Discriminatório e com regras nebulosas, programa contempla apenas 20% dos bancários
São Paulo - A falta de transparência nos critérios e o caráter discriminatório na distribuição dos prêmios do Prad (Programa de Remuneração de Alto Desempenho) está revoltando os bancários dos centros administrativos do Itaú Unibanco.
“Apenas 20% dos funcionários das concentrações receberam o Prad. Não podemos acreditar que 80% dos empregados do banco que registrou o maior lucro da historia do sistema financeiro não mereçam ser premiados. Alguma coisa parece estar muito errada aí”, opina a diretora do Sindicato e funcionaria do Itaú Unibanco Adriana Magalhães.
São dois “eixos” que definem quem recebe ou não a premiação. O “eixo x” é mais claro e está ligado ao desempenho do bancário na sua função e às metas individuais. Já o “eixo y” é nebuloso, tem relação com critérios subjetivos e está sujeito a avaliações pessoais e não necessariamente ligadas à qualidade do serviço prestado.
“Isso abre espaço para muitas injustiças e decisões questionáveis. E o banco não ouviu o Sindicato no momento de instituir o Prad, não debatemos o processo, que foi instituído à nossa revelia. O resultado é esse que todos vemos, muita insatisfação e revolta. É por isso que cobramos a participação dos representantes dos bancários no momento de definir detalhes dos programas de remuneração”, afirma Adriana.
Após o pagamento do programa na terça dia 1º, a dirigente passou a receber diversas reclamações. Em uma das mensagens, uma funcionária cobra do banco a divulgação das regras para a premiação e afirma que o Prad “ao invés de promover satisfação está promovendo descontentamento geral”.
Danilo Pretti Di Giorgi - 03/03/2011
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