeto de lei sancionado pelo então presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, que autoriza a inclusão dos trabalhadores nos conselhos de administração. Em resposta, o BB disse que aguarda a regulamentação do Departamento de Coordenação e Controle das Empresas Estatais (Dest) sobre o tema.

Carreira de mérito

O Plano de Carreiras e Remuneração (PCR) foi um dos assuntos abordados entre os representantes dos bancários e do BB. O negociador do banco informou que o BB vai cumprir o prazo e viabilizar a carreira de mérito até o final de março. Na folha de abril, segundo José Roberto, serão disponibilizados os reflexos. "Esperamos que o banco cumpra até 31 de março o que foi acordado durante a campanha nacional. E, assim, restabeleça a confiança da mesa de negociação, arranhada com o atraso na implantação do plano odontológico", avisa Eduardo Araújo.

Ainda sobre o PCR, o negociador ressaltou que a pontuação por cargo será apresentada ao movimento sindical até a próxima semana. Serão consideradas substituições e reflexos aos sábados, domingos e feriados, a título de pontuação.

O funcionário que não tem a verba CTVF receberá a receita imediata ao alcançar a pontuação para o mérito. A Comissão de Empresa também reivindicou adiantamento para março aos bancários que têm valores a receber em relação ao PCR.

A CEE cobrou explicações do BB por ter se recusado a assinar acordo de assédio moral com a Contraf-CUT no último dia 26 de janeiro. O negociador do banco tentou justificar a ausência da instituição na assinatura do texto afirmando que o BB já possui um instrumento de combate ao mal: os comitês de ética. "Mesmo com os comitês, o banco poderia muito bem ter aderido ao acordo, assim como fizeram Bradesco, Itaú Unibanco, Santander, HSBC e Citibank. Não há conflito", critica Wagner Nascimento, secretário-geral do Sindicato dos Bancários de Belo Horizonte e Região e integrante da CEE.

Incorporados

Um dos assuntos mais debatidos na primeira negociação entre a CEE e o BB foi a situação dos funcionários oriundos dos bancos incorporados pelo Banco do Brasil em relação aos planos de previdência e de saúde. O movimento sindical solicitou encontro com o BB para discutir o tema e receber informações mais detalhadas.

Também foi informado ao banco que os sindicatos estão criando grupos de estudos para elaborar uma proposta definitiva e ampla sobre o tema. Parte desses bancários está sem plano de saúde (Cassi) e plano de previdência (Previ). "Recebemos inúmeras denúncias de trabalhadores que estão passando dificuldades por estarem totalmente desamparados e com sérios problemas financeiros. Sem plano de saúde, eles estão sendo obrigados a tirar dinheiro do próprio bolso para custear tratamentos caríssimos de saúde", lembra Raquel Kacelnikas, secretária-geral do Sindicato dos Bancários de São Paulo e funcionária do BB.

Big Brother do BB

A CEE cobrou explicações da direção do Banco do Brasil acerca do novo sistema de gerenciamento de serviços implementado nos CSOs e na Disap, que vem expondo todas as equipes a constrangimentos e pressões por conta da publicação dos nomes dos funcionários em ranking que mede o desempenho individual.

Na avaliação do movimento sindical, trata-se de uma flagrante política de assédio moral coletivo. Além de Brasília, a comissão relatou o mesmo problema em outros estados. Pelo novo sistema, que recebeu o apelido de Big Brother uma vez que todos têm acesso a ele, os bancários recebem sinalizações em vermelho, amarelo e verde de acordo com o nível de metas atingidas.

Segurança

Em virtude da nova ambiência das agências, a CEE solicitou reunião com o banco para tratar do assunto, negociação que ainda inclui a retirada das portas de segurança nas unidades. O coordenador da Comissão de Empresa, Eduardo Araújo, também denunciou que alguns gestores estão vedando férias nos períodos de grande movimento bancário (julho/dezembro).

Reestruturações

Os problemas causados pelas reestruturações de alguns setores, como a Coger, Dicom, Dicre, Dinop, CSO e CSL, entre outros, não deixaram de ser abordados pela CEE. A comissão solicitou garantia e prioridade aos funcionários dos setores reestruturados, como ocorreu na Nossa Caixa, quando foram bloqueadas as comissões até a realocação dos funcionários. "Pedimos, no mínimo, a ampliação do VCP", acrescenta Araújo. A Comissão de Empresa ainda solicitou mais informações sobre possíveis mudanças na Dinop. O banco ficou de dar uma resposta na próxima negociação permanente com a Comissão de Empresa.

6 horas

Em relação à reivindicação pelo cumprimento da jornada de 6 horas - uma conquista histórica do movimento sindical -, a CEE reafirmou a necessidade de o BB seguir a legislação vigente. "O Sindicato e a Contraf-CUT farão manifestações em todo o país para mobilizar os bancários e dar visibilidade à luta", afirma Ana Smolka, representante da Fetec-PR.

O BB disse que está estudando uma solução para o assunto. "Até agora não existe nota técnica pronta do conselho diretor, o que existe de fato é um grupo interno que esta fazendo estudos e, quando houver um caminho, o banco pretende apresentar eventual proposta para o movimento sindical", frisou o negociador do banco.

Outra preocupação da CEE é o projeto de agências complementares, que prevê a contratação de correspondes bancários. O BB ficou de apresentar o projeto aos sindicatos. A meta do banco é firmar presença em todos os 5.465 municípios do país até 2015.

Araújo ainda questionou o banco sobre a perda de comissões dos trabalhadores em Santa Catarina, que vieram do Besc. O banco ficou de dar retorno aos dirigentes sindicais o mais breve possível.

A negociação não ficou restrita a assuntos relacionados ao funcionalismo. Os representantes dos bancários cobraram auxílio para as cidades fluminenses vítimas das enxurradas em janeiro deste ano.


Fonte: Rodrigo Couto - Seeb Brasília

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Caixa e BNDES serão capitalizados para emprestar mais R$ 130 bilhões


O Estado de S.Paulo
Fabio Graner

O governo autorizou ontem o Tesouro a promover injeções de capital na Caixa e no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) que vão aumentar em cerca de R$ 130 bilhões a capacidade de empréstimos desses dois bancos públicos.

A Caixa receberá do Tesouro R$ 2,2 bilhões em ações da Petrobrás e da Eletrobrás, o que vai alavancar em cerca de R$ 30 bilhões seu potencial de empréstimos, enquanto o BNDES receberá R$ 6,4 bilhões só em ações da Petrobrás, que ampliarão em R$ 100 bilhões a capacidade de a instituição financiar projetos.

De acordo com o vice-presidente de controle e riscos da Caixa Econômica Federal, Marcos Vasconcelos, o aporte de capital do Tesouro no banco já vinha sendo negociado desde o segundo semestre do ano passado, diante do ritmo acelerado de concessão de empréstimos do banco. No ano passado, a Caixa registrou alta de 41% no volume de crédito concedido, com destaque para operações no segmento imobiliário.

Com a operação, o chamado índice de Basileia da Caixa, que hoje está em 15,4%, subirá para 16%. Mas deve encerrar o ano na casa dos 15%, por causa do crescimento do volume de empréstimos da instituição neste ano, previsto para ficar em torno de 30%.

O índice de Basileia é uma medida que define quanto de patrimônio um banco tem em relação ao seus ativos, especialmente de crédito. Pela legislação atual, os bancos têm de ter, no mínimo, R$ 11 de capital (patrimônio) para cada R$ 100 emprestados.

Vasconcelos salientou que o aporte recebido garante capacidade de a Caixa emprestar no atual ritmo e perfil até 2014. "Com o que temos hoje, sem a capitalização e no ritmo de crescimento de 30%, teríamos condições de expandir o crédito até 2012", disse o vice-presidente.

Ele explicou ainda que, como boa parte da alta de financiamentos da instituição foi no segmento de imóveis, que tem menor risco e por isso exige menor reserva de capital, o aporte de R$ 2,2 bilhões do Tesouro acaba gerando uma alavancagem maior na capacidade de crédito da Caixa. Por isso, a previsão é de uma expansão de R$ 30 bilhões na capacidade de crédito.

Potencial

Em relação ao BNDES, a assessoria do banco apenas informou que a capitalização anunciada alavanca o patrimônio de referência do banco em R$ 10 bilhões, elevando em R$ 100 bilhões o potencial de financiamentos.

Segundo a instituição, o capital injetado não tem relação com os recursos que serão emprestados pelo Tesouro como fonte de recursos (funding) para financiamentos do banco, como no programa PSI.

Esse empréstimo, cujo valor ainda não foi divulgado, mas segundo fontes pode passar de R$ 40 bilhões, tem de ser pago ao governo no futuro. Nos últimos dois anos, o governo emprestou R$ 180 bilhões para o BNDES acelerar seus financiamentos.

Banco do Brasil quer reforçar capital para atender demanda por crédito


Agência Estado

As recentes captações feitas pelo BB (Banco do Brasil) e a oferta de ações anunciada na semana passada têm como objetivo reforçar a base de capital da instituição financeira, que foi pressionada após o forte aumento do crédito em 2009 e as aquisições realizadas (Nossa Caixa e 50% do Banco Votorantim). "Queremos retornar ao nível de Basileia acima de 15%", afirmou o vice-presidente de Finanças, Ivan Monteiro.

O índice de Basileia mede a capitalização de uma instituição financeira e, quanto maior, maior a capacidade de um banco emprestar. No Brasil, esse indicador deve ser de no mínimo 11%. A do BB era de 13,7% ao fim de dezembro.

O executivo afirma que é necessário fazer o reforço de capital para atender à procura por crédito e investimento esperada para 2010. "Se o crescimento da economia vai ser grande, vamos ter maior demanda por capital de giro e também para atender os investimentos que foram postergados durante o período da crise", explicou. A instituição espera que o total de empréstimos em 2010 apresente expansão entre 18% e 23%, ante a alta de 33,8% verificada no ano passado.

O BB informou ainda que irá emitir 286 milhões de novas ações. Essa emissão servirá para reforçar o nível de Basileia. Além disso, será feita oferta secundária para que o BB atinja o free float (fatia de ações em circulação no mercado) mínimo de 25% para atender às regras do novo mercado. Ao fim de dezembro, o total de papéis do banco no mercado era de 21,8%.

O processo de reforço do nível de Basileia não teve início agora. No segundo semestre do ano passado, quando o indicador ficou abaixo dos 15%, o banco realizou emissão de dívida subordinada de R$ 1 bilhão e outra de bônus perpétuos no Exterior de US$ 1,5 bilhão.

Contraf-CUT cobra e Caixa anuncia segunda parcela da PLR para dia 1º de março


A Caixa Econômica Federal enviou nesta sexta-feira, 18, correspondência à Contraf-CUT informando que realizará o pagamento da segunda parcela da Participação nos Lucros e Resultados (PLR) no dia 1º de março, terça-feira. O anuncio ocorre em resposta a cobrança da Contraf-CUT, que enviou correspondência ao banco nesta quinta-feira, 17, cobrando o pagamento o quanto antes aos bancários.

Segundo o balanço divulgado na sexta-feira, dia 11, a empresa fechou 2010 com lucro líquido de R$ 3,8 bilhões, um aumento de 25,5% em relação ao ano anterior. O lucro superou a projeção de R$ 2,55 bilhões feita pelo banco que serviu de base para o pagamento da antecipação da Participação nos Lucros e Resultados (PLR) de 2010.

Dessa forma, os empregados do banco têm a receber a diferença entre os valores das regras básica e adicional da PLR antecipados pelo banco e o valor calculado sobre o lucro efetivamente auferido pela empresa em 2010. Também será paga a segunda parcela da PLR Social, conquista dos empregados na última Campanha Nacional dos Bancários, bem como a diferença em relação à primeira parcela.

Fonte: Contraf-CUT

Santander paga até dia 5 a PLR dos aposentados e demitidos em 2010


O Santander informou a Contraf-CUT que fará o pagamento até dia 5 de março da PLR e PPRS aos aposentados do banco entre 2 de agosto e 31 de dezembro de 2010 e aos demitidos sem justa que tenham trabalhado pelo menos 90 dias.

Os demais bancários do Santander, que teve lucro líquido de R$ 7,382 bilhões no ano passado no Brasil (aumento de 34% em relação a 2009), receberam nesta sexta-feira 18 a segunda parcela da PLR, o restante do PPRS e a renda variável do segundo semestre de 2010. A antecipação do pagamento atendeu solicitação feita pela Contraf-CUT no dia 2 de fevereiro.

Cada trabalhador do banco espanhol recebeu o total da regra básica e do adicional, deduzindo-se a primeira parcela que foi paga em outubro do ano passado. Confira:

- Regra básica da PLR: 2,2 salários de cada empregado com teto de R$ 15.798,20 descontando-se o adiantamento de 54% do salário mais R$ 660,48, com teto de R$ 4.308,60;

- Parcela adicional da PLR: 2% do lucro líquido distribuídos linearmente, no teto de R$ 2.400, descontando-se o adiantamento de 2% do lucro do 1° semestre, no teto de R$ 1.200.

O acordo aditivo do Santander prevê o pagamento do PPRS, no valor de no mínimo R$ 1.350, deduzindo-se a antecipação de R$ 540. Isso representa o crédito de R$ 810.

O PPRS é compensável dos Programas Internos (PPE - Programa Próprio Específico e PPG - Programa Próprio Gestão) que também foram pagos para os funcionários elegíveis. No entanto, a PLR não será compensável no Santander, como faculta a convenção coletiva.


Fonte: Contraf-CUT

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Pagamento da segunda parcela da PLR frustra funcionários do Mercantil


A divulgação do lucro de 135,2 milhões referente ao ano de 2010 feita ontem pelo Banco Mercantil e o valor da PLR a ser pago no próximo dia 18 de fevereiro frustrou os funcionários. O motivo maior de insatisfação foi o não cumprimento do indicador "redução de despesas operacionais" que tem o peso de 30% nos critérios de apuração de valores dos múltiplos salariais. A medida reduziu drasticamente os valores que serão recebidos pelos bancários que, com todo esforço e dedicação em 2010, proporcionaram ao Mercantil um aumento de lucratividade histórico da ordem de 235%.

Como se não bastasse o repasse injusto, o banco foi intransigente ao demonstrar um balanço, em que e as metas das despesas não foram alcançadas reduzindo enormemente o valor da PLR.

Para o funcionário do Mercantil do Brasil e diretor do Sindicato de Belo Horizonte, Vanderci Antônio chegou o momento dos funcionários se unirem na luta pela mudança dos parâmetros de apuração da PLR no Mercantil do Brasil. " Não podemos aceitar uma PLR menor, já que o banco alcançou um enorme lucro no ano de 2010. Além do mais, o Mercantil não deixou claro porque os 180 milhões relativos ao recolhimento maior da Cofins obtido em ação judicial junto à União Federal não refletiu na soma dos valores da PLR. Esses são os motivos porque o nosso Sindicato vem se relutando em assinar a PLR própria do Mercantil". afirmou.

Já Marco Aurélio Alves, diretor do Sindicato e funcionário do banco, ressaltou que a frustração é muito grande entre os funcionários, pois todos esperavam que a PLR deste ano fosse maior do que a do ano passado. "Em todas as negociações com o banco para implementação do programa próprio de PLR, o Sindicato lutou e reivindicou a retirada dos indicadores de "despesas operacionais" e "BSC", que nesse momento penalizam o trabalhador.

O Sindicato de BH sempre defendeu que os critérios para apuração da PLR têm quer ser claros e objetivos, distribuindo os lucros de acordo com o crescimento da empresa. Por isso, não vamos descansar enquanto o Mercantil não entender que a distribuição da PLR tem que ser um fator motivacional para os bancários", enfatizou.




Fonte: Sebb Belo Horizonte

Contraf-CUT cobra da Caixa pagamento imediato da segunda parcela da PLR


A Contraf-CUT e a Fenae enviaram nesta quinta-feira, 17, correspondência à Caixa Econômica Federal cobrando o pagamento imediato da segunda parcela da Participação nos Lucros e Resultados (PLR) aos empregados.

"Uma vez que o banco já realizou a divulgação de seu balanço anual, não há motivo para que o pagamento da PLR não seja feito o mais rápido possível, auxiliando os bancários com as contas do início de ano, sempre um período mais pesado", afirma Jair Ferreira, coordenador da Comissão Executiva dos Empregados (CEE/Caixa).

Segundo o balanço divulgado na sexta-feira, dia 11, a empresa fechou 2010 com lucro líquido de R$ 3,8 bilhões, um aumento de 25,5% em relação ao ano anterior. O lucro superou a projeção de R$ 2,55 bilhões feita pelo banco que serviu de base para o pagamento da antecipação da Participação nos Lucros e Resultados (PLR) de 2010.

Dessa forma, os empregados do banco têm a receber a diferença entre os valores das regras básica e adicional da PLR antecipados pelo banco e o valor calculado sobre o lucro efetivamente auferido pela empresa em 2010. Também será paga a segunda parcela da PLR Social, conquista dos empregados na última Campanha Nacional dos Bancários, bem como a diferença em relação à primeira parcela.

"Por conta da metodologia adotada pela Caixa, os bancários tiveram um redutor de 18% no valor recebido na antecipação, o que deverá ser devolvido agora", explica Plínio Pavão, secretário de Saúde da Contraf-CUT e empregado do banco. "A Caixa é o único banco que utiliza essa metodologia, de pagar a antecipação da PLR baseado numa projeção do exercício completo. As demais empresas calculam a antecipação baseadas nos números do primeiro semestre, o que deixa as contas mais claras para os bancários", afirma.


Fonte: Contraf-CUT

Percentual de cheques sem fundos chega a 1,7%, menor desde 2005 para janeiro


Marli Moreira
Repórter da Agência Brasil

A emissão de cheques sem fundos, em janeiro, foi a menor desde 2005 na comparação com igual mês dos anos anteriores. Segundo levantamento da empresa de consultoria Serasa Experian, 1,7% do total de cheques compensados não tinha fundos, percentual que ficou abaixo do de dezembro, quando havia oscilado em 1,72%, mas superou ligeiramente o resultado de novembro de 2010 (1,68%). Em janeiro do ano passado, a taxa tinha sido de 1,85%.

O resultado de janeiro indica que a cada mil cheques compensados 17 não tinham a provisão necessária na conta do correntista para a quitação do débito. No mês passado, o número de documentos compensados em todo o país atingiu 169,8 milhões dos quais 2,8 milhões foram devolvidos.

Na análise técnica da Serasa, a queda no movimento na comparação com o mesmo período dos anos anteriores é "reflexo da evolução favorável do mercado de trabalho durante 2010". Por meio de nota, os economistas da companhia alertaram sobre os riscos de uma tendência de reversão nos meses de fevereiro e março, períodos em que o orçamento familiar fica mais apertado por conta das despesas com impostos como o Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) e Imposto sobre a Propriedade dos Veículos Automotores (IPVA), além dos gastos na educação.

No ranking nacional, São Paulo foi o estado com a menor taxa de inadimplência de cheques (1,29%). Na outra ponta, o estado de Roraima aparece com o maior percentual (11,38%). Por região, o Norte do país apresenta a maior taxa (3,80%) e o Sudeste, a menor (1,39%).

Governo autoriza aumento de capital do BNDES e da Caixa


Daniel Lima
Repórter da Agência Brasil

O Diário Oficial da União publica nesta quinta-feira (17) o Decreto 7.439 autorizando o aumento do capital social do BNDES em até R$ 6,4 bilhões, sem emissão de ações, mas mediante a transferência de ações da Petrobras.

No caso da Caixa Econômica Federal, o aumento de capital, informa o decreto, poderá ser de até R$ 2,2 bilhões mediante também a transferência de ações da estatal petrolífera brasileira e de ações Centrais Elétricas Brasileiras (Eletrobras).

De acordo com decreto, caberá à Secretaria do Tesouro Nacional adotar as providências referentes à transferência de titularidade dos papéis.

O aumento do capital social do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e da Caixa Econômica Federal sinaliza que o governo está disposto a manter a estratégia de reforçar os cofres das duas instituições financeiras, informou o Secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin.

Governo Dilma vence primeira batalha e aprova salário mínimo de R$ 545


UOL

Por ampla margem, a presidente Dilma Rousseff saiu vencedora nesta quarta-feira (16) de sua primeira grande votação na Câmara dos Deputados. Com o impulso dos votos das bancadas do PT e do PMDB, as duas maiores da Casa, ela aprovou sua proposta de R$ 545 para o salário mínimo neste ano, após a rejeição de duas emendas da oposição. A proposta segue para o Senado, onde a decisão deve ser feita na próxima semana. Se não sofrer alterações, deve ser sancionada até o fim do mês no Palácio do Planalto.

Depois de fazer pressão sobre os parlamentares, inclusive com a ameaça de demitir ministros, o governo esperava contar com cerca de 300 votos na votação considerada menos segura, que elevaria o valor do salário mínimo a R$ 560. O apoio de parlamentares ligados a centrais sindicais e também de oposicionistas não foi o bastante para impedir que 361 deputados apoiassem a manutenção dos R$ 545 desejados por Dilma e aprovados no meio da noite. A sessão começou às 13h50 e só terminou às 0h25 de quinta-feira (17).

Apesar da expectativa de que cerca de 20 peemedebistas votassem com a oposição, o partido do vice-presidente Michel Temer votou unido. Deu 77 votos duas vezes para manter o relatório do deputado Vicentinho (PT-SP) e derrubar o salário mínimo de R$ 600, sugerido pelo PSDB, e o de R$ 560, conforme texto apresentado pelo Democratas. O PDT, ligado à Força Sindical, também buscava R$ 560, calculando R$ 15 como adiantamento do reajuste de 2012. Por isso, perdeu apoio dos oposicionistas e sua oferta nem chegou a ser votada.

"É a vitória do acordo que construímos e que vai dar garantias à classe trabalhadora", disse a jornalistas o líder do governo, Cândido Vaccarezza (PT-SP). Para os oposicionistas, não houve surpresa. "Vejo com muita tranquilidade a derrota", disse ao UOL Notícias o líder do PSDB na Câmara, Duarte Nogueira (SP). "A oposição cumpriu o seu papel, lutamos até o fim. O governo conseguiu a aprovação com o seu rolo compressor. O governo ganhou, mas o trabalhador -que mais importa- perdeu."

O PT deu 78 votos à proposta do Palácio do Planalto e teve dois rebelados: Eudes Xavier (CE) e Francisco Praciano (AM), que votaram a favor dos R$ 560. Foram os únicos petistas aplaudidos pelas galerias da Câmara, que foram ocupadas parcialmente até o início da noite por pessoas ligadas ao movimento sindical. O presidente da Casa, Marco Maia (PT-RS), ameaçou não permitir que o espaço volte a ser ocupado por sindicalistas em votações semelhantes por conta das vaias aos oradores favoráveis ao governo.

O resultado viabiliza, como prometeu o governo, a correção da tabela do Imposto de Renda em 4,5%. Caso o valor aprovado fosse superior a R$ 545, Dilma acenava com a possibilidade de não atender a essa outra reivindicação dos sindicalistas.

Rejeição

Os deputados votaram nominalmente as emendas, conforme o desejo da oposição. Isso também ajudou a constranger os potenciais infieis da base aliada, muitos deles insatisfeitos pela perda de cargos no governo. A emenda do PSDB, que propunha valor de R$ 600, foi rejeitada por 376 votos; outros 106 parlamentares foram a favor e sete se abstiveram. A emenda do DEM, que queria um reajuste para R$ 560 também foi rejeitada, com o placar de 361 contra, 120 a favor e 11 abstenções.

O plenário também derrubou uma emenda do PPS sobre a alteração do texto aprovado. O presidente do partido oposicionista, Roberto Freire (SP), alegava que apenas projetos de lei podem definir o salário mínimo, e não decretos, como o enviado por Dilma para ratificar a política já estabelecida e adotada no governo do antecessor, Luiz Inácio Lula da Silva.

Assim, se não houver alterações no Senado, a política para o salário mínimo seguirá sendo ajustada de acordo com o crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) de dois anos antes, corrigido pela inflação do ano anterior. Como a economia mundial estava em crise em 2009, o reajuste neste ano basicamente repõe a inflação de 2010. Para o ano que vem, a expectativa é de que o salário mínimo chegue a R$ 616. "Eles vão me aplaudir daqui a 10 meses", disse o relator Vicentinho (PT-SP), membro da CUT, sobre as vaias que recebeu ao longo do dia.

Se os senadores fizerem alguma alteração no texto enviado, o projeto pode voltar à Câmara. Caso não haja alteração entre o que foi aprovado nas duas Casas, a proposta segue para a sanção de Dilma -que, assim como o antecessor, Luiz Inácio Lula da Silva, concedeu um reajuste mínimo em seu primeiro ano de governo. Se o projeto for aprovado no Senado ainda este mês, passa a vigorar em março.

O resultado da votação indicará também o nível da correção da tabela do Imposto de Renda. O governo já avisou que com salário mínimo de R$ 545, a variação ficará em 4,5%. O clima dos debates foi de tranquilidade, com mais entreveros antes da discussão do que no meio dela.

Prova de fogo

A votação foi o primeiro teste também para o novo presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS). Ele e os outros parlamentares da base foram pressionados pelo Palácio do Planalto para resolver o tema sem sobressaltos. O petista chegou a ser questionado durante a sessão, mas acabou elogiado por vários colegas no fim da sessão. Antes de ser eleito, ele era visto com desconfiança por governistas, que preferiam Vaccarezza no comando da Casa.

O Palácio do Planalto estava seguro de que aprovaria o valor de R$ 545, mas mobilizou seus aliados na terça-feira para pressionar os mais claudicantes. Em um movimento não tão comum, Dilma enviou o ministro da Fazenda, Guido Mantega, para debater o tema no plenário da Câmara dos Deputados. Outros emissários também se fizeram presentes, e ameaçaram o PDT com a demissão do ministro do Trabalho, Carlos Lupi, caso a legenda não votasse com o governo.

Apesar da insistência do presidente da Força Sindical, deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), o partido liberou a bancada para a votação. Dos seus 26 parlamentares, 16 acabaram seguindo a recomendação da Presidência da República. Desde o início da tarde, o líder sindical já admitia a derrota. Nas últimas semanas, ele acusou Dilma de se render ao que chamou de "receituário do mercado do governo Fernando Henrique Cardoso".

O resultado fortalece a posição de Dilma na tentativa de evitar desequilíbrio nas contas públicas, em um momento no qual a Presidência planeja cortes de até R$ 50 bilhões no orçamento. Alguns parlamentares reclamaram do ajuste durante a sessão de quarta-feira, mas a expectativa pela distribuição dos cargos de segundo escalão conteve o ânimo de muitos deles.

Um dos derrotados na votação no Congresso é o candidato derrotado à Presidência José Serra, que foi a Brasília para defender o salário mínimo de R$ 600. Também saíram ofuscadas as lideranças sindicais, que apoiaram Dilma nas eleições, e queriam, no início, o reajuste de R$ 580. Acabaram admitindo R$ 560, depois pediram esse valor com atenuantes e acabaram emparedados pela ampla maioria governista.

Lucro líquido do BB cresce 15,3% e chega ao recorde de R$ 11,7 bilhões


O Banco do Brasil (BB) apresentou lucro líquido de R$ 11,703 bilhões em 2010, com alta de 15,3% em relação aos R$ 10,148 bilhões apurados um ano antes. Sem efeitos extraordinários, o lucro anual correspondeu a R$ 10,664 bilhões, excedendo os R$ 8,506 bilhões de 2009.

O lucro foi o maior da história entre os bancos brasileiros, segundo dados da consultoria Economática. O segundo colocado continua sendo também do Banco do Brasil, que registrou lucro de R$ 10,148 bilhões em 2009. Em terceiro, vem o resultado do Itaú Unibanco, com R$ 10,067 bilhões, também em 2009, seguido pelo lucro do Bradesco de 2010, de R$ 10,022 bilhões.

Apenas no quarto trimestre de 2010, o lucro líquido do Banco do Brasil somou R$ 4,002 bilhões, ou 3,68% mais enxuto do que os R$ 4,155 bilhões somados entre outubro e dezembro do calendário anterior. Sem efeitos extraordinários, o lucro cresceu, indo de R$ 1,819 bilhão nos três últimos meses de 2009 para R$ 3,704 bilhões no mesmo intervalo do ano seguinte.

Em dezembro do ano passado, a carteira de crédito total atingiu R$ 358,366 bilhões, ante a posição de R$ 300,829 bilhões verificadas ao fim do último mês de 2009. As operações de crédito às pessoas físicas totalizaram R$ 113,096 bilhões, com expansão de 23,2% em 12 meses. No segmento de pessoas jurídicas, a carteira de crédito alcançou R$ 149,810 bilhões, ampliação de 19,5% em 12 meses.

Pelo conceito ampliado, que inclui garantias prestadas e os títulos e valores mobiliários privados, a carteira de crédito do BB teve expansão de 20,8% em 12 meses, encerrando 2010 com saldo de R$ 388,2 bilhões.

"Em dezembro, os índices de inadimplência do BB mantiveram-se abaixo do observado no Sistema Financeiro Nacional (SFN), devido principalmente à melhora no risco de crédito e indicadores de qualidade da carteira. As operações vencidas há mais de 90 dias atingiram 2,3% da carteira de crédito, melhora de 100 pontos base em relação a dezembro de 2009, enquanto o SFN registrou índice de inadimplência de 3,2%", apontou a instituição.

O Banco do Brasil registrou R$ 811,172 bilhões em ativos totais ao fim de dezembro de 2010, o que significa evolução de 14,5% em comparação com o mês final do exercício antecedente.

A instituição avisou que vai divulgar até 29 abril deste ano "as demonstrações contábeis consolidadas, em conformidade com as normas internacionais de contabilidade (IFRS), relativas ao exercício social findo em 31 de dezembro de 2010".

Fonte: Valor Econômico, com IG

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Sindicato de Londrina realiza novos protestos contra demissões no Santander


Crédito: Seeb Londrina
Seeb Londrina Diretores do Sindicato de Londrina realizaram nesta quarta-feira (16/02) novos protestos no Santander em função de duas demissões efetuadas pelo banco nos últimos dias. As atividades retardaram a abertura das agências da Avenida Paraná (ex-Meridional) e da Avenida Higienópolis até ao meio-dia.

Esta foi a segunda edição da operação "Demitiu, Parou" no Santander este ano. Segundo o presidente do Sindicato de Londrina, Wanderley Crivellari, na agência da Avenida Paraná um gerente foi demitido na última sexta-feira (11/02) por volta das 17h00, no final do expediente de mais um dia árduo. "Isso foi uma falta de respeito com o trabalhador, que correu o dia inteiro para atingir metas e atender bem aos clientes e teve como recompensa a demissão", critica.

Esse tipo de atitude demonstra a falta de uma política adequada de gestão de pessoas no banco espanhol, que deveria ser pautada pela valorização dos funcionários.

"Tudo isso tem gerado um clima de intranqüilidade junto aos funcionários, que ingressam no trabalho pela manhã sem ter certeza de que voltarão ao banco no dia seguinte. A insegurança é generalizada por conta dessa política de demissões adotada pelo Santander no Brasil", finaliza o presidente do Sindicato de Londrina.


Fonte: Seeb Londrina

Em debate no Sindicato de SP, Paulo Bernardo reafirma regulação da mídia


Crédito: Paulo Pepe
Paulo Pepe O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, reafirmou nesta terça-feira (15) que é preciso tratar com muito cuidado a discussão sobre o marco regulatório do setor. A regulação, que pode impor restrições à existência de oligopólios, é aguardada com grande ansiedade por setores da sociedade civil que lutam pela democratização da comunicação.

Nascido por iniciativa do ex-ministro da Secretaria de Comunicação (Secom), Franklin Martins, o anteprojeto foi transferido no início do governo Dilma Rousseff ao Ministério das Comunicações. Durante twitcam realizada no Sindicato dos Bancários de São Paulo, Bernardo afirmou que grupos dentro da pasta estão analisando cada ponto do texto encaminhado por Martins, que depois serão compartilhados com a própria Secom e com o Ministério da Cultura antes de um debate que envolva todo o governo.

Depois disso, a expectativa é submeter o projeto a uma audiência pública para então enviá-lo ao Congresso. "O tema tem que ter muita ressonância na sociedade sob pena de o projeto ir pra gaveta. Você fala que quer regular a mídia e já vem gente falando que queremos censurar, amordaçar. Temos de ser muito tranquilos e muito firmes nisso", ponderou o ministro, que durante duas horas respondeu a perguntas apresentadas pela plateia e por internautas.

A maior parte das questões encaminhadas pelos presentes ao auditório dizia respeito à regulação da comunicação, embora o tema inicial do debate fosse o Plano Nacional de Banda Larga (PNBL). Bernardo afirmou que vai haver debate, mas pensa que é preciso refinar profundamente cada um dos pontos antes de se avançar para a fase da ação política. O ministro voltou a dizer que está bem encaminhada a possibilidade de criar uma agência específica para tratar do conteúdo veiculado pelas empresas de radiodifusão, desvinculada da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).

Ele prometeu estudar ainda mecanismos para tornar mais clara a proibição de que deputados e senadores possuam concessões de rádio e TV. Para Bernardo, o veto previsto na Constituição precisa ser estendido a políticos como um todo, independentemente do cargo que ocupam.

Questionado sobre as críticas que sofre do jornalista Paulo Henrique Amorim, que frequentemente tem apontado que a discussão sobre a regulação das comunicações será engavetada, Bernardo ironizou afirmando que um bom repórter deve se basear no que dizem as fontes. "Ele se precipitou. Começou a bater antes de conversar com a gente, o que é indício de que se guiou por matérias de jornal, e matérias erradas de jornal."

Banda larga

O ministro reafirmou também a ideia de que a banda larga seja incluída na revisão do Plano Geral de Metas de Universalização (PGMU), atualmente negociado entre governo e empresas de telecomunicações. Até o começo de maio serão apresentados os novos objetivos a serem cumpridos pelo setor privado no que diz respeito a telefonia e, agora, a internet.

As teles resistem à inclusão de banda larga no PGMU, argumentando que isso não está previsto nos contratos de concessão firmados na década de 1990. O governo discorda, usando como argumento o fato de que o serviço de internet é, inclusive, oferecido em conjunto com o de telefone. "Esse é um serviço que compartilha a mesma infraestrutura, então queremos discutir também a banda larga", aponta o ministro, que quer também discutir a distribuição de telefones públicos, os orelhões, pelas cidades do país.

A respeito do Plano Nacional de Banda Larga, o governo mantém a projeção de chegar a um piso de R$ 30 nas conexões de 512 kbps. Para isso, será preciso fechar acordo com os governos estaduais para que se corte o Imposto de Circulação sobre Mercadorias e Serviços (ICMS) específicamente sobre o fornecimento de internet de alta velocidade. "Agora, não tem de baixar o ICMS enquanto não fizer negociação e a empresa precisa baixar o preço. Vamos fechar como pacote: traz o preço para baixo e a gente propicia determinadas condições."

Bernardo indica que, atualmente, 34% dos municípios brasileiros estão conectados à internet. Ele acredita que, com a redução do preço, será possível ampliar rapidamente o acesso e, dentro de alguns anos, criar metas para a universalização do serviço.

Fonte: João Peres - Rede Brasil Atual

Advogado da Caixa incapacitado por LER obtém pensão mensal vitalícia

Um advogado da Caixa Econômica Federal, que perdeu 70% de sua capacidade de trabalho devido a doença por esforço repetitivo, conseguiu indenização equivalente a uma pensão mensal vitalícia, proporcional à depreciação que sofreu. A Quarta Turma do Tribunal Superior do Trabalho deu provimento ao recurso de revista do advogado e restabeleceu a sentença que havia deferido uma pensão mensal equivalente a 70% da remuneração bruta recebida pelo trabalhador.

Segundo a petição inicial, o trabalhador era advogado concursado da Caixa Econômica desde 1989. Devido ao extenuante serviço e à má condição de trabalho manuseando um microcomputador, o advogado adquiriu patologia relacionada à Lesão por Esforço Repetitivo (LER). A doença levou à perda de parte da movimentação e da força dos membros superiores, o que configurou em perda total da capacidade de trabalho, segundo laudo médico pericial produzido em ação acidentária contra a Caixa na Justiça Comum.

Diante disso, o advogado propôs ação trabalhista contra o banco, requerendo o pagamento, de uma única vez, de indenização por danos materiais no valor de R$ 300 mil pela doença adquirida quando trabalhou na Caixa. Segundo o trabalhador, o banco não obedeceu às normas de segurança e higiene do trabalho.

Ao analisar o pedido do advogado, o juízo de Primeiro Grau condenou a empresa a pagar, como reparação por danos materiais, uma pensão vitalícia correspondente a 70% da remuneração bruta do trabalhador, proporcional à diminuição da capacidade laborativa, atestada por perícia médica na ação trabalhista.

Inconformada, a Caixa recorreu ao Tribunal Regional do Trabalho da 10ª Região (DF/Tocantins), alegando ser o caso de incidência da Súmula n° 490 do STF, segundo a qual a pensão correspondente a indenização oriunda de responsabilidade civil deve ser calculada com base no salário mínimo vigente ao tempo da sentença e ajustar-se-á às variações ulteriores.

O TRT, por sua vez, deu razão ao banco e decidiu por aplicar a súmula do STF. Com isso, o regional reduziu o valor arbitrado à pensão mensal na sentença, fixando-a em um salário mínimo por mês. Segundo o TRT, ao citar jurisprudência do próprio regional, a reparação do dano sofrido pela diminuição da capacidade para o trabalho deve ser fixada em padrões razoáveis, de acordo com os parâmetros médios do trabalhador brasileiro, cuja medida seria o salário mínimo, como aquele necessário a atender à dignidade do trabalhador e de sua família.

Diante disso, o advogado interpôs recurso de revista ao TST, sob o argumento de violação ao artigo 950 do Código Civil de 2002. Esse dispositivo dispõe que, no caso de um prejuízo à pessoa limitar o exercício de sua profissão ou diminuir a sua capacidade de trabalho, a indenização, além das despesas do tratamento e lucros cessantes, até o fim da convalescença, incluirá pensão correspondente à importância do trabalho para que se inabilitou, ou da depreciação que ele sofreu.

O relator do recurso na Quarta Turma, ministro Fernando Eizo Ono, concordou com o advogado e decidiu restabelecer a sentença que concedeu a pensão mensal equivalente a 70% da remuneração bruta recebida pelo trabalhador.

Segundo o relator, o pagamento de pensão mensal vitalícia prevista no artigo 950 do Código Civil para reparar os danos materiais decorrentes da perda da capacidade de trabalho, deve considerar sim o grau de incapacidade decorrente da lesão.

Dessa forma, explicou o ministro, "se a lei não estabelece um critério objetivo para definir tal proporcionalidade, o valor deverá ser decido conforme as provas dos autos". Nesse caso, ressaltou Eizo Ono, a doutrina entende que o percentual de incapacidade profissional, aferido mediante perícia médica, deve ser o patamar mínimo que incidirá sobre a remuneração do acidentado.

Assim, a Quarta Turma, ao seguir o voto do relator, decidiu, por unanimidade, dar provimento ao recurso de revista do advogado e restabelecer a sentença que fixou a pensão mensal vitalícia em 70% da remuneração bruto do trabalhador.

Fonte: TST

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Correios vão abrir disputa bilionária por Banco Postal



Folha de São Paulo
Leonardo Souza

Dez anos depois, os Correios vão abrir uma licitação que pode substituir o Bradesco como o operador do Banco Postal, numa concorrência de, ao menos, R$ 1,75 bilhão.

Desde 2001, o Bradesco explora com exclusividade o serviço de correspondente bancário oferecido nas agências da estatal pelo país.
Nesse período, o Bradesco abriu mais de 10 milhões de contas a partir dos postos dos Correios. Somente com a tarifa de manutenção de conta desses correntistas, o faturamento do banco supera R$ 845 milhões por ano, fora outros serviços, como saques, consulta a extrato e operações de empréstimo.

Da receita total apurada pelo Bradesco, os Correios ficaram com R$ 350 milhões em 2010.

O presidente dos Correios, Wagner Pinheiro, disse à Folha que o Bradesco terá que disputar como todos os demais interessados e que o valor da licitação será de, pelo menos, o faturamento do ano passado multiplicado por cinco -o novo contrato terá duração de cinco anos renovável por mais cinco.

"Nas tarifas atuais, no ano passado arrecadamos R$ 350 milhões. Nós estamos revendo quanto nós vamos querer de tarifa, quanto para cada produto", afirmou Pinheiro.

Procurado, o Bradesco informou que "não comenta informações sobre o Banco Postal". A instituição também não informou quanto lucra com a atividade.

O contrato com o Bradesco se encerra em dezembro. Na sexta-feira, os Correios divulgaram a minuta do edital. No próximo dia 25, farão uma audiência pública para receber críticas e sugestões.

Segundo Pinheiro, a licitação deverá estar concluída até julho. Assim, o vencedor pode iniciar as operações em janeiro de 2012.
De acordo com a minuta, só podem participar instituições financeiras com ativos totais superiores a R$ 21,6 bilhões e patrimônio líquido acima de R$ 2,16 bilhões.

Segundo levantamento feito pela consultoria Economática, pelo menos outros três bancos além do Bradesco atendem a esses quesitos: Banco do Brasil, Itaú Unibanco e Santander.

Ao longo dos últimos anos, o Bradesco foi mudando o foco do Banco Postal, em busca de transações mais rentáveis, reduzindo operações de microcrédito.

O contrato com o Bradesco também foi alvo da CPI dos Correios e da CGU (Controladoria-Geral da União). Nos dois casos, foi apontado favorecimento irregular ao banco privado.
Meses depois da licitação, o governo autorizou o Bradesco a se instalar nas agências terceirizadas, localizadas em grandes cidades e capitais, mais lucrativas.

O contrato original previa que o serviço só seria oferecido nas agências próprias dos Correios, grande parte no interior do país.