sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Lotérica e correio poderão vender dólar durante Copa e Olimpíadas

Folha de São Paulo
Juliana Rocha

Preocupado com o aumento do fluxo de turistas ao Brasil na Copa do Mundo de 2014, o governo autorizou as casas lotéricas e as agências do Correios a fazer compra e venda de moeda estrangeira.

Com essa autorização, essas casas poderão trocar dólares por reais e vice-versa. Assim, o número de instituições que podem trabalhar com essa transação irá aumentar no país.

A medida, segundo o Banco Central, tem o objetivo de garantir que a rede de atendimento de câmbio seja suficiente para a demanda de turistas, que deve crescer, principalmente nos eventos esportivos. Mas o serviço também deve ser usado pelo turista brasileiro que pretende viajar ao exterior.

O limite das operações de câmbio nas casas lotéricas e Correios será de US$ 3.000 por operação.

É o mesmo valor máximo para recebimentos ou transferências do exterior.

Correios e lotéricas já estavam autorizados a fazer transferências externas. Um exemplo dessa operação: se um brasileiro que mora no exterior quer enviar dinheiro para uma pessoa no Brasil, a remessa pode ser sacada em uma dessas casas. O mesmo vale para uma pessoa que queira enviar dinheiro a alguém que esteja fora do país.

As agências de turismo que hoje compram e vendem dólares também foram beneficiadas com a ampliação dos serviços. Elas poderão atuar com as transferências ao exterior, o que até ontem não era permitido.
As casas lotéricas e as agências dos Correios não são obrigadas a oferecer os serviços de câmbio. A medida do governo significa apenas uma autorização para essas operações.

A casa que tiver interesse em aderir tem que fazer um contrato com um banco, para ser um correspondente cambial, que é equivalente ao correspondente bancário, mas para transações com moeda estrangeira.
As mudanças foram promovidas pelo CMN (Conselho Monetário Nacional), grupo formado por Banco Central, Ministério da Fazenda e do Planejamento.

CRÉDITO

Outras medidas foram tomadas para ampliar a competição entre os chamados correspondentes bancários. Na hora de oferecer o financiamento, o correspondente terá que apresentar todos os planos de crédito das instituições que representa.

Passou a ser obrigatório que o correspondente tenha publicidade e material de divulgação do banco que representa.

O governo passou a exigir também dos correspondentes que oferecem operações de crédito que tenham funcionários treinados e certificados para atender os clientes. Eles terão de fazer curso e usar crachá de identificação que mostra a capacitação.

Segundo o Banco Central, o Brasil tem 150 mil correspondentes bancários em quase todos os municípios do país.

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