Os bancários do Itaú Unibanco em São Paulo fizeram na manhã desta quarta-feira, dentro das atividades do Dia Nacional de Luta, uma paralisação parcial que atingiu os prédios do Centro Empresarial Itaú Unibanco (Ceic) e do Patriarca, centro administrativo da empresa. A mobilização foi feita pelo Sindicato dos Bancários de São Paulo e contou com a participação de cerca de 12 mil trabalhadores, que atrasaram o expediente em cerca de três horas.
"O recado dos trabalhadores do Itaú Unibanco foi dado no momento propício, que marca o Dia Nacional de Mobilização da CUT, também realizado nesta quarta-feira. Os bancários estão fortalecendo o movimento com um protesto pela falta de palavra da direção do banco, que se comprometeu na mesa de negociação a não promover dispensas e sim realocar os trabalhadores. Mas não é isso que vem acontecendo. O que estamos percebendo é que o Itaú está demitindo trabalhadores com salários maiores e contratando com valor menor", afirmou a presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Juvandia Moreira.
A estratégia do Sindicato será a de cobrar seriedade do Itaú. "Vamos acompanhar todo o processo de reestruturação nas áreas do banco e cobrar o que já havia sido reafirmado na mesa de negociação: que não haveria demissão", completou Juvandia.
Tensão
Durante as paralisações, os bancários denunciaram o clima que estão vivendo dentro do banco. "O ambiente é de total insegurança. Não estamos tendo paz para trabalhar. Recentemente ficamos sabendo de uma série de demissões que ocorreu no Ceic, automaticamente repercutiu aqui no Patriarca trazendo ainda mais tensão", disse um bancário do Patriarca.
Um outro funcionário conta que chegou há pouco tempo num departamento no Patriarca, mas que antes foi obrigado a se afastar das funções por cerca de 30 dias devido ao clima tensão a que estava submetido que incluía também sobrecarga de trabalho. "Estava trabalhando entre 12 e 14 horas e adoeci por esse motivo. Quando retornei pedi para procurar outra área e consegui. Mas no geral, o que estamos percebendo é que os colegas estão saindo do banco", afirmou.
Fonte: Sindicato dos Bancários de São Paulo
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