quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

COE Itaú reúne-se para retomar pauta de negociações permanentes com banco


 

  
Crédito: Contraf-CUT
Contraf-CUTPresidente da Contraf-CUT, Carlos Cordeiro, participou da reunião

A Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Itaú reuniu-se nesta quarta-feira 27 com a participação do presidente e da secretária-geral da Contraf-CUT, Carlos Cordeiro e Ivone Silva, para retomar a pauta de negociações permanentes com o banco, que incluem defesa do emprego, plano de saúde, remuneração, saúde e condições de trabalho e previdência complementar. 

Esses são os temas que nortearão o Encontro Nacional dos Funcionários do Itaú, que a Contraf-CUT realizará nos dias 2, 3 e 4 de abril, em local ainda a ser definido. As federações terão até o dia 22 de março para realizar os encontros estaduais ou regionais, para aprofundar o debate sobre esses temas.

Na reunião realizada na sede da Contraf-CUT, em São Paulo, o Dieese fez uma apresentação do balanço de 2012 do Itaú, que apresentou um lucro líquido recorrente de R$ 14 bilhões - o segundo maior resultado positivo da história do sistema financeiro nacional -, ficando apenas atrás do lucro do próprio banco em 2011, que foi de R$ 14,6 bilhões.

"Foi um resultado extraordinário, mesmo com o Itaú provisionando R$ 24 bilhões para dívidas superiores a 90 dias, o que é um evidente superdimensionamento da PDD, frente a uma inadimplência baixa e estável", avalia Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT. "Portanto, é inadmissível diante desse lucro o Itaú eliminar oito mil postos de trabalho em 2012."

Por isso, os integrantes da COE Itaú e os dirigentes da Contraf-CUT definiram a defesa do emprego como a principal bandeira de luta dos bancários do Itaú em 2013. Eles discutiram também os problemas enfrentados pelos bancários com o plano de saúde, reabilitação profissional, previdência complementar e os abusos decorrentes do horário estendido nas agências do banco. 

Convênio médico

O Comitê de Acompanhamento do Plano de Saúde (CAPS), composto por representantes da Contraf-CUT e do banco, se reunirá nesta quinta-feira 28, às 17h, no CEIC, para tratar do modelo de sustentação financeira do plano de saúde. 


Fonte: Contraf-CUT

Bancários de São Paulo lembram Dia Internacional de Prevenção às LER/Dort

  
Crédito: Seeb São Paulo
Seeb São PauloDor crônica constante de difícil controle. Esta é a melhor definição para os trabalhadores que sentem diariamente o drama do desenvolvimento de LER/Dort - Lesões por Esforços Repetitivos (LER) ou os Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho (Dort). A quinta-feira, 28 de fevereiro, é marcada pelo Dia Internacional de Prevenção às LER/Dort.

É dessa maneira que vive uma funcionária do Itaú, apenas um exemplo de bancários adoecidos em diversas instituições financeiras. "Os movimentos do meu ombro ficaram limitados. Não consigo mais digitar. Fui fazer o exame periódico e conversei antes com meu chefe. Ele dizia para eu não comentar sobre o problema de saúde no serviço médico do banco", relata, sobre o descaso.

Afastada diante da gravidade do problema, procurou um ortopedista e iniciou tratamento que culminou em cirurgia no tendão do ombro. Após dois anos, ainda não consegue movimentar bem o braço.

A bancária também precisou operar a mão para tentar solucionar síndrome do túnel do carpo. Recebeu alta pelo INSS e pelo médico do trabalho do banco, o qual a orientou a voltar às mesmas atividades que exercia ao adoecer. "O médico do banco me disse: 'não posso fazer nada por você' e, antes mesmo da consulta, pediu para eu ir preparada para voltar ao trabalho". O desafio pela saúde continua. Uma nova cirurgia, na outra mão, está marcada para abril.

"Essa é uma doença infelizmente comum entre os bancários e responsável pela perda de movimentos em diversos casos de trabalhadores já atendidos no Sindicato, o que gera também transtornos mentais pela incapacidade e frustração que precisam enfrentar ao tentar realizar movimentos", ressalta a secretária de Saúde do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Marta Soares, referindo-se à lesão que se dá quando o nervo mediano, que passa pela região do punho chamada túnel do carpo, fica submetido à compressão, provocando dormência e formigamento.

Marta ressalta que o agravamento das doenças causadas por esforços repetitivos dentro das instituições financeiras se deve também à falta de programas de prevenção, os quais deveriam ser organizados pelos empregadores. "Hoje, o modelo organizacional imposto pelos bancos simplesmente ignora a existência das LER/Dort, como se o adoecido fosse descartável. Não há prevenção, só existe uma gestão que preza pelas metas exacerbadas".

Para a médica pesquisadora da Fundacentro, Maria Maeno, entre os principais agravantes estão: "diminuição do contingente de trabalhadores, intensificação do ritmo e aumento do volume de trabalho, além da exigência de cumprimento de metas definidas unilateralmente".

Ela ressalta que campanhas contra acidentes ou doenças dentro dos bancos só têm sentido se houver verdadeiramente vontade de se prevenir esses eventos. "O sentido das campanhas não pode ser o de alertar os trabalhadores para os perigos, riscos e situações se não houver concomitantemente mudanças das condições que propiciam os acidentes e adoecimentos. O empenho tem de ser de mudanças na organização do trabalho", diz a médica.


Fonte: Contraf-CUT com Seeb São Paulo

Contraf cobra mais contratações e fim da rotatividade no CRT do Santander


Crédito: Seeb São Paulo
Seeb São PauloBancários reivindicaram também melhores condições de trabalho

Em reunião do Comitê de Relações Trabalhistas (CRT) do Santander, ocorrida nesta quarta-feira (27), nas dependências do Casa 1, em São Paulo, a Contraf-CUT, federações e sindicatos voltaram a cobrar mais contratações de funcionários e fim da rotatividade, bem como o acesso aos dados mensais do banco ao Cadastro Geral de Emprego e Desemprego (Caged) do Ministério do Trabalho e Emprego. Os representantes do banco espanhol ficaram de levar as propostas para avaliação interna.

"O Santander cortou 975 postos de trabalho durante as demissões em massa antes do Natal, conforme foi apurado pelo Dieese a partir dos dados apresentados pelo banco ao Ministério Público do Trabalho, em Brasília", lembrou Ademir. No terceiro trimestre de 2012, o quadro de pessoal que era de 55.120 funcionários foi reduzido para 53.992, no quarto trimestre, o que representou um corte de 1.128 vagas. 

"Além disso, no mesmo período o número de agências passou de 2.384 para 2.407, o que aumentou ainda mais a carência de funcionários nas agências e postos. Temos várias unidades onde os gerentes solicitam ao sindicato o fechamento da agência por não terem condições de atender com apenas um funcionário no caixa", destacou a diretora do Sindicato dos Bancários de São Paulo e coordenadora da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Santander, Maria Rosani.

Condições de trabalho

As entidades sindicais discutiram as demandas da pauta de reivindicações, buscando melhoria das condições de trabalho nas agências, postos de atendimento e centros administrativos. 

Uma das propostas reiteradas foi novamente o fim das metas para os caixas. "Já foi acordado em reuniões anteriores com o movimento sindical que caixas não têm metas, mas não é o que acontece nas agências, onde caixas são obrigados a vender produtos aumentando o tempo de espera dos clientes na fila", disse Ademir. "A demora no atendimento facilita ainda a ação dos olheiros que praticam o crime da saidinha de banco", alertou.

"Solicitamos a entrega ao movimento sindical de uma orientação por escrito aos gestores do banco de que os caixas não têm metas e, portanto, não serão avaliados pela venda de produtos", ressaltou o secretário de relações internacionais da Contraf-CUT, Mário Raia. O banco ficou outra vez de analisar o tema internamente.

Foi reivindicado também o fim das reuniões diárias para cobrança de metas nas agências, o fim das metas individuais, a proibição de abertura e prospecção de conta universitária fora da jornada e do local de trabalho, o fim do desvio de funções nas agências, envolvendo caixas, coordenadores e gerentes de atendimento e de negócios, e a proibição de cobrança de metas para estagiário e menor aprendiz.

O banco propôs que o tema seja tratado em reunião específica, com data indicativa para o próximo dia 27 de março, a ser confirmada.

Monitoramento de resultados

A representação sindical denunciou que continua recebendo denúncias de descumprimento da cláusula 35ª da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), que proíbe a exposição de ranking individual dos funcionários. Rosani exibiu e-mail enviado aos gerentes de uma agência da Região Sul do país, com o nome e o desempenho de cada funcionário, comprovando de forma cristalina a violação da norma coletiva. Houve também denúncias de exposição de ranking em reuniões, além de ameaças, pressões e assédio moral em videoconferências.

O banco informou que tem feito comunicados à rede de agências, com orientações sobre a forma correta de divulgação dos resultados, além de discutir o tema em reuniões periódicas com gestores. O banco disse que irá verificar como compartilhar os comunicados com o movimento sindical.

Plano de Cargos e Salários

A Contraf-CUT reivindicou outra vez a criação de um plano de cargos e salários (PCS), conforme proposta apresentada na Campanha Nacional dos Bancários de 2012 para a Fenaban, que remeteu o debate para negociação banco a banco. "Há muitas distorções salariais que desestimulam os funcionários e podem formar outro passivo trabalhista", alertou Ademir.

O banco voltou a dizer que "PCS é para empresa pública, uma vez que na iniciativa privada a realidade é outra". Os dirigentes sindicais rebateram. "PCS garante regras transparentes de ascensão profissional e deveria existir não somente em bancos públicos, mas também nos privados, valorizando os trabalhadores", defendeu o diretor da Contraf-CUT.

Bolsas de auxílio-educação

As entidades sindicais reivindicaram informações referentes ao total de solicitações, número de vagas preenchidas, quantidade de recusas e os motivos das mesmas referentes ao primeiro semestre de 2013.

O banco informou que o prazo de renovação das bolsas, através da confirmação e entrega dos documentos necessários, termina nesta quinta-feira (28) e que o período de novas inscrições vai até o dia 15 de março. Já as informações sobre as bolsas que serão concedidas em 2013 serão apresentadas até o próximo CRT. 

Manutenção da assistência médica para aposentados

A representação sindical reiterou a reivindicação de que seja assegurado aos empregados com cinco anos ou mais de vinculo empregatício, com o Grupo Santander Brasil, bem como para seus respectivos dependentes, a manutenção do plano de saúde durante a aposentadoria, nas mesmas condições de cobertura assistencial de que gozavam quando da vigência do contrato de trabalho, mediante o pagamento de mensalidade correspondente ao valor que era descontado de seu holerite (contra cheque).

O banco informou que alguns estudos sobre esse tema estão em andamento, de forma a adequar-se à legislação e atualização das políticas e se comprometeu em discutir o tema com o movimento sindical, previamente, quanto a eventuais mudanças que ocorrerem.

Redução dos juros e isenção de tarifas para funcionários e aposentados

A representação sindical reivindica a redução das altas taxas de juros de empréstimos, consignado, cheque especial, cartão de crédito, bem como a isenção das tarifas bancarias para todos os funcionários ativos e aposentados do banco. Foi apontada a prática de políticas diferenciadas, como juros desiguais para funcionários e discriminação aos aposentados.

"Queremos respeito e igualdade de tratamento para funcionários e aposentados do banco", ressaltou o diretor da Contraf-CUT e da Afubesp, Camilo Fernandes.

O banco, porém, disse que já oferece condições diferenciadas em produtos e serviços aos funcionários. 

Folga no dia de aniversário

As entidades sindicais reivindicaram a concessão de folga no dia de aniversário para todos os funcionários do banco, conforme já tem sido praticado em vários locais de trabalho. O banco disse que esse assunto continua sendo discutido internamente, prometendo trazer uma resposta até o próximo dia 27 de março.

Nova segmentação de clientes

As entidades sindicais cobraram informações do banco sobre a implantação de agências Select com a exigência do Certificado da Ambima CPA 20 para os funcionários. "Exigimos que o banco trate com mais respeito os trabalhadores sobre esse processo, avisando-os com antecedência, bem como os capacitando para se adequarem", salientou Rosani.

O banco explicou que se trata de uma política de segmentação, a exemplo do Van Gogh, porém voltada aos clientes de alta renda, nos moldes do Private e Personnalité de outros bancos. Também disse que se propõe a realizar uma apresentação aos dirigentes sindicais para detalhar a dinâmica do Select, em data a ser definida para o mês de abril.

Programa de Reabilitação Profissional

A representação sindical reivindicou a apresentação de Programa de Reabilitação Profissional, conforme estabelece a cláusula 43ª da CCT. O banco concordou em discutir o tema no Fórum de Saúde e Condições de Trabalho, em data a ser agendada.

Pessoas com deficiência (PCD)

As entidades sindicais reivindicaram melhores condições de trabalho e valorização dos funcionários com deficiência (PCD), com a transferência de suas lotações para locais mais próximos de suas residências, como forma de facilitar a mobilidade e a qualidade de vida.

O banco informou que desenvolve diversas ações voltadas para esse público e propôs a realização de uma reunião específica, com a presença de especialistas da área, com data indicativa do próximo dia 14 ou 15 de março, a ser confirmado em breve.

Tempo de casa

O Santander paga um prêmio de dois salários aos funcionários que completam 25 anos de casa. Foi reivindicado que o pagamento seja também concedido para quem completa esse tempo dentro do aviso prévio, pois ele é considerado para todos os cálculos de rescisão de contrato de trabalho.

O banco disse que a política de tempo de casa "é uma liberalidade da organização e que a projeção do aviso prévio no pagamento da verba se torna inviável". 

Segurança

A Contraf-CUT denunciou a abertura de agências sem vigilantes durante as greves e mobilizações dessa categoria no país. Houve até bancários acionando a porta giratória, que é tarefa exclusiva de vigilantes. A orientação da Febraban de que podem abrir sem vigilantes unidades que não têm movimentação de numerário contraria frontalmente a lei federal nº 7.102/83, que exige a presença de vigilantes no horário de expediente ao público. 

"Os sindicatos devem denunciar qualquer irregularidade para a Delegacia de Controle de Segurança Privada (Delesp) da Polícia Federal e tomar as demais medidas cabíveis, a fim de garantir segurança e proteger a vida dos bancários", defende Ademir, que também é coordenador do Coletivo Nacional de Segurança Bancária da Contraf-CUT. 

Novos boatos

Ao final da reunião, Ademir solicitou uma posição do Santander sobre os novos boatos de venda ao Bradesco. O banco respondeu dizendo que os rumores "serão desmentidos em março". Segundo os boatos, a venda seria anunciada no dia 10 de março, data de aniversário do Bradesco. 

Calendário de reuniões

O banco ficou de definir nos próximos dias uma nova agenda de reuniões temáticas e grupos de trabalho, envolvendo:

- Fórum de Saúde e Condições de Trabalho
- Reunião sobre Condições de Trabalho
- Reunião sobre Igualdade de Oportunidades
- Grupo de Trabalho sobre eleições no SantanderPrevi
- Grupo de Trabalho sobre Call Center
- Reunião sobre Pessoas com Deficiência

Avaliação

"Foi mais uma reunião do CRT com muitos debates, onde sobraram cobranças dos dirigentes sindicais e faltaram soluções por parte do banco para atender as reivindicações e melhorar as condições de trabalho nas unidades", avaliou Ademir. 

"Precisamos construir um processo de mobilização nacional para avançar as negociações, a exemplo da forte pressão exercida sobre o banco em dezembro após as demissões em massa", concluiu o dirigente da Contraf-CUT.

Participação

Participaram da reunião representantes da Fetec-SP, Feeb RJ-ES, Fetrafi-RS, Fetraf-MG, Fetrafi-Nordeste, Fetec-Centro/Norte, Fetec-PR, Fetec-SC, Feeeb SP-MS e Feeb BA-SE, bem como dirigentes de vários sindicatos e da Afubesp. 


Fonte: Contraf-CUT

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Lula abre nesta quarta comemorações dos 30 anos da CUT em 2013


O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva abrirá nesta quarta-feira, dia 27, em São Paulo, as comemorações do 30º aniversário da CUT, na 1ª plenária da Direção Nacional da Central de 2013 - a CUT faz 30 anos em agosto deste ano.

Lula fará uma saudação para os mais de 130 sindicalistas da CUT de todo o Brasil, que estarão reunidos em um hotel no centro da capital paulista. Ele falará sobre as lutas, reivindicações e conquistas da classe trabalhadora brasileira nos últimos anos e também sobre os desafios para as próximas três décadas.

Na ocasião, ex-presidentes, dirigentes e fundadores da CUT, serão homenageados.


Fonte: CUT

Conselho Deliberativo da Funcef se reúne nesta quarta, em Brasília

  
A reunião mensal ordinária do Conselho Deliberativo (CD) da Funcef, o fundo de pensão dos empregados da Caixa Econômica Federal, acontece nesta quarta-feira, dia 27, na sede da Fundação, em Brasília. O CD é composto por três membros indicados pela patrocinadora, a Caixa, e três eleitos pelos associados. Participam também da reunião os suplentes eleitos.

"Estamos na expectativa de a fundação divulgar o balanço de 2012. Lembramos aos participantes que sempre fiquem atentos às informações divulgadas para os trabalhadores. Nós, conselheiros deliberativos, também estamos à disposição para tirar as dúvidas dos empregados da Caixa e continuaremos a fiscalizar a Funcef", afirma Antônio Luiz Firmino, conselheiro eleito da Funcef. 

A pauta da reunião desta quarta tem os seguintes assuntos para deliberação: balancete de novembro de 2012; Diretriz Executiva referente à gestão de investimentos e regime de alçadas mobiliárias; renovação do contrato de prestação de serviços de auditoria externa; e atualização da Diretriz Executiva referente a restrição da relações negociais. 

Os conselheiros eleitos são Antônio Luiz Firmino, Olívio Gomes Vieira e José Miguel Correia (titulares) e Marco Antônio Moita, Manuel Alfredo Filho e Gilmar Cabral Aguirre (suplentes).


Fonte: Seeb Brasília com Fenae

Caixa confirma pagamento da segunda parte da PLR nesta sexta

  
A Caixa Econômica Federal confirmou o pagamento antecipado da segunda parte da Participação nos Lucros e Resultados (PLR) nesta sexta-feira, dia 1º de março. O crédito foi reivindicado pela Contraf-CUT, federações e sindicatos, durante a negociação permanente com a instituição no último dia 20. 

O banco apurou lucro líquido recorde de R$ 6,1 bilhões no exercício de 2012, a partir do árduo e intenso trabalho realizado pelos bancários, com esforço ainda maior daqueles que atuam nas unidades de ponta, mesmo submetidos a condições de trabalho longe das ideais e, muitas vezes, extremante adversas. Escassez de pessoal, agências mal equipadas e subdimensionadas e acúmulo de horas não remuneradas são exemplos dos percalços.

Um dos fatores apontados pelo Dieese como decisivo para esse resultado foi o lançamento do programa Caixa Melhor Crédito, em abril do ano passado, que ampliou significativamente a participação da empresa no mercado. Foram abertas 6,8 milhões de novas contas, o que representou aumento de 12,3% para 15% na fatia do mercado ocupada pela Caixa.

Foram 6,7 milhões de novos correntistas e poupadores a iniciarem relacionamento bancário com o banco em 2012. Apenas correntistas no segmento de pessoas físicas foram 3,1 milhões, enquanto no segmento de pessoas jurídicas foram 350 mil. A base de clientes totalizou 65,2 milhões, uma evolução de 11,4% em relação ao ano anterior.

A carteira de crédito da Caixa cresceu 42%, encerrando o ano com saldo de R$ 353,7 bilhões. Foi, de longe, a maior expansão de crédito do mercado - a média de crescimento entre todas as instituições ficou em 15%.

A contratação imobiliária atingiu R$ 106,7 bilhões, um crescimento de 33,3% em relação ao mesmo período de 2011. Desse total, R$ 46,7 bilhões foram realizados com recursos da poupança (SBPE) e R$ 38,7 bilhões nas linhas que utilizam o FGTS.

Além do excelente desempenho face à concorrência, a Caixa mostrou arrojo também no cumprimento de seu papel social. No programa Minha Casa Minha Vida, por exemplo, desde o seu lançamento em 2009 até o final de 2012, a Caixa contratou 2,1 milhões de novas moradias, totalizando R$ 134,5 bilhões. Destas contratações, já foram entregues aos beneficiários mais de 1 milhão de unidades habitacionais, beneficiando cerca de 4,1 milhões de pessoas.


Fonte: Contraf-CUT com Fenae

terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Renda média do trabalhador sobe em 4 das 6 regiões pesquisadas, diz IBGE


2013
  
O rendimento médio do trabalhador aumentou em quatro das seis regiões pesquisadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em janeiro, na comparação o mesmo período de 2012. As maiores altas foram registradas em Belo Horizonte (5,2%) e São Paulo (4,1%).

Os dados são da Pesquisa Mensal de Emprego (PME), divulgada nesta terça-feira (26) pelo instituto. Em relação a dezembro de 2012, o rendimento aumentou em Porto Alegre (2%) e em São Paulo (0,5%), mas caiu em Salvador (-1,3%), no Rio de Janeiro (-0,8 %) e no Recife (-0,7%). Em Belo Horizonte, o valor médio se manteve em janeiro em relação ao mês anterior.

Nessa mesma comparação, entre os grupamentos de atividades, houve queda no rendimento médio em janeiro nos grupos de serviços prestados à empresa, aluguéis, atividades imobiliárias e intermediação financeira (-3,1%) e de construção (-1,8%).

Já na comparação com janeiro do ano passado, o maior aumento no nível de rendimento foi registrado no trabalho doméstico (6%). Ao mesmo tempo, a maior queda no nível de ocupação também ocorreu nessa atividade. O número de ocupados nos serviços domésticos teve variação negativa de 5,9% na comparação com dezembro e de 4,5% em relação a janeiro de 2012.

"O trabalho doméstico vem demonstrando queda. É um serviço que está se tornando mais caro", disse o coordenador da pesquisa, Cimar Azeredo. "Nenhum rendimento aumentou mais do que o do trabalho doméstico. Os trabalhadores domésticos estão conseguindo se inserir em trabalhos melhores e a demanda está maior que a oferta", destacou o coordenador.

Segundo ele, trata-se de uma mudança estrutural. "[O trabalho doméstico] está se tornando cada vez mais um serviço de luxo", acrescentou ele, ao ressaltar que o aumento da escolaridade nesse grupo de trabalhadores é um dos motivos para a queda da procura pela atividade.

O rendimento no emprego doméstico aumentou 7,8% em São Paulo e 6,6% no Rio em janeiro ante o mesmo mês do ano passado.

Outro destaque da pesquisa é o aumento de 4% do emprego com carteira assinada na comparação de janeiro deste ano com igual mês de 2012. Este resultado significa mais 459 mil pessoas trabalhando com carteira assinada em um universo de 11,597 milhões. Já o aumento de pessoas ocupadas chegou a 2,8% no acumulado de 12 meses, segundo Cimar Azeredo.


Fonte: Agência Brasil

Bancária desmaia, passa mal e Itaú responde com demissão em São Paulo


"O banco poderia dar uma satisfação melhor ao demitir um funcionário. Ela estava doente. Existe um exagero das metas. A gestão do banco esquece os limites do ser humano, um cliente que vivencia uma situação dessa não acredita na credibilidade dessa empresa".

O depoimento é do pai da ex-bancária de uma agência do Itaú na zona leste de São Paulo, que trabalhou no local durante cinco anos. O desabafo foi feito enquanto a filha assinava a homologação no Sindicato e ele lembrava que na época em que exercia a mesma profissão - foi bancário durante cerca de 30 anos. As metas já existiam, mas não eram abusivas como são hoje. A trabalhadora, caixa de agência, passou mal enquanto atendia um cliente, com fortes dores na região lombar, na cabeça e nuca. Após se queixar da dor, ninguém a socorreu.

A prioridade para a gerente, segundo a bancária, era que "alguém assumisse logo o posto do caixa". Sem nenhum trabalhador para cumprir a função, a pressão foi grande para que ela se recuperasse e voltasse às suas atividades. Sem melhoras, ela reassumiu seu posto, sem enxergar quase nada, desmaiou. 

"Ninguém chamou socorro. Um bancário me ajudou, se demonstrou preocupado. Precisei pedir ajuda por telefone para minha irmã e, na hora, só pensei em chamar um táxi e ir para o hospital, já que meus pais estavam viajando", conta a trabalhadora.

Segundo ela, em nenhum momento foi cogitada a ideia de pedir uma ambulância ou presença de um médico no local. A bancária relata que ficou deitada no chão. A indisposição começou às 11h15 e somente às 15h a funcionária pediu o táxi por não ter mais condições de permanecer no trabalho após várias tentativas.

Ela foi ao hospital, ainda está passando por uma bateria de exames cardiológicos e de análise clínica, com a possibilidade de ser encaminhada a um neurologista. "O médico disse que por conta da pressão do meu cotidiano existe a possibilidade dessa indisposição ter sido o início de um infarto ou síndrome do pânico".

Demissão 

A surpresa foi a volta ao trabalho. Na segunda-feira, no retorno, foi demitida. "A gerente me chamou e alegou verbalmente abandono de trabalho. Me pressionou a assinar a carta de demissão. Assinei e imediatamente procurei o Sindicato. Questionei sobre o abandono, pois outros bancários sabiam que eu fui ao médico". Além de comunicar a saída para ir ao hospital, outros trabalhadores viram o drama vivido pela bancária, o desmaio e a necessidade de ter ficado deitada no chão da agência enquanto passava mal.

A alegação sobre o abandono de emprego não faz sentindo, uma vez que a legislação trabalhista não dispõe a respeito do prazo de ausência injustificada, mas a jurisprudência trabalhista considera abandono falta de mais de 30 dias ou período inferior se houver circunstâncias evidenciadoras. E a dispensa é por justa causa.

Justiça 

Para a bancária, a história de desrespeito ao trabalhador não pode ficar por isso mesmo. Com os documentos em mãos, ela pretende entrar com uma ação judicial pela omissão de socorro do banco e desrespeito aos seus direitos. "Quando cheguei no hospital, o médico disse que demorei muito para procurar socorro e que a situação poderia ser pior".

A secretária de Saúde do Sindicato, Marta Soares, deixa claro que todo o aparato judicial será disponibilizado para que a bancária receba apoio nesse momento. "A situação é inadmissível. Para nós, a prioridade é que ela esteja com boa saúde. Em seguida, é o apoio para tomar medidas judiciais cabíveis. Vamos analisar o caso e nossos advogados estão a disposição dela e de qualquer trabalhador que se sinta injustiçado e tenha seus direitos lesados pelo empregador".

Metas e adoecimento 

Marta lembra que cada vez mais as metas abusivas adoecem trabalhadores da categoria bancária. O caso da ex-funcionária do Itaú não foi diferente. "Ela era caixa, mas era obrigada a vender produtos. É uma situação injusta com o bancário e com o cliente, que precisa de qualidade no atendimento, não de uma loja de produtos".

A trabalhadora afirma que entre as metas estava a venda de previdência, seguros de acidentes pessoais e seguros mini residenciais. "A pressão era diária. Mas minha nota de avaliação era a máxima", finaliza.

A secretária de Saúde entrou em contato com representantes do banco para reintegrar a trabalhadora dias antes da homologação. "O retorno foi negativo, portanto, o próximo passo é apoiar a bancária no âmbito judicial".


Fonte: Contraf-CUT com Seeb São Paulo