quinta-feira, 28 de março de 2013

Contraf-CUT debate Saúde do Trabalhador com Fenaban nesta quinta


A Contraf-CUT, federações e sindicatos retomam com a Fenaban nesta quinta-feira (28), às 10h, a mesa temática de Saúde do Trabalhador, em São Paulo. A reunião concluirá a semana de debates com os bancos, iniciada com Segurança Bancária (segunda), seguida por Terceirização (terça) e Igualdade de Oportunidade (quarta). 

Um dos pontos da pauta será sobre o atestado médico. "A Fenaban insiste na política de revisão, recusa ou contestação de atestados médicos quando apresentados pelos trabalhadores em suas agências ou departamentos", critica Walcir Previtalle, secretário de Saúde do Trabalhador da Contraf-CUT. "Queremos o fim da prática discriminatória de 'classificação de atestados médicos'", reivindica o dirigente da Contraf-CUT.

A discussão sobre o tema começou na negociação da Campanha Nacional dos Bancários de 2012 e foi remetida para a mesa temática de Saúde do Trabalhador. 

"A mesa temática valoriza o diálogo entre trabalhadores e bancos. Por meio desse espaço já conseguimos importantes avanços para os bancários, como a inclusão de três cláusulas que dizem respeito à saúde do trabalhador na campanha do ano passado e a adesão do Banco do Brasil ao instrumento de combate ao assédio moral", avalia o Walcir. 

Confira alguns pontos da pauta dos bancários:

Pausa de 10 minutos a cada 50 trabalhados

Durante a Campanha Nacional de 2012, ficou definido entre a Contraf-CUT e a Fenaban que seriam analisadas as estatísticas de adoecimento da categoria, de modo a ter instrumentos para averiguar quais funções são mais afetadas pelas LER/Dort. "Queremos a abertura pelos bancos de informações sobre o adoecimento e afastamentos dos trabalhadores", defende Walcir.

A Fenaban considera a existência de micro pausas e minipausas no processo de trabalho bancário como suficientes. "Insistimos na necessidade da introdução de pausas de 10 minutos a cada 50 trabalhados como forma de prevenção e de promoção da saúde de todos os trabalhadores", propõe o dirigente sindical.

Avaliação do PCMSO

O debate sobre a avaliação do Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO) aconteceu nas reuniões da mesa temática no primeiro semestre de 2012, mas sem avanços. "Fizemos propostas, de acordo com o artigo 90 da Minuta de Reivindicações 2012/2013, de construção de um formulário de avaliação conjunto a ser apresentado ao trabalhador quando da realização dos exames médicos previstos no Programa", lembra o diretor da Contraf-CUT.

"Mas a Fenaban insistiu em individualizar o processo quando propõe a cada trabalhador que se manifeste, via canais internos dos bancos, quando for mal atendido durante exames do PCMSO", explica Walcir. "Queremos a elaboração conjunta de formulário de avaliação do PCMSO", ressalta.

SIPAT - Semana Interna de Prevenção de Acidentes

O tema foi debatido na mesa temática antes da Campanha Nacional de 2012. A Fenaban concordou, na época, em incluir na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) a seguinte redação: 

"Os bancos se comprometem a informar os trabalhadores e os sindicatos, com antecedência mínima de 30 dias quando da realização de SIPAT's, bem como local, data e tema". 

Entretanto, o tema SIPAT não foi incluído na CCT 2012/2013. "Queremos retomar o assunto", reivindica Walcir.

Metas de produtividade 

As metas de produtividade é um tema constante nas negociações com os bancos. "Queremos o fim as metas abusivas, pois estão relacionadas ao adoecimento dos trabalhadores. Além dos riscos já estudados e conhecidos do trabalho bancário, como os riscos físicos, os movimentos repetitivos, o ritmo de trabalho acelerado, o risco iminente de assaltos e sequestros, a imposição e a cobrança de metas revelam outro grave fator de risco à saúde de bancários e bancárias, situando os profissionais entre os que mais se afastam do trabalho por problemas psíquicos", salienta o diretor da Contraf-CUT.

Reunião do Coletivo Nacional de Saúde do Trabalhador

A Contraf-CUT realiza nesta quarta-feira (27), às 10h, uma reunião do Coletivo Nacional de Saúde do Trabalhador para preparar os debates na mesa temática. O encontro ocorre na sede da Confederação (Rua Líbero Badaró, 158 - 1º andar), no centro de São Paulo.


Fonte: Contraf-CUT

Bancos do Chipre reabrem nesta quinta, após 12 dias fechados


Universitários do Chipre protestam contra programa de resgate financeiro 

Os bancos do Chipre reabrem nesta quinta-feira (28), após 12 dias fechados para evitar uma corrida de clientes. O funcionamento deve ser entre 7h e 13h (horário de Brasília).

Os correntistas não poderão descontar cheques, nem sacar mais de 300 euros por dia. As novas regras de controle de capital foram anunciadas pelo chefe de auditoria interna do banco central do país, Yiangos Demetriou, à transmissora estatal da ilha.

Demetriou informou ainda que os controles vão permitir uso ilimitado de cartões de crédito dentro do Chipre, mas determinam teto de 5.000 euros por mês no exterior.

Após aceitar um plano de resgate que exige o fechamento de um dos maiores bancos do país e o confisco de cerca de 40% de depósitos acima de 100 mil euros, o Chipre enfrenta ameaça de corrida bancária.

As medidas que estão sendo definidas pelo governo devem evitar que os correntistas retirem grandes quantidades de recursos dos bancos e aprofundem os problemas do sistema financeiro do país.

Nesta quarta, o governo do Chipre finalizou as medidas para restringir saques e movimentações financeiras.

"Vamos procurar a melhor forma de limitar a possibilidade de que grandes quantias saiam, e sem impor condições punitivas à economia, às empresas e aos indivíduos", disse o ministro das Finanças cipriota, Michael Sarris, em entrevista na televisão. "Acho que as medidas estarão dentro dos limites da razão".

O presidente do Banco Central disse mais cedo que controles "frouxos" serão aplicados temporariamente a todos os bancos. Antes, o ministro das Finanças afirmou que isso poderia durar semanas. Os bancos estão fechados desde dia 15 de março, quando o país começou a negociar o resgate.

Rússia diz que controle bancário não ajudará o Chipre

A Rússia, cujos cidadãos têm bilhões de euros depositados em bancos cipriotas, se mostrou contrária a regras rígidas de controle bancário.

"Se houver tais medidas, isso não irá fomentar a confiança, apenas provocar problemas adicionais para os participantes, para os depositantes", disse o ministro russo das Finanças, Anton Siluanov, a jornalistas na noite de terça-feira, na África do Sul, onde participa da cúpula dos Brics (grupo formado por Brasil, Índia, China, Rússia e África do Sul).


Fonte: UOL com Reuters

Governador do DF sanciona lei que obriga bancos a instalar biombos

  
As agências bancárias e os postos de atendimento do Distrito Federal têm 180 dias para instalar divisórias individuais entre o espaço de atendimento dos caixas e a área de espera. A exigência consta de lei sancionada pelo governador Agnelo Queiroz (PT) e publicada nesta quarta-feira (27) no Diário Oficial do Distrito Federal.

Pela legislação, as divisórias precisarão ter altura mínima de 1 metro e 80 centímetros e ser confeccionadas em material que impeça a visualização das operações bancárias por terceiros. A fiscalização caberá ao órgão local de defesa do consumidor, que poderá multar em R$ 500 por dia o banco que descumprir a exigência.

De autoria dos deputados distritais Chico Vigilante (PT) e Liliane Roriz (PSD), a lei tem como objetivo prevenir os assaltos a clientes que sacam dinheiro em valores altos. Observadas pelos bandidos dentro das agências, eles acabam assaltados quando saem do estabelecimento, crime conhecido como "saidinha de banco".

Por meio da assessoria de imprensa, a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) informou que a entidade e os bancos associados ainda estão estudando as adaptações necessárias para cumprir a medida. No entanto, uma posição definitiva só será repassada depois do prazo estabelecido na regulamentação da lei.


Fonte: Agência Brasil

quarta-feira, 27 de março de 2013

Previ Futuro abre empréstimo para quem quer retornar ao plano

  
Os funcionários do Banco do Brasil que se desligaram do Previ Futuro contam com a possibilidade de empréstimo junto à Previ (fundo de pensão) para retornar ao plano, através do Empréstimo Simples Reingresso.

Essa linha de crédito financia a parte 1 acumulada, não recolhida desde a saída do participante - contribuição responsável pela formação das reservas necessárias ao pagamento dos benefícios de risco. 

"Trata-se de uma grande oportunidade para que todos os funcionários do BB estejam na Previ. O bancário contribui com no mínimo 7% do salário, sendo acompanhado pela patrocinadora com o mesmo percentual, formando reserva de poupança que se converterá em benefício de aposentadoria", explica Rafael Zanon, conselheiro deliberativo eleito da Previ e diretor do Sindicato dos Bancários de Brasília.

Essa foi uma reivindicação dos funcionários que a chapa eleita Unidade na Previ encaminhou à direção do fundo de pensão. O Empréstimo Simples Reingresso já existia, mas só possibilitava o financiamento do acumulado da parte 1 e 2 não paga desde a saída do participante, o que desestimulava muitos funcionários. Com a mudança na sua operacionalização, muitos bancários contam agora com as condições necessárias para voltar ao plano. 

Para ativar o Empréstimo, basta entrar em contato com a Previ. Mais informações em www.previ.com.br 


Fonte: Contraf-CUT com Seeb Brasília

Taxas de juros do cheque especial sobem e chegam a 138,5% ao ano

  
A taxa de juros do cheque especial para pessoas físicas voltou a subir, de acordo com dados do Banco Central (BC), divulgados nesta terça-feira (26). Em fevereiro, a taxa média ficou em 138,5% ao ano, com alta de 0,5 ponto percentual em relação a janeiro.

Em janeiro a taxa havia ficado estável em relação a dezembro, depois de um processo de queda iniciado em abril do ano passado, quando saiu de 170,1%, em março, para 163,2% ao ano.

A taxa do crédito pessoal, desconsideradas operações consignadas em folha, também subiu, ao passar de 68,1%, em janeiro, para 69,8% ao ano, em fevereiro. No caso do crédito consignado, houve alta de 0,2 ponto percentual, para 24,7% ao ano.

Já a taxa de juros do crédito para compra de veículos ficou estável em 20,5% ao ano, em fevereiro em relação a janeiro.


Fonte: Agência Brasil

Contraf-CUT discute condições de trabalho com Santander nesta quarta


A Contraf-CUT, federações e sindicatos discutem com o Santander nesta quarta-feira (27), às 14h, as condições de trabalho nas agências do banco. A reunião específica foi marcada no último Comitê de Relações Trabalhistas (CRT) e ocorre no prédio do ex-Banespa (16º andar), no centro de São Paulo.

As entidades sindicais reivindicam melhoria das condições de trabalho nas agências, postos de atendimento e centros administrativos. Dentre as propostas, destacam-se mais contratações de funcionários, fim das metas para os caixas, proibição da abertura e prospecção de contas universitárias fora da jornada e do local de trabalho, fim das reuniões diárias para cobrança de metas e do desvio de funções nas unidades.

Antes da reunião com o banco, a Contraf-CUT realiza, às 10h, uma reunião da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Santander, no auditório da Confederação (Rua Líbero Badaró, 158 - 1º andar), no centro de São Paulo, a fim de preparar os debates.

Próximas reuniões agendadas com o Santander

Fórum de Saúde e Condições de Trabalho
- 3 de abril (quarta-feira), às 14 horas

GT do SantanderPrevi
- 11 de abril (quinta- feira), às 14 horas

GT de Call Center
- 19 de abril (sexta-feira), às 14 horas

Reunião sobre segmento Select
- 30 de abril (terça-feira), às 14 horas


Fonte: Contraf-CUT

terça-feira, 26 de março de 2013

Assaltos a bancos crescem 19,24% em 2 anos, aponta pesquisa da Fenaban


Crédito: Jailton Garcia - Contraf-CUT
Jailton Garcia - Contraf-CUTPrimeira reunião da Mesa Temática de Segurança Bancária em 2013

Os assaltos a bancos cresceram 19,24% nos últimos dois anos e atingiram 440 ocorrências em 2012 no país, segundo pesquisa da Fenaban. Em 2010, o total havia sido de 369, subindo em 2011 para 422. Esses assaltos, consumados ou não, incluem sequestros e envolvem agências e postos de atendimento bancário. Não estão inseridos ataques a caixas eletrônicos.

Os números foram revelados para a Contraf-CUT, federações e sindicatos nesta segunda-feira (25), durante a retomada em 2013 da mesa temática de Segurança Bancária com a Fenaban, em São Paulo. A divulgação das estatísticas semestrais de assaltos a bancos está prevista na cláusula 31ª da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), tendo sido uma das conquistas da campanha nacional de 2010. 

"O crescimento dos assaltos não surpreende os bancários", reagiu Ademir Wiederkehr, secretário de imprensa da Contraf-CUT e coordenador do Coletivo Nacional de Segurança Bancária. "A violência aumentou, mas os bancos não ampliaram os equipamentos de segurança nos estabelecimentos. O Itaú ainda retirou portas giratórias na reforma de agências em 2010 e o Bradesco sem o banco postal abriu centenas de agências e postos no mesmo período, com falta de portas giratórias e até com número insuficiente de vigilantes", avaliou.

"Além disso, a lei federal nº 7.102/83 que está completando 30 anos se encontra defasada e, mesmo assim, ainda vive sendo descumprida, como comprovam as multas aplicadas contra vários bancos pela Polícia Federal", destacou o dirigente sindical. "Há ainda abertura de agências e postos em locais inseguros e até sem plano de segurança aprovado pela Polícia Federal", denunciou.

O diretor da Contraf-CUT observou que "o crescimento de assaltos interrompe uma onda decrescente que vinha desde 2000", quando a Fenaban apurou 1.903 ocorrências. "Naquele ano, por força da luta dos bancários e vigilantes e da aprovação de leis municipais em todo país, os bancos começaram a instalar portas giratórias, que foram decisivas para a redução dos ataques a agências e postos na década passada", frisou.

Confira os números apresentados pela Fenaban:

. 2000 - 1.903
. 2001 - 1.302
. 2002 - 1.009
. 2003 - 885
. 2004 - 743
. 2005 - 585
. 2006 - 674
. 2007 - 529
. 2008 - 509
. 2009 - 430
. 2010 - 369
. 2011 - 422
. 2012 - 440

Para a Fenaban, o aumento dos assaltos está vinculado à migração de quadrilhas que atuavam em outras ações criminosas. Os dirigentes sindicais cobraram maior prevenção dos bancos. "Não podemos jogar toda responsabilidade para a segurança pública. Os bancos têm que fazer a sua parte, que é investir mais na segurança dos estabelecimentos, instalando portas giratórias antes do autoatendimento, câmeras internas e externas com monitoramento em tempo real, vidros blindados nas fachadas e biombos em frente aos caixas, dentre outros equipamentos", ressaltou Ademir.

A Contraf-CUT solicitou novamente acesso às estatísticas de arrombamentos da Fenaban, bem como números de "saidinha de banco". Os bancos se recusaram, alegando que isso não está previsto na convenção coletiva e que esses ataques não envolvem "relação de trabalho". Os dirigentes sindicais discordaram. "Essa violência traz insegurança para os trabalhadores e a sociedade. Como é possível chegar ao local de trabalho arrombado e ficar tranquilo?", questionou Ademir.

Os sindicalistas ainda solicitaram informações sobre o projeto piloto de segurança bancária, a ser testado em Recife, Olinda e Jaboatão dos Guararapes. Os bancários apresentaram em dezembro do ano passado propostas para a melhoria da proposta dos bancos. A Fenaban respondeu que por enquanto não existe prazo para a sua implantação.

A próxima mesa temática será realizada em junho. A Contraf-CUT pautou dois assuntos para novas discussões com os bancos: "saidinha de banco" e sequestro de bancários. Os dois temas foram debatidos no ano passado, mas não houve avanços.

Pesquisa realizada pela Contraf-CUT e Confederação Nacional dos Trabalhadores Vigilantes (CNTV), com apoio do Dieese, apontou que no ano passado foram mortas 57 pessoas em assaltos envolvendo bancos, uma média de cinco por mês, e um aumento de 147,8% com relação a 2010, quando 23 pessoas foram assassinadas em todo o país.

"Esperamos aprofundar os debates, visando construir soluções para os problemas de insegurança, com a visão de proteger a vida de trabalhadores e clientes", concluiu Ademir.


Fonte: Contraf-CUT

Novas paralisações em São Paulo contra horário diferenciado no Itaú

  

Seeb São Paulo"As pessoas estão adoecendo e se afastando do trabalho. Outros funcionários tiveram de trancar a matrícula na faculdade porque não conseguiram mais frequentar o curso. Há colegas que pediram demissão por não terem com quem deixar os filhos devido a essa jornada que ultrapassa dez horas praticamente todos os dias".

O desabafo é de um bancário de uma das agências do Itaú instaladas em shoppings centers de São Paulo que tiveram seu horário de atendimento alterado de forma unilateral para das 12h às 20h. A jornada de seis horas é conquista da categoria de 1933, após luta que se desenrolara desde o ano anterior.

A fim de protestar, o Sindicato dos Bancários de São Paulo promoveu nesta segunda-feira (26) a operação Fecha Banco em oito unidades nos shoppings Aricanduva, Tatuapé, Itaquera, Anália Franco e Central Plaza, todos na zona leste de São Paulo. No ato, os dirigentes sindicais interromperam o atendimento ao público às 16h para que os funcionários pudessem terminar suas tarefas dentro da jornada (na foto, o relógio marca já 18h20 e a agência permanece aberta).

"Reivindicamos que o Itaú marque negociação para discutir o assunto. Elencamos pelo menos 15 agências nas quais ocorrem constantes extrapolações da jornada em função de se impor novo horário de atendimento sem as condições adequadas. Não tivemos resposta do Itaú e vamos intensificar os protestos", destaca a dirigente sindical Valeska Pincovai.

Rotina comprometida 

Outro funcionário relata que o novo horário compromete tanto a rotina de trabalho quanto a vida particular. "Com o atendimento das 10h às 16h tínhamos tempo para abrir ou fechar os caixas e outras rotinas. Agora essa possibilidade não existe mais. Temos de chegar às 10h30 ou 11h para iniciar as tarefas e ficamos bem depois das 20h para atender quem está na agência e ainda processar envelopes. Tem caixa saindo depois das 22h." 

Sobre sua vida pessoal, ele reclama: "Tenho mulher e filhos pequenos e não os vejo durante a semana, pois saio cedo para o trabalho e quando chego, à noite, já estão dormindo".

A crítica, segundo o trabalhador, é compartilhada pelos demais empregados da agência. "O Itaú tinha de, pelo menos, criar dois turnos de trabalho. Assim, teríamos nossa jornada respeitada, poderíamos organizar melhor nossas vidas e diminuir o volume de trabalho. O pior é que se a gente reclama, recebemos a resposta do tipo: não está satisfeito? Peça a conta", destaca.

Segundo a presidenta do Sindicato, Juvandia Moreira, a extensão do horário de atendimento para de 9h às 17h com a criação de dois turnos de trabalho é reivindicação antiga dos trabalhadores. "A medida criaria novos postos de trabalho e melhoraria o atendimento ao público. Só que essa ampliação tem de ocorrer respeitando a jornada de seis horas da categoria e não da forma como o Itaú vem fazendo", critica.

Atualmente, em torno de 450 agências funcionam com horário diferenciado no Brasil; 64 delas se encontram na base de São Paulo, Osasco e região; 25 em shoppings.


Fonte: Contraf-CUT com Seeb São Paulo

Inadimplência recua, mas provisões para empréstimos duvidosos não caem


A queda na inadimplência observada desde o segundo semestre do ano passado não convenceu os bancos a reduzirem as reservas para cobrir créditos duvidosos (com risco de não serem pagos). Segundo levantamento da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), a inadimplência no fim do ano passado recuou para níveis parecidos com os observados no primeiro trimestre de 2008, antes do início da crise financeira. As provisões dos bancos, no entanto, não acompanharam essa redução.

De acordo com a Febraban, o volume de provisões está estável há seis semestres entre 6,1% e 6,3% do total emprestado pelas instituições financeiras, enquanto a inadimplência encerrou 2012 em 3,4%. No primeiro trimestre de 2008, quando a inadimplência atingia 3,5%, as provisões equivaliam a apenas 5% da carteira de crédito.

Para o economista e especialista em crédito Fábio Gallo, da Fundação Getulio Vargas (FGV), a demora de os bancos reagirem à queda da inadimplência é natural e se deve ao temor de que o nível de pagamentos em atraso volte a aumentar em 2013. "A inadimplência parece ter voltado à normalidade, mas ainda não há certeza de que essa queda seja consistente. Nem todos os números indicam isso", diz.

Um dos sinais, destaca o economista, de que os riscos ainda não estão erradicados deve-se à expansão do crédito em 2009 e 2010. Nesses anos, o governo concedeu empréstimos com juros baixos e prazos longos para estimular a economia. "Existe uma questão temporal. Quem comprou carro em 60 meses naquela época ainda está no meio do percurso e, em algum momento, pode não dar mais conta de arcar com o financiamento", explica.

A manutenção do volume de provisões em níveis mais altos tem tido impacto sobre o lucro dos bancos. Segundo o próprio levantamento da Febraban, as despesas com as provisões, quando as instituições, de fato, usam as reservas para cobrir prejuízos com a inadimplência, saltaram de R$ 60 bilhões no fim de 2011 para R$ 75 bilhões no fim do ano passado. Isso, de acordo com a pesquisa, fez os lucros acumulados em 12 meses pararem de crescer e permanecerem em torno de R$ 51 bilhões nos últimos dois anos.

Como o patrimônio líquido das instituições financeiras pesquisadas não parou de aumentar, os bancos tornaram-se menos rentáveis. De acordo com a Febraban, a rentabilidade acumulada do segmento em 12 meses encerrou o ano passado em 17,6%, o menor nível na história recente. "Os balanços recentes dos bancos vieram piores justamente porque os bancos tiveram que reforçar as provisões", avalia Gallo.

Se a inadimplência aumenta as provisões e reduz os lucros das instituições financeiras, o cidadão que pega empréstimos também sente o impacto da inadimplência por meio das taxas de juros. Segundo o Banco Central, a taxa média de juros do sistema financeiro encerrou janeiro em 18,5% ao ano, 0,5 ponto percentual a mais que em dezembro. "A inadimplência compensa e, em alguns casos, até anula o efeito positivo da queda dos juros básicos [taxa Selic] nas linhas de crédito", diz o especialista da FGV.


Fonte: Agência Brasil

segunda-feira, 25 de março de 2013

Chapa única é eleita no Sindicato de Pelotas com 97,74% dos votos

  
Crédito: Seeb Pelotas
Seeb PelotasVotação respalda atuação na defesa dos bancários e da classe trabalhadora

Os bancários de Pelotas e região, no interior do Rio Grande do Sul, elegeram na quarta e quinta-feira, dias 20 e 21, a nova diretoria do Sindicato, que exercerá mandato de 2013 a 2016. Apenas a chapa "Construção Bancária" estava inscrita e recebeu 433 votos, representando 97,74% dos votos válidos. 

A nova diretoria deverá dar continuidade ao trabalho desenvolvido pela atual gestão, ao mesmo tempo em que ampliará suas ações em algumas áreas específicas como saúde, condições de trabalho, meio ambiente e formação.

A posse da nova diretoria será no próximo dia 17 de maio, em solenidade na sede do Sindicato.

Apoio e solidariedade

A solidariedade sempre foi um elemento importante nas lutas dos trabalhadores e nesta eleição não foi diferente. Entidades como a CUT, a Fetrafi-RS e o CPERS/Sindicato acompanharam os dois dias de votação na sede do sindicato para dar seu apoio. 

O diretor da Fetrafi-RS, Arnoni Hanke, afirmou que o Sindicato de Pelotas é um dos filiados mais importantes da Federação, seja na atuação nas lutas específicas da categoria bancária, seja nas lutas comuns dos trabalhadores. 

"A Federação está aqui para apoiar esse processo democrático, pois sempre estivemos presentes nas ações do Sindicato. Queremos exaltar a participação massiva dos bancários nessa eleição, o que dará uma forte legitimidade para a nova diretoria seguir na luta em defesa dos direitos dos bancários e dos demais trabalhadores", disse Arnoni.

O secretário de comunicação da CUT/RS, Alberto Ledur, ressaltou que a categoria bancária historicamente contribui para o debate politico da Central no RS. "Neste momento é fundamental que a categoria referende a chapa, participe, exerça seu direito para dar legitimidade à luta dos trabalhadores", destacou.

"O CPERS reconhece o Sindicato como parceiro da luta da classe trabalhadora, uma categoria forte que contribuiu decisivamente para a unidade dos trabalhadores, tanto do setor público quanto do privado", disse a presidente Rejane Oliveira.

A Contraf-CUT deseja uma baita gestão para a diretoria eleita com muitas lutas e conquistas para os bancários e a classe trabalhadora.


Fonte: Contraf-CUT com Seeb Pelotas

HSBC é campeão de cobrança de tarifas altas, aponta levantamento


O Banco Central possui uma lista de 49 tipos de serviços pelos quais as instituições financeiras cobram taxas. Deles, 30 itens podem ser comparados entre todos os seis maiores bancos: Banco do Brasil, Caixa, Itaú, Bradesco, Santander e HSBC. Este último, foi o campeão, cobrando o maior preço por 16 serviços.

Em segundo lugar vem o Bradesco, que cobra mais por 10 dos itens listados pelo BC, sendo que em três deles empatou com o HSBC. O balanço foi feito pelo blog Achados Econômicos.

O Santander tem o maior preço em seis itens. E o Itaú cobra o preço mais alto em dois itens.

Bancos públicos cobram menos

Os bancos públicos BB e Caixa são os que apresentam as menores taxas. A Caixa não aparece nenhuma vez na lista das maiores tarifas, e apresenta a menor em 25 dos serviços. O Banco do Brasil também não cobra o maior preço por nenhum dos 30 serviços, mas tem o preço mais baixo em seis.

Pela segunda via dos cartão de débito, por exemplo, HSBC e Bradesco cobram R$ 7,90, a tarifa mais cara. A mais barata é a da Caixa, cuja taxa para o serviço é de R$ 5,35. 

Já para exclusão do cadastro de emitentes de cheque sem fundo, o HSBC, novamente campeão, cobra R$ 51,90, enquanto Caixa e BB cobram, respectivamente, R$ 28,50 e R$ 29,28.


Fonte: Contraf-CUT com Seeb São Paulo

BB reduz em até 70% dinheiro disponível à noite em caixas eletrônicos

  
O Banco do Brasil anunciou nesta sexta-fiera (22) que reduziu em até 70% o dinheiro disponível em seus caixas eletrônicos durante o período da noite. Segundo o banco, a medida é resultado do uso de novo sistema de gestão de cédulas. Agora é possível a manutenção de volume mínimo de dinheiro, até a manhã do dia seguinte.

O novo sistema, que começou a funcionar na última segunda-feira (18), busca inibir ataques aos caixas eletrônicos e aumentar a segurança dos clientes. "O sistema foi desenvolvido com base em estudos da rotina e hábitos de cada praça, sempre com a premissa de garantir que não faltará dinheiro aos clientes, assegurando a disponibilidade dos valores e a conveniência nos caixas eletrônicos do Banco do Brasil", informou o BB.

A redução no dinheiro disponível nos caixas eletrônicos chega a 70% nas praças consideradas mais críticas, ou seja, com maior incidência de ataques. O banco disse que não pode divulgar valores em reais dessa redução por questões de segurança. 

O BB informou que expandiu a quantidade de caixas eletrônicos e agências monitorados 24 horas, por meio de centrais de segurança espalhadas no país. As agências têm capacidade de acionamento direto da polícia, no momento da ação criminosa.


Fonte: Agência Brasil

sexta-feira, 22 de março de 2013

BB demite 90 vigilantes em Brasília e coloca bancários e clientes em risco

  
Parece não ter limites a ganância da diretoria do Banco do Brasil. Não bastassem as demissões imotivadas de bancários, agora resolveu cortar custos partindo para a segurança, colocando em risco funcionários, clientes e usuários. Somente em Brasília, mais de 90 vigilantes já foram demitidos. 

O planejamento divulgado nesta quarta-feira (20) prevê que esse número passe de 200 só no DF. As demissões devem atingir todo o país, reduzindo as despesas do banco com segurança em até 12%.

A diretoria do BB já enxugou os quadros de vigilantes nos prédios administrativos e agora está partindo para as agências. Onde trabalhavam 5, agora estão apenas 3; onde ficavam 3, o número caiu para 2. 

Trabalhadoras e trabalhadores, mães e pais de família, alguns faltando apenas um ano para se aposentar, estão sendo empurrados para o desemprego por uma diretoria do banco que, ao mesmo tempo em que demite, coloca vidas em risco.

"A ordem do presidente do banco é reduzir custos para disputar lucros com os bancos privados", denunciou o secretário de Finanças do Sindicato dos Vigilantes do Distrito Federal (Sindesv-DF), José Maria de Oliveira.

Segundo o secretário-geral do Sindesv-DF, Moisés Alves da Consolação, apesar das constantes denúncias, nada tem sido feito. "A Polícia Federal não tem se importado com os planos de segurança dentro das agências. Já denunciamos à PF, à Delegacia de Controle de Segurança Privada (Delesp), ao Ministério da Justiça, à Presidência da República e até agora nada foi feito", disse Moisés. "A segurança do Banco do Brasil está às traças", denunciou.

"Demissão é uma política equivocada"

Segundo o presidente da Confederação Nacional dos Vigilantes (CNTV), José Boaventura, a política de demissões adotada pelo BB é completamente equivocada. "O banco está agindo em contrariedade com seu papel social, demitindo para atingir lucros cada vez mais altos. O Banco do Brasil tem responsabilidade social e essa diretoria está indo na contramão", apontou. 

Boaventura afirma ainda que o banco está tomando atitudes contrárias às diretrizes do governo Dilma. "O que temos visto até agora é a geração deempregos como base da pirâmide do governo da presidenta Dilma. O Banco do Brasil está na contramão dessa política também", afirmou.

Para o secretário de Imprensa da Contraf-CUT e coordenador da Coletivo Nacional de Segurança Bancária, Ademir Widerkehr, ao reduzir gastos com segurança o banco mostra que encara isso como custo, quando na verdade é investimento, proteção da vida das pessoas. "O que o banco está fazendo é um absurdo!. Estão demitindo trabalhadores deliberadamente, precarizando a segurança e nada disso foi discutido com o movimento sindical", criticou.

"O BB deveria abrir processo de negociações não só para o plano de funções, mas também para a segurança. É um dos maiores bancos do país e é referência no sistema financeiro, por isso precisa investir cada vez mais em segurança, e não cortar gastos com itens de fundamental importância como a segurança", destacou Ademir.

O diretor e presidente eleito do Sindicato dos Bancários de Brasília, Eduardo Araújo, ponderou sobre o clima organizacional na empresa, agora que a segurança está reduzida. 

"O clima no BB já está muito ruim com as metas inatingíveis e as mudanças na remuneração sem negociação. Agora, com a retirada de vigilantes, os bancários estão com medo do que pode acontecer com suas vidas e com os clientes. Esse tipo de economia não é bom para ninguém. O banco deveria abrir negociação sobre esse assunto e modificar sua postura", cobrou Eduardo.

BB investe pouco em segurança

Estudo realizado pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), da subseção Contraf-CUT, com base no balanço, mostrou que o Banco do Brasil investiu, em 2012, R$ 840 milhões em despesas de segurança, o que significa apenas 6,9% do seu lucro líquido de mais de R$ 12 bilhões. 

O banco fica atrás da Caixa Econômica Federal, que investiu 11,3%; do Santander, com 8,8%; e do HSBC, que direcionou 8,5% de seu lucro líquido para a segurança. "Nada justifica essas demissões!", afirmou Boaventura.

O Sindicato dos Vigilantes do DF já procurou o banco para discutir o assunto, mas ainda não obteve resposta.

Mortes

Somente em 2012, 57 pessoas morreram vítimas de assaltos envolvendo bancos no Brasil, conforme pesquisa nacional feita pela Contraf-CUT e CNTV com base em notícias da imprensa e apoio técnico do Dieese. Foram funcionários, clientes, usuários, vigilantes e policiais que pagaram com suas vidas em função de um sistema falho de segurança bancária. 

"Essa ganância do banco, essa vontade de obter lucros a qualquer custo, tem trazido consequências para todos", concluiu Moisés.


Fonte: Contraf-CUT com Seeb Brasília