quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Contraf-CUT garante direitos e folga abonada para nova simulação no Santander

Após reivindicação da Contraf-CUT e entidades sindicais, o Santander concordou em dar um dia de folga, além do pagamento dos demais direitos trabalhistas, aos funcionários que participarem no próximo domingo, dia 9, da Simulação de Integração Tecnológica nas agências oriundas do Banco Real.
Conforme carta enviada, nesta terça-feira, dia 4, pelo banco ,"será concedida uma folga abonada a ser gozada até setembro para todos os empregados de agências que participarem".
"Trata-se de uma conquista para compensar o trabalho por motivo de força maior em dia de descanso do bancário", destaca o secretário de imprensa da Contraf-CUT, Ademir Wiederkehr. "O banco aceitou nossa demanda, uma vez que para nós não basta assegurar horas extras e outras despesas, como transporte e alimentação, além da presença de vigilantes", ressalta.
"Ao atender nossa reivindicação, o banco mostra reconhecimento ao esforço do trabalhador, pois ele está deixando um dia de descanso com a família", diz a diretora executiva do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Rita Berlofa. "Vale salientar também que, caso algum trabalhador convidado tenha algum problema que lhe impeça de comparecer, isso será respeitado pelo banco", acrescenta.
A concessão da folga abonada foi reivindicada na última reunião do Comitê de Relações Trabalhistas, quando o banco ficou de analisar a proposta.
A simulação é parte do processo de unificação com o extinto Real e será feita em todas as agências oriundas desse banco. Há também algumas agências do Santander envolvidas. O processo terá início às 6h, horário de Brasília, em todo país. Um número inferior a seis agências, por conta do fuso horário e do horário de verão, começará o serviço às 4h.
"Tentamos mudar esse horário completamente inadequado, mas a área técnica do banco não recuou, alegando a necessidade de unificar os procedimentos em nível nacional e de dispor de tempo hábil para eventuais ajustes, mas que os funcionários serão liberados tão logo os serviços sejam concluídos", explica Ademir. Esse trabalho não envolverá caixas nem estagiários.
As folgas deverão ser gozadas em dia a ser acertado pelos funcionários com os respectivos gestores. "Importante ressaltar que a data deve ser de comum acordo, sendo respeitada a vontade do trabalhador", conclui Rita.

Fonte: Contraf-CUT com Seeb São Paulo

Bradesco obriga bancários de Brasília a tirar apenas 20 dias de férias

Numa clara afronta à Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) - principal norma legislativa brasileira referente ao direito trabalhista -, o Bradesco está obrigando os funcionários de Brasília lotados na área de gerência a tirar apenas 20 dias de férias.
Além dessa prática ilegal, outra irregularidade vem se repetindo nos demais setores da instituição na capital federal. Nesse caso, os bancários não podem converter os dez dias de descanso em dinheiro, orientação que descumpre o artigo 143 da CLT, segundo o qual é facultado ao trabalhador converter 1/3 do período de férias em abono pecuniário.
Em virtude de o Bradesco forçar o trabalhador a tirar férias somente com o aval de seu gestor.Os Sindicatos e a federações de todo país solicitam aos bancários que caso tal fato ocorra na suas respectivas agências que denucie aos seus sindicatos para que possamos tomar as devidas providências.

Fonte: Thaís Rohrer - Seeb Brasília

Adiada posse do Conselho de Usuários do Saúde Caixa para 1º de fevereiro

A posse dos representantes eleitos ao Conselho de Usuários do Saúde Caixa foi adiada para o dia 1º de fevereiro. Com isso, fica também prorrogado o mandato dos atuais ocupantes, cujo triênio havia encerrado no dia 31 de dezembro. A medida atende pedido da Contraf-CUT.
O adiamento ocorreu para que os eleitos cujo mandato se expiraria em 31 de dezembro de 2010 possam fazer a análise dos números do plano do exercício de 2010. Um atraso no envio dos relatórios financeiros e atuariais por parte da Caixa impossibilitou a finalização durante o mês de dezembro.
Os relatórios somente foram concluídos no final da última semana de dezembro e o Regimento do Conselho prevê um período de antecedência mínima de 10 dias entre a entrega dos relatórios e a reunião ordinária que os analisará.
"Propusemos a mudança na data da posse por entender que seria prejudicial o encerramento do mandato do Conselho de Usuários sem a conclusão de suas tarefas. Além disso, causaria desconforto aos novos eleitos pois teriam de fazer a avaliação do desempenho do plano de 2010 sem que houvessem acompanhado a gestão do plano no período", afirma Plínio Pavão, secretário de Saúde do Trabalhador da Contraf-CUT e empregado da Caixa.
Desta forma, o Conselho de Usuários irá se reunir no próximo dia 11 para avaliar os resultados do plano de 2010, e definir se haverá alterações no custeio para o próximo exercício, ainda com os eleitos para o triênio 2008/2010, os quais com esse ato encerram suas atividades. A posse dos novos eleitos será em 1º de fevereiro.
A partir dessa decisão, o período de mandato dos atuais eleitos será de 1º de fevereiro de 2011 a 31 de janeiro de 2014. Isso garante que, se no último exercício do triênio houver atraso na elaboração do relatórios, como aconteceu em 2010, haverá tempo hábil para que sejam concluídas as tarefas.
"Vale ressaltar que a medida em nada irá prejudicar os trabalhos do novos representantes, uma vez que a primeira reunião ordinária do Conselho só acontecerá no final do primeiro trimestre, entre o final de março e começo de abril", esclarece Plínio.

Expectativas

"A expectativa da Chapa 2 - 'Movimento pela Saúde', que venceu as eleições com 35,7% dos votos válidos, com apoio da Contraf/CUT e de várias entidades sindicais e do movimento associativo, é que a Caixa faça sua parte e forneça condições para que o Conselho de Usuários cumpra as suas atribuições no próximo período com mais tranqüilidade que os dois últimos mandatos", projeta Plínio.
Segundo o diretor da Contraf-CUT, "a Caixa criou uma série de dificuldades por não apresentar números confiáveis, impossibilitando que fosse feita uma avaliação da situação real do plano". Para ele, "os números de 2010 apontam para um novo superávit, em torno de R$ 25 milhões, semelhante aos valores dos dois últimos períodos. Precisamos urgentemente dar uma destinação para esses recursos, implantando melhorias no plano, uma vez que essa situação superavitária, tudo indica, está consolidada", conclui Plínio.


Fonte: Contraf-CUT

Banco do Brasil faz concurso público para escriturário

O Banco do Brasil (BB) abriu nesta terça-feira (4/1) nova seleção pública para formar cadastro reserva no cargo de escriturário, que exige formação de nível médio. O concurso será organizado pela Fundação Carlos Chagas (FCC) e os aprovados serão admitidos pelo regime de Consolidação das Leis Trabalhistas. As vagas são para os estados de Alagoas, Amazonas, Ceará, Paraíba e Paraná.

De acordo com o edital de abertura, a remuneração inicial é de R$ 1.280,10 - além de gratificação semestral de 25%. A instituição também aponta como benefícios a possibilidade de ascensão e desenvolvimento profissional, participação nos lucros ou resultados e participação em planos assistenciais e previdenciários complementares. As informações estão no Diário Oficial da União, na página 130 da seção 3.

Bancária denuncia assédio moral em reportagem no Jornal Hoje da Globo

Uma bancária apresentou denúncia de assédio moral, durante reportagem na edição desta quarta-feira (5) do Jornal Hoje, da Rede Globo. Ela tinha 18 anos de banco, exercia o cargo de chefe da contabilidade e contou que foi vítima de humilhações na jornada de trabalho pelo gerente geral ao longo de três anos e acabou demitida.A funcionária, cujo nome do banco não foi divulgado, revelou que chegou a ser obrigada a participar junto com as demais mulheres da unidade de uma festa e cortar o bolo de aniversário, que tinha a forma de órgão genital. A reportagem mostra também casos de outros trabalhadores assediados e depoimentos de advogados."A Justiça está aceitando e está admitindo como doenças ocupacionais uma série de doenças tipo assédio comprovado através de documento médico. Se o fato ocorreu no trabalho, é considerado uma doença de acidente de trabalho", afirma Dário Ambrósio, advogado.Nesse sentido, os deputados federais Ricardo Berzoini (PT/SP), Pepe Vargas (PT/RS), Jô Morais (PCdoB/MG), Paulo Pereira da Silva (PDT/SP) e Roberto Santiago (PV/SP) apresentaram no último dia 28 de abril, em atividade comemorativa do "Dia Mundial em Memória da Vítimas de Acidentes do Trabalho", o Projeto de Lei 7.202/2010, com o apoio da CUT e outras centrais sindicais, cujo propósito é a alteração da Lei Previdenciária nº 8.213/91, enquadrando o assédio moral como acidente do trabalho. A Contraf-CUT entrou em contrato com a produção do programa, após a exibição da reportagem, para solicitar que as entidades sindicais dos bancários sejam também ouvidas pela Globo, a fim de mostrar as lutas da categoria para combater o assédio moral. "Uma das principais conquistas da Campanha Nacional 2010 foi a inclusão da cláusula de prevenção dos conflitos no ambiente de trabalho, que possibilitará ao bancário fazer uma denúncia no sindicato e o banco terá um prazo de até 60 dias para dar uma resposta", disse o secretário de imprensa da Contraf-CUT, Ademir Wiederkehr. Clique aqui para assistir a reportagem do Jornal Hoje da Globo.Leia a íntegra do texto da reportagem no Jornal Hoje da Globo:Quando um chefe persegue e humilha um funcionário ele pode ser acusado de assédio moral e até responder um processo na Justiça.Uma cena que acontece num ambiente onde um manda, o outro obedece. Muitas vezes por medo de perder o emprego.Uma mulher trabalhou como chefe da contabilidade de um banco durante 18 anos. O constrangimento era provocado pelo gerente geral. "Era sempre aquele comportamento comigo", contaHouve uma festa de aniversário e as mulheres da agência foram obrigadas a participar. "Pediu pra que eu partisse o bolo e como era o bolo? Um órgão genital", conta.O assédio durou três anos e terminou demitida. "Eu não esqueço de nada disso eu esqueço. São coisas que eu relembro sempre", afirmaSe ela tivesse sofrido a humilhação uma ou duas vezes, isso não poderia ser considerado assédio moral.Esse tipo de violência é caracterizado por acontecer repetidas vezes, dentro da jornada de trabalho, quando a pessoa está exercendo a sua função. A vítima se sente desestabilizada e muitas vezes só tem vontade de pedir demissão."No caso do assédio a empresa irá responder pelos danos que vir a causar", declara Ney Araújo, advogado.Sugestões de especialistas para se proteger do assédio:- Anote detalhes das agressões: hora, local, nomes.- Mostre evidências aos colegas: procure dar visibilidade ao que lhe acontece, mostrando as evidências aos colegas, por exemplo.- Só converse com agressor na presença de testemunhas- Exija por escrito uma explicação do agressor.- Guarde uma cópia da resposta e envie o original ao departamento de recursos humanos.E o que acontece com quem denuncia? Essa é a pergunta que muitos trabalhadores fazem. O caminho é procurar a representação do Ministério do Trabalho na sua cidade.Com autorização do empregado, os fiscais vão procurar o chefe de quem pratica o assédio. Uma segunda etapa é a mediação. E se ainda assim a questão não for resolvida, a empresa poderá ser fiscalizada e a denúncia encaminhada ao Ministério público."A Justiça está aceitando e está admitindo como doenças ocupacionais, uma série de doenças tipo assédio comprovado através de documento médico. Se o fato ocorreu no trabalho é considerado uma doença de acidente de trabalho", afirma Dário Ambrósio, advogado.Jânio sofreu um bocado na loja onde era estoquista. Era um constrangimento. "A gente entrava numa sala junto com o revistador e ficava totalmente nu", conta Jânio Moraes, estoquista.As revistas eram feitas três ou quatro vezes por dia. Antes de se sentir pior ainda, ele foi à Justiça e ganhou uma indenização de sete mil reais. "Você tenta uma indenização por danos morais para que eles não possam fazer mais com ninguém", afirma.
Fonte: Contraf-CUT com Jornal Hoje da Globo