sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Banco do Brasil corre risco de perder função social de empresa pública



Crédito: Seeb Rio de Janeiro
Seeb Rio de Janeiro O Banco do Brasil adquiriu em janeiro deste ano ações do Eurobank, com sede na Flórida, nos Estados Unidos, por US$ 6 milhões. O BB assume o controle da nova subsidiária, que vai passar a se chamar em breve Banco do Brasil Américas.

A estratégia do banco de ampliação no mercado estrangeiro e de tentar impor uma lógica de empresa privada em sua política de recursos humanos preocupa o Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro.

"O BB amplia sua participação no sistema financeiro internacional, aumentando sua presença nos EUA, Argentina, Paraguai, Chile e Japão. Há projetos ainda para a China e África. O perigo desta estratégia de internacionalização é o banco perder de vez sua função social de empresa pública", afirma o funcionário do BB e diretor do Sindicato, Carlos de Souza.

Acordo Marco

No continente africano, a ampliação de mercado é feita com um banco privado, o Bradesco, o que aumenta as suspeitas de que a política do banco põe em risco sua função pública. Carlos lembra que, como no Brasil, no exterior o funcionalismo enfrenta problemas.

"Há denúncias de perseguição a bancários no Paraguai, inclusive de dirigentes sindicais. No Japão, a greve dos trabalhadores no ano passado por causa de demissões de bancários sem justa causa e do rebaixamento de cargo aplicado a alguns contratados teve repercussão mundial", ressalta.

O sindicalista considera o Acordo Marco, assinado pelo banco em maio de 2011, um avanço importante, mas alerta que a empresa precisa cumprir, na prática, o instrumento. "A direção do BB precisa cumprir o acordo e respeitar o funcionalismo no Brasil e em toda a parte do mundo", completa Souza.


Fonte: Contraf-CUT com Seeb Rio de Janeiro

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