segunda-feira, 16 de julho de 2012

Novo presidente da CUT participa da conferência dos bancários de São Paulo

  
Crédito: CUT
CUTEncontro debateu propostas para a Campanha Nacional dos Bancários

O presidente da CUT, Vagner Freitas, participou no sábado (14), da 14ª Conferência Estadual dos Bancários de São Paulo. No evento promovido pela Fetec-CUT/SP, que foi realizado na capital paulista, 310 delegados eleitos em todo o Estado discutiram as prioridades dos trabalhadores e estratégias para a campanha salarial 2012.

Antes de dar início aos debates, bancários e convidados, entre eles os deputados Ricardo Berzoini (federal) e Luiz Cláudio Marcolino (estadual) felicitaram Vagner e desejaram muitas felicidades na nova jornada. Todos comemoraram o fato de Vagner ser o primeiro bancário a assumir a presidência da Central e fizeram questão de se colocar à disposição do novo presidente da CUT para o que for preciso.

Luta e unidade

A presidenta do Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo, Osasco e Região, Juvândia Moreira Leite, disse que foi com muita luta e unidade da categoria que os bancários conquistaram a convenção coletiva. 

Ela também destacou a presença de Vagner e lembrou que a Conferência foi o primeiro compromisso oficial dele desde que assumiu a presidência da CUT, na quinta-feira (12) à noite. "Nossa convenção coletiva foi conquistada com muita luta e é lutando que vamos ampliar nossas conquistas".

Segundo Juvândia, é preciso discutir o papel do sistema financeiro, que só pensa em lucro. "O spread voltou a subir. O sistema financeiro não cumpre seu papel, que é financiar a produção, o desenvolvimento. Só quer acumular lucros", apontou.

Ousadia

O presidente da Contraf-CUT, Carlos Cordeiro, disse que este era um dia especial - ele se referia à eleição de Vagner - e destacou que, após mais de 20 anos de convenção coletiva, é preciso ousar.

Segundo Cordeiro, é preciso enfrentar problemas como a alta rotatividade, correspondentes bancários, saúde e segurança bancária e salário. "Tem de ter política de valorização dos salários. Não tem melhor política de distribuição de renda do que valorização dos salários". 

Ampliação de direitos 

O presidente da CUT agradeceu aos companheiros pelas felicitações, falou sobre a emoção de ser o primeiro bancário a presidir a Central e disse que vai levar para a CUT tudo que aprendeu com os bancários. 

"Estou levando para o novo cargo, o acumulado, a experiência que adquiri nas lutas da nossa categoria, que é 90% CUTista. Nesse mandato de três anos vou levar para a CUT nossa experiência de negociação coletiva para todo o Brasil", disse Vagner. 

Ele destacou que vai presidir a CUT em um momento difícil, com a crise econômica internacional batendo às portas do Brasil. Segundo ele, a economia brasileira já dá sinais de desaquecimento e, como sempre, isso significa que a luta dos trabalhadores por melhores salários e condições de trabalho tem de ser muito mais combativa.

"Teremos três anos difíceis pela frente. A conjuntura econômica é diferente. E sabemos que quando o país não cresce, o empresariado quer tirar direitos da classe trabalhadora. E a retirada de direitos não está na nossa agenda. Direito não se reduz, se amplia".

Na 14ª Conferência Estadual, os bancários discutiram os resultados de uma consulta sobre a realidade nos locais de trabalho, que dão sustentação a pauta de reivindicações da categoria. Foram consultados mais de 12 mil trabalhadores de bancos públicos e privados. 

O objetivo do debate realizado foi indicar as reivindicações dos bancários do Estado de São Paulo que serão levadas para a 14ª Conferência Nacional, que será realizada entre os dias 20 e 22, em Curitiba.

Consulta

Mais dinheiro no bolso e melhores condições de trabalho. É isso que os bancários de São Paulo, Osasco e região deixaram claro nas suas respostas à consulta feita pelo Sindicato. Aumento real para os salários com índice de reajuste de 10,25%. Vales refeição e alimentação com valores mais altos, conquistar PLR maior e o 14º salário.

Além disso, os bancários responderam que é urgente discutir as metas e combater o assédio moral nos locais de trabalho. Planos de cargos e salários, respeito à jornada de seis horas, auxílioeducação, garantia de emprego e mais contratações completam a lista das principais reivindicações na base do Sindicato.

"A campanha dos bancários é forte porque é nacional, é unificada com a participação de todos os trabalhadores de bancos públicos e privados para fazer avançar ainda mais nossa Convenção Coletiva de Trabalho, que este ano completa 20 anos protegendo os direitos de bancários de todo o Brasil", concluiu Juvândia.


Fonte: CUT

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