sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Lucro da Caixa cresce 25,2% e atinge R$ 2,8 bilhões no primeiro semestre

  
A Caixa Econômica Federalatingiu lucro líquido de R$ 2,8 bilhões no primeiro semestre deste ano - expansão de 25,2% em comparação ao obtido no mesmo período do ano passado. O desempenho foi atribuído ao resultado das operações de crédito, cujo saldo alcançou R$ 297,6 bilhões em junho, o que corresponde a crescimento de 44,6% em 12 meses.

Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (9) pelo presidente da instituição, Jorge Hereda. "Com este resultado, que é o maior lucro da história do banco, conseguimos provar que estamos com a estratégia correta ao reduzir os juros em 31% e aumentar a base de crédito, mantendo a inadimplência sob controle", disse Hereda.

Segundo ele, a taxa de inadimplência está estável em 2,04%, em comparação a junho do ano passado. De acordo com o balanço, a instituição injetou na economia R$ 226 bilhões, incluindo as contratações de crédito, os repasses de benefícios sociais e investimentos.

A provisão para créditos de liquidação duvidosa subiu para R$ 10,207 bilhões, o que representa um crescimento de 28,16% em relação ao primeiro semestre do ano passado, que foi de R$ 7,964 bilhões.

Mais empregos

Segundo análise do Dieese, o balanço do primeiro semestre aponta um total de 89.035 empregados, o que representa a geração de 4.615 empregos em comparação com o mesmo período de 2011, quando o banco tinha 84.420 trabalhadores, um crescimento de 5,47%.

Os dados revelam também o aumento de 7,93% no número de agências, que totalizaram 2.409 ao final do primeiro semestre, representando a abertura de 177 dependências em relação ao mesmo período do ano passado, quando a empresa somava 2.232.

"Esses números reforçam a luta das entidades sindicais e representativas por mais contratações, visando atingir o total de 100 mil empregados, na medida em que cresceu a quantidade de agências e a massa de serviços por conta da ampliação do crédito", avalia Jair Ferreira, coordenador nacional da Comissão Executiva dos Empregados (CEE/Caixa), que assessora a Contraf-CUT nas negociações com o banco. 

"A ampliação do número de empregados é também fundamental para a melhoria das condições de saúde e trabalho, uma vez que há sobrecarga de serviços e adoecimento de muitos trabalhadores", ressalta o dirigente.

Outros números do balanço

O Dieese frisa que as receitas de prestação de serviços, que incluem as tarifas bancárias, subiram para R$ 6,849 bilhões no primeiro semestre, o que significa um aumento de 11,62% em relação ao mesmo período ano passado, que foi de R$ 6,136 bilhões.

As captações de recursos somaram R$ 285,3 bilhões, com destaque para as cadernetas de poupança com captação líquida de R$ 6,7 bilhões, quase o triplo do valor registrado no primeiro semestre de 2011. O saldo semestral encerrou em R$ 161,9 bilhões e participação de 36,1% no mercado.

No primeiro semestre, a base de clientes da Caixa alcançou 62 milhões de correntistas e poupadores, o que representa crescimento de 11,7% em relação ao mesmo período de 2011.

A carteira de crédito imobiliário, a principal do banco, chegou a R$ 177,2 bilhões (pessoa física e jurídica), o que significa 37,1% superior ao valor alcançado em relação a igual período do ano passado. No segmento, a Caixa responde por 72,6% do mercado.

O banco elevou de 33% para 42% a previsão de crescimento da carteira definanciamento em 2012. "Nossa estratégia está dando certo e vamos continuar nela", disse o presidente da Caixa, durante coletiva de imprensa.

Mobilização

Para Jair, "todo esse imenso resultado, fruto do empenho e dedicação dos empregados, deve motivar cada colega a participar ativamente da mobilização da Campanha Nacional dos Bancários 2012, reforçando a unidade nacional da categoria para arrancar novas conquistas econômicas e sociais nas negociações com a Fenaban, bem como novos avanços nas rodadas com a Caixa sobre a pauta específica de reivindicações".


Fonte: Contraf´-CUT com agências e Dieese

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